𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝

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[Nome] saiu do Hospital sem nenhuma autorização. Deixando todos sem notícias da mesma, se estava bem, onde se encontrava. Ela não deixou nenhum bilhete.

Mas ela se encontrava no cemitério. Em frente ao túmulo do seu amigo.

Keisuke Baji.

O mesmo morreu a algumas semanas. Ambos se conheciam desde crianças, junto de Mitsuya.

Keisuke morreu em uma briga da Valhalla contra a Toman. Duas perfurações causaram a morte. As regras das lutas eram claras, sem armas.

Mas não ouviram, tendo uma morte e um preso.

[Nome] estava sentada, lendo o nome na lápide. Abraçando as próprias pernas, com o rosto um pouco molhado pelo choro recente.

ㅡBaji...

 ̶[̶ ̶2̶ ̶a̶n̶o̶s̶ ̶a̶t̶r̶á̶s̶ ̶]̶

Keisuke andava na direção de um prédio ao lado da escola. Havia um lugar nele que era isolado. Sempre ficava lá, pensando um pouco ou cabulando aula.

Quando um som começou a ecoar pelo lugar.

Era alto, meio agudo e bem tocado. Se levantou, caminhando até onde o som ficava mais alto. Ele estava curioso, não sabia muito sobre instrumentos, mas aquilo parecia com algum de orquestra.

Cada vez que se aproximava mais, o som aumentava. Era muito bem tocado. A música parou por um momento, ouvindo uma voz feminina, cantarolando algo em um tom baixo.

Ré Mi Fá Fá Lá Sol... é um Sol novamente ou um Si? ㅡ A garota respirou fundo. ㅡ Certo. É um Sol, depois um Si... ㅡ Ela colocou o instrumento no ombro novamente. ㅡ Só mais 5 vezes o Allegretto, e depois eu vou pra Minuet 3.

O moreno não entendia nada do que ela falava, mas parecia algo relacionado as músicas.

Ele se sentou, esperando que a música começasse de novo. Só que, a música não começou. No lugar dela, ecoou um pequeno grito. 

Olhando pra ela. Via a mesma no chão, o instrumento ao lado, com uma corda arrebentada. Mesmo não a conhecendo, foi até ela.

ㅡTudo bem com você? ㅡ Perguntou vendo a mesma se levantar.

ㅡAcho que sim...

Ao ela se levantar, tinha um corte na região da bochecha. Sangue escorria do corte, parecia ter sido fundo.

ㅡComo isso aconteceu? ㅡ Perguntou novamente, procurando algo na mochila.

ㅡA corda arrebentou e ricocheteou no meu rosto.

Ele tirou um lenço da mochila. Pressionando de leve na bochecha da garota. A mesma o encarava confusa, o que ele faria ali, e porque a ajudava?

ㅡPelo menos vai ficar uma cicatriz legal...

ㅡSério?

ㅡUhum. Talvez as outras pessoas a achem feia, mas ela é bem maneira. ㅡ Falou se sentando ao lado dela.

ㅡQual o seu nome?

ㅡEu sou o Baji. ㅡ Falou com um sorriso, mostrando as pequenas presinhas. ㅡ E você?

ㅡ[Nome]...

ㅡLegal seu nome.

ㅡO seu também é legal. ㅡ Os dois começaram a rir juntos.

[...]

Passava os dedos sobre a cicatriz que, estava tapada com maquiagem. Puxou uma parte da camiseta que usava, começando a esfregar em sua bochecha, tirando a maquiagem que a cobria. Passando as mãos novamente, sentindo a cicatriz.

𝐌𝐲 𝐆𝐢𝐫𝐥, Souya KawataOnde histórias criam vida. Descubra agora