Primeiro beijo

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Estava frio na rua, os pelos dos braços da Sol se arrepiaram, mas ela não se encolheu, continuo seguindo Severo de cabeça erguida.

Severo seguia se afastando, passando por um caminho de arbustos em formato de serpente. Severo parou quando chegou perto do lago e da Floresta Proibida, longe o bastante dos alunos que estavam no pátio conversando.

Sol parou de frente para ele, encarando, com a cabeça erguida com desdém (uma coisa que Sol aprendeu observando Severo).

Eles ficaram uns segundos em silêncio até Severo começar a falar.

- Se explique! - ordenou Severo, com a voz mais fria que o próprio inverno.

Sol apenas ergueu o canto da boca e disse:

- O que exatamente? - perguntou Sol, presunçosamente.

- Não se faça de sonsa! - disse Severo, tetando manter a voz baixa - O que você estava fazendo com o Weasley?

- Não estava óbvio? - perguntou Sol, irónica, com um pequeno sorriso, que deixava Severo maluco - O Weasley é meu acompanhante - Sol disse lentamente, como se Severo fosse surdo.

- Não brinque comigo! - disse Severo, retorcendo o nariz.

- Você mandou eu não vir com ninguém que não fosse sangue-puro e foi isso o que eu fiz! - disse Sol, dando mais uma vez o sorriso que deixa Severo doido.

- Eu já não lhe disse que não quero você sorrindo desse jeito! - disse Severo, um pouco mais alto, apontando a mão para o rosto da Sol.

Sol deixou que aquilo lhe afetasse um pouco.

- Fica difícil de te agradar quando tudo o que tem em mim você não gosta! - disse Sol, deixando a raiva dela aparecer - Quando faço alguma pegadinha te incomoda, o meu cabelo te incomoda, o meu sorriso te incomoda, O QUE TEM EM MIM QUE NÃO TE INCOMODA?

Severo olhou nos olhos da Sol por uns até dizer:

- Nada - murmurou Severo, olhando para chão, mas ainda com a cabeça erguida.

- Era mais fácil ter me mandado para uma escola mais longe como você fez antes! Esquecer que eu existo! - disse Sol, respirando pesado.

- Pra que? Para você fazer como fez no castelo bruxo? Aprontar tanto ao ponto de terem que te expulsar? - perguntou Severo, debochando, dando um riso irónico.

- Meu Merlin! - indagou Sol, indignada, rindo irónica - Você realmente acredita que eles me expulsaram por umas pegadinhas?

- Depois que você fez no final do ano, sim, acredito! - disse Severo, cruzando os braços.

- Eles já iam me expulsaram antes disso! - disse Sol, gesticulando com as mãos - Sabe porque? - Severo apenas inclinou a cabeça para lado para Sol prosseguir - Por que eles tinham medo de mim, medo da droga do meu nome e tinham medo de você! - Sol apontou o dedo indicador para Severo - A droga de um ex comensal!

Severo descruzou os braços surpreso.

Ele iria responder, mas foi interrompido por Karkaroff, o diretor de Durmstrang.

- Severo, precisamos conversar! - disse Karkaroff, atrás de Severo, parecendo ansioso.

- Estou ocupado, não está vendo!? - disse Severo, ainda olhando Sol, que o olhava de volta.

- Não podemos mais adiar essa conversa! - disse Karkaroff, se aproximando de Severo - Poderia nos dar licença, gostaria de falar com seu professor a sós, senhorita...? - Karkaroff dirigiu a palavra a Sol, a olhando.

- Snape, Sol Snape - disse Sol, ainda mantendo o olhar de Severo.

- Ah... Bem... Eu não sabia...- disse Karkaroff, com os olhos arregalados de surpresa.

Os Gêmeos Potter - Versão AntigaOnde histórias criam vida. Descubra agora