Jimin:
Os dias iam passando e eu já não sabia o que fazer. Se adaptar a nossa nova vida estava sendo muito difícil. Yejun pergunta todos os dias quando íamos voltar para casa. Eu sabia que ele estava tentando me vencer pelo cansaço, que estava tentando me fazer mudar de idéia, mas isso não acontecer, nós dois não vamos voltar.
Como posso voltar pro lugar onde mais sofri? Sei que os momentos felizes deveriam apagar tudo de ruim, mas como esquecer, de tenho traumas pesados gravados em meu corpo e minha memória.
Pra minha sorte, Yejun conseguia se distrair na escolinha, o que fazia o garotinho chegar em casa cheio de histórias para contar. E eu, bom, me distraia nas aulas de culinária e até conseguir um emprego de meio período na cafeteria do outro lado da rua.
Eu estava procurando uma babá para Yejun, preciso de alguém que cuide dele enquanto estou trabalhando. Não posso ficar levando-o todos os dias para a cafetería.
Minju até havia se oferecido para ficar com ele, mas pra isso ele teria que ir todos os dias pra casa do outro o pai. Isso seria cansativo demais pro pequeno, e eu não quero longe de mim, tenho medo de que ele não queria voltar para os meus braços depois.
Jeon havia desistido de entrar em contato comigo, as vezes que ele ligava era para ver Yejun e para saber como o nosso garotinho estava.
Eu ainda conseguia sentir a mágoa em sua voz. Cada vez que o celular tocava e eu via sua foto na tela, eu já me preparava para ser tratado como frieza. E não, não estou reclamando, eu sei que vai levar um tempo até que ele me trate bem...
Só quero que vivamos em paz, pelo bem do nosso filho.
— Papai, olha só o que eu desenhei.
Olho para Yejun que estava sentado no tapete, desenhando sobre a mesa de centro.
No desenho estávamos eu, ele e Jeon...
Como eu posso está sendo tão cruel com meu filho? Ele só quer quer voltar pra casa. Mas eu também preciso pensar em mim e na minha saúde mental. Quando penso em voltar, tudo o que passei começa a se reproduzir em minha mente e eu simplesmente desisto.
— Filho, eu sei o quanto você sente falta do seu Papai, mas não vamos voltar, eu estava sofrendo muito e não me sentia cem por cento feliz.
— Eu sei Papai, me desculpe, é que sinto falta do meu papai kookie.— ele fala num tom triste.
— Eu também, meu amor, mas essa é a nossa vida agora.
— Eu posso ver o meu papai, queria muito dá um abraço nele?
Jeon ainda não tinha vindo visitar Yejun, ele anda muito ocupado pelo que Minju deixou escapar, e isso está a deixando nosso filho cheio de inseguranças.
— Eu vou ligar pra ele e perguntar, tudo bem?
Ele apenas assente e volta a prestar atenção no desenho que estava fazendo. Pego meu celular que estava ao meu lado e saio do sofá indo em direção a sacada.
Disco o número de Jeon e espero pacientemente que ele atenda.
—Park Jimin.
Só de ouvir sua voz, sinto meu corpo tremer.
— Jeon...
— O que deseja? — sua voz soa suave e meio rouca.
Respiro fundo para que minha voz não falhe. Mas que merda está acontecendo?
— Yejun quer te ver, ele está com saudades.
— Eu posso passar aí agora, estou livre, se estiver tudo bem é claro. — ele sugere.
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Dívida Criminal // Kookmin
RandomJeon JungKook, herdeiro de uma das famílias que comanda a máfia Coreana. Aprendeu desde cedo o que era dor e sofrimento. Um homem jovem, bonito, porém arrogante e impiedoso. Seu coração nunca havia pertencido a ninguém, ele tinha medo de amar, pois...