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  maratona pro final em : 1/?

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- e aí cambada, qual o primeiro destino? - charli diz e coloca a cabeça pra dentro do carro novamente.

- estou com fome e vcs? - pergunto eu estava faminto.

- eu também mano. - chase concorda cmg e os meninos também.

- então vamos no drive-thru do MC. - addison da a ideia e sigo caminho até o restaurante.

Nós passamos pela filas de carros e depois de algumas muitos minutos fomos atendidos, pedimos muita comida, muita mesmo.
Andei com o carro para frente e esperei meu pedido ficar pronto, demorou um pouco confesso mas valeu a pena.

- aqui está seu pedido senhor, cinco mc lanches feliz, dois mc chicken, quatro mc bacon e cheddar, um mc salada, dez porções de batatas fritas tamanho família, 5 litros de coca cola, e oito milk-shakes mistos nos sabores: morango, chocolate, nutella e ovomaltine.- a mulher diz com a cara espantada, bom no lugar dela até eu, não é todo dia que alguém compra comida suficiente pra trinta pessoas.

- obrigada, quanto deu?- pergunto e abro a carteira

- puta que me pariu, 400 pilas só nessa comida? - emma diz assim que viramos o quarteirão.

- foi muita comida - jaden diz com a boca cheia de batata - é isso aqui tá bom pra cacete.

- galera vamo pra praia ver o por do sol e a gente dorme por lá mesmo, em um lugar afastado não tem perigo. - todos concordaram.

Chegamos na praia e nos sentamos no chão para comer, os meninos tinham trago uma garrafa de vodca e colocaram no refeitório, eu coloquei mas não queria ficar bebado ainda, o sol começou a ir embora e as ondas foram se abaixando, será que eu lembraria disso depois de? será que eu lembraria da sensação do vento bater em mim, das risadas dos meus amigos abafada pelo barulho das ondas, me lembraria das pessoas, dos fins de tarde, das brigas, será que eu conseguiria me recordar de algo enquanto estivesse lá em cima?

Fui interrompidos de meus pensamentos com emma me puxando pra levantar e me fazendo caminhar com ela, ela estava apoiada em meu ombro e as mãos dadas, ela suspirava devagar, andamos um pouco até parar numa pedra bem longe de onde estávamos.

- cadê o richard emma?

- eu terminei com ele. - eu sorri, não deveria mas sorri.

- hm.. porque?

- não sei - ela suspirou e se encontrou em mim olhando pra frente - não tava encaixando mais, não tinha sentimento algum.

- percebi que você ficou estranha quando eu perguntei onde ele estava e se viria conosco.

- pois é, ciclos se fecham e outros se abrem. - ela levantou a cabeça e me olhou.

- o que você quer diz- fui interrompido.

Seus lábios encontraram os meus, eu fechei os olhos, iria abrir minha boca para aprofundar aquilo que eu mais quis em toda minha vida mas senti o cheiro.

- você está bêbada emma. - inclinei o corpo pra trás e olhei pra direção contrária.

- ei - ela segurou meu queixo

- emma você está bêbada, você não faria isso sã, você me considera um amigo esqueceu?

- não mais. - ela me puxou mas eu me segurei onde estava.

- você não pode fazer isso, simplesmente me beijar do nada, você terminou com richard ou ele terminou com você? você quer me beijar ou só quer esquecer ele? - eu a olhei, vi ela pensar e abrir a boca várias vezes, nada saia, ela sabia a resposta e eu também.- foi o que pensei.

Me levantei e voltei para onde todos estavam, fui direto ao copo de bebida e entornei guela abaixo, eu nunca tinha bebido, senti a bebida descer queimando minha garganta, eu estava chateada, eu queria beija-lá mas queria que ela sentisse o mesmo, não quero ser a porra de um passatempo.

Horas se passaram e nós ficamos rindo ali até escurecer, já deviam ser meia noite e pouco, quando alguns foram dormir nos bancos do carro, eu e alguns meninos pegamos tapetes e deitamos com eles sobre a areia da praia, o barulho das ondas eram calmo, eu não conseguia dormir, virei pro lado e

- porra kio, que susto - ele me encarava - que foi?

- o que aconteceu? - eu não entendi a pergunta ele entendeu - entre você e emma.

- nada demais. - voltei meu corpo para olhar as estrelas.

-você está estranho. - ah jura? se alguém soubesse que iria morrer também estaria.

- tô nada. - menti

- tá sim - ele me virou - tá tentando enganar mentiroso? depois o acidente, frequentemente você sente dores no peito,eu sei, já vi você colocando a mão neles diversas vezes. - eu suspirei, porra, ele sabia. - eu tenho duas ideias do que seja.

- amanhã. - eu disse de uma vez.

- porra. - ele sentou - porra porra porra, não tem outro jeito, tem que ter outro jeito. - ele me olhou a feição vazia- e tratamento?

- não quero esperar pra morrer, eu escolhi assim.

- vinnie.

- eu estou sentindo dor kio, não quero que ninguém saiba, não quero ninguém lá na hora, eu só quero ir, quero acabar com a dor da forma mais fácil, câncer não tem cura, com o tratamento eu esperaria pra morrer, convivendo com a dor dos tratamentos e a dor que eu sinto, isso tudo pra que?

- você escolhe cara - ele se deitou e olho pra cima - mas e ela?

- eu não vou contar pra ela, não quero ela lá na hora.

- ela vai ficar mais triste por isso.

- vou escrever uma carta, contando tudo, do início ao fim, e depois que eu for, diga a eles que foi a melhor opção pra mim. - ele concordou, e o silêncio se habitou, não tocamos mais no assunto, mas pude ver uma lágrima sair de seus olhos.

Eu odiava a sensação de machucar as pessoas, eu odiava a sensação de pessoas chorarem por mim, eu não queria aquilo, mas era o jeito.
Acabei que não dormi a noite toda, aquilo tudo me assustava muito, não consigo pregar os olhos, e fiquei observando o céu muda de cores, as estrelas correndo enquanto amanhecia, os pássaros voando, e o barulho das ondas que aumentava a medida que amanhecia.

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•vou tentar postar o próximo hoje msm

•está acabando sim gente, porque essa é uma short fic.

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