Não me deixe sozinho...

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Jimin:

Eu cheguei a pensar que ele não me ajudaria, mas me surpreendi quando Jeon me colocou de pé e me levou até o banheiro para que eu tomasse um banho frio. Aquele banho me deixou um pouco melhor.

Minju, a governanta dele, tinha vindo me ver durante aquele dia. Ela trouxe uma bandeja com uma porção de arroz, frango e salada. Também me deu um casaco preto, que ela disse que Jeon não usava mais, e que eu podia usar a para me manter quente.

Pelo menos alguém estava sendo bom comigo.

Eu não sabia da hora, mas o céu já estava começando a ficar alaranjado, o que me fazia acreditar que já estávamos perto do por-do-sol.

Jeon não tinha vindo me importunar durante aquele dia, o que me deixou preocupado, pois eu lembro claramente dele dizendo que meu dia seria cheio.

Talvez ele só esteja esperando o momento certo para me assustar.

Ele claramente é surtado.

Volto a deitar no chão, me sinto fraco, sem ânimo e minha cabeça dói.

Eu estava sentindo um ódio que nunca sentir em toda minha vida.  Eu não quero ver nunca mais a cara do meu pai. Ele morreu pra mim.

–Eu sou tão inútil... tão idiota... tão fraco.

Passo a mão por entre os fios acizentados do meu cabelo. Me sinto tão frustrado.

Escuto vozes, e me concentro para tentar ouvir o que eles estavam falando.

–Você acha que devíamos abrir a porta?

–Você ta maluco? O Jeon acaba com a nossa raça!– A outra voz responde.

–Quem vai morrer é esse garoto se ele continuar preso e sem comer.

As vozes vão ficando distantes, como se eles estivessem se afastando.

Eu odeio o Jeon com todas as minhas forças.

Tento me levantar, para ir até a porta para pedir ajuda, porém minhas pernas falham e minha vista escurece.

∆∆∆

Jungkook:

–Ele está bem?– Pergunto olhando diretamente pro Doutor Lee, ele trabalhava há muitos anos para mim, confio nele de olhos fechados.

–Não, graças a você!– ele responde sem medo.– Ele está desidratado.

Dr. Lee examinava Jimin. Eu havia o encontrado desmaiado no meio do quarto.

–Tinha água no banheiro...

–E tenho certeza que ele pensou na higiene antes de tomar.– Ele fala me cortando.

Eu ia falar mais, porém, Jimin começa a se mexer na cama. Eu tinha o colocado em um quarto de hóspedes. Dr. Lee havia inserido um acesso no braço do Park, e ele estava no soro.

—Senhor Park, consegue me ouvir?— Lee pergunta com a voz tranquila.

Jimin abre os olhos lentamente e começa a olhar por todos os lados.

—Eu quero vomitar, mas meu corpo dói.— Ele fala num tom de voz fraco.— Por favor, me diz que eu vou morrer.

—Não, você não vai morrer.— Dr. Lee responde enquanto ajeita o soro em seu braço — Peça para Minjun preparar uma sopa com bastante legumes, o rapaz vai precisar se alimentar bem.

Dívida Criminal // KookminOnde histórias criam vida. Descubra agora