Dívida Criminal // Kookmin

Prometo...

— Eu nunca vi você assim por ninguém — Tae comenta sentando ao meu lado na garagem.

Eu estava precisando ficar sozinho depois de quase ver Jimin morrer em meus braços.

— Eu não estou para brincadeiras...

— Não estou brincando Jungkookie, estou falando sério — ele toca meu ombro e me entrega um papel — Você gosta dele.

Taehyung sai e fico ali pensando no que ele falou, olho pro papel e era receita dos remédios que a Jimin ia precisar. Doutor Lee deve está querendo me matar.

Olho pros meus carros e agora eles parecem coisas tão insignificantes, fúteis.

— Patrão

Malcon entra na garagem e fico de pé.

— Aconteceu alguma coisa?

— Eu só vim dizer que já resolvemos tudo, a carga já esta no galpão e nos livramos dos corpos.

— Tá certo, já pode se retirar, mas antes faça a ronda noturna.

Entro em casa pela porta da garagem e passo pelo corredor que levava até a sala. Eu estou fodido, cheio de dor e hematomas.

A casa estava um verdadeiro silêncio, o que era estranho, os garotos sempre estavam por aqui, mas dúvido muito que haja animação depois do que aconteceu.

Subo a escada e observo bem corredor que estava escuro. Em vez de ir pro meu quarto, sigo pro meu lugar secreto. Era um lugar só meu, onde eu colocava um lado meu pra fora que ninguém conhecia. Subo a escada estreita que ficava atrás de uma porta como as outras do corredor. Entro na pequena sala e solto um longo suspiro.

Estava igual da última vez que vim aqui, a cama um pouco desarrumada a janela aberta e só a luz da lua iluminando.

Observo meu velho amigo, o piano, e vou até ele. Sento no banco de madeira e dedilho algumas teclas. A melodia calma invade minha mente e aos poucos já consigo formar uma nova música.

Sim, eu sei tocar piano.

Minha cabeça estava em um único lugar, para ser mais exato, em uma única pessoa. Paro de tocar ao perceber no quão sério era aquilo. Taehyung tem razão, eu gosto de Park Jimin. Era estranho admitir aquilo para mim mesmo, mas era a verdade. Ele me atrai de uma forma que eu não consigo explicar.

Levanto-me do banco e dou uma última olhada pro piano. Fecho a porta do quarto antes de sair e desço a escada voltando pro corredor dos quartos.

Vou em direção ao quarto de Jimin, e abro a porta devagar. Entro sem fazer barulho e me encosto na soleira para observa-la. O soro que o Dr. Lee havia colocado sem seu braço estava pendurado na cabeceira da cama, faltava pouco para acabar.

Em passos cuidadosos vou até a cama dele e sento na cadeira reclinável que Minju tinha colocado ali. Jimin estava toda machucado, e eu realmente me sentia mal por tê-lo colocado naquela situação.

— Eu te prometo que nunca mais irei te machucar, prometo que ninguém irá te fazer mal algum e que eu tentarei ser melhor com você...

Paro de falar quando Jimin abre os olhos, me fazendo coçar a nuca envergonhado.

— Você ouviu? — ele faz que sim e sorri fraquinho — Como se sente?

— Melhor, e estou faminto.

E ele devia está mesmo.

— Jungkook, você promete mesmo? — sua voz soa  fraquinha.

— Prometo.