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- querida, vai tomar um café.. - Mara dizia ao me chacoalhar de leve na cadeira do hospital.

- não, obrigada maria, mas não estou com fome ainda.

- você precisa comer filha.

- depois eu vou, prometo - maria dava um sorriso triste e se sentou ao meu lado.

Eu tinha dormido no hospital, não tinha conseguido ir embora, passei metade da noite chorando e adormeci nessa cadeira ruim que me dava dor nas costas.

O médico disse que a passaria o efeito da medicação pela manhã, mesmo sabendo que em provavelmente não queria me ver, eu queria saber como ele estava.

Assim que o relógio bateu 8:00, uma enfermeira entrou no quarto dele, provável que o acordando, em alguns minutos ela saiu e assentiu com a cabeça pra nós sorrindo, podíamos entrar.

Maria entrou na frente e me pediu para ligar pros meninos, ele chegaram alguns minutos depois e se sentaram ao meu lado, kio me abraçou o que era raro mas eu não recusei, logo vi..

- richard??? - ele parecia envergonhado mas me chamou - o que você faz aqui?

- queria ver como você estava, e ele também, agir olhou para a porta.

- ele não vai gostar de ver você- eu estava com um pressentimento ruim.

- nem você, então pronto. - ele se sentou na cadeira e segui para o lado de meu irmão.

- isso não vai dar bom - kio disse devagar.

- eu sei..- e suspirei.

Algum tempo depois vi Maria saindo do quarto, com lágrimas nos olhos, não sei porque ela não me bateu, mas me levantei e me preparei para entrar.

Entrei no quarto, e lágrima caíram denovo, lá estava ele, o meu loirinho, como eu dizia pequena, de quase 1,90 estirada naquela cama, entupido de curativos.

- vinnie - me aproximei da cama, ele me olhou o virou a cara. - vinnie por favor.

Ele não queria falar comigo isso era óbvio, mas aquilo me doía, eu queria ouvir que ele me perdoava, mesmo sabendo que não iria acontecer, porque nem eu me perdoaria.

- vin.. - eu suspirei me virei e virei a maçaneta devagar.

- vai lá, fala sua palestrinha igual todas as vezes, pede desculpas chorando igual todas as vezes que você erra, da o seu show e depois tá tudo bem né? - eu me virei, vi o ódio em seu rosto mas não era pelos machucados - você sempre foi assim, sempre que faz algo de ruim, chora pra mamãe e pro irmãozinho babaca e depois eu tenho que te desculpar - ele parou e respirou as lágrimas decididas as descer não paravam - sabe o que dói? isso aqui - ele arrancou o curativo de uma ferida expostas, eu abri minha boca para falar mas ele continuou- não dói, isso também não, nada disso dói, dói aqui - ele apontou pro coração ( autora: que cringe né)- dói você não ter me falado, dói você ter escondido isso de mim, escondido de uma pessoa que sempre ajudou você com tudo, você escondeu de mim a coisa mais fútil possível, porque?

- vinnie..e-eu - e a porta se abriu, eu virei para ver quem era e preferi morrer aquela hora.

- oi, tá tudo bem? - richard apareceu, eu me virei para vinnie que estava com a cara em choque, abaixei a cabeça e chorei mais.

- vai - se - fuder. - ele disse pra richard, pra mim ele teria coisa pior.

- você - eu levantei a cabeça- é inacreditável. Sai daqui.

- vinnie não foi.

- SAI DAQUI. - ele me cortou.

Eu me virei e sai correndo pela porta sem rumo, eu só queria sumir, meu melhor amigo estava numa maca todo fudido e não quer falar comigo, ele tem motivo eu sei, mas ainda dói..

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minutos depois, ouvi a porta do hospital abrindo, eu estava encostada em uma cerejeira e olhei, vi o pessoal saindo, kio e o pessoal se sentaram ao meu lado.

- eles..hm.. - addison começou
- colocaram o vinnie em coma - kio disse e me abraçou.

- eu sinto muito emma. - minha melhor amiga me diz e me abraça.

- vani, ele falou de mim? - a morena não me respondeu, mas suspirou.

- vamos comer algo, gente? - chase diz e todos riram, eu apenas sorri sem vontade nenhuma de rir.

Seria difícil, nunca fiquei um dia sem o vin, agora duas semanas seria impossível é difícil demais.

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oiee

I always loved you - VINNIE HACKER Onde histórias criam vida. Descubra agora