Nós braços do meu amor

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Jungkook:

Jimin permanecia trancado no quarto. Ele não queria falar com ninguém, disse que precisava ficar sozinho. Eu só estava respeitando o espaço dele, porque ele tinha me prometido que não ia tentar nenhuma besteira. E eu também tinha que me preocupar com outro assunto.

Choi...

Eu não sei o porquê dele ser fissurado por Jimin... Na verdade, eu sei sim. Ele quer acabar comigo, terminar de me destruir. Me deixar completamente sem nada.

Ouço batidas na porta e mando entrar.

— Patrão, temos um pequeno problema.

Javier, um dos homens que trabalha pra mim, fala meio receoso.

— O que foi agora?

— As cargas... Elas foram interceptadas.

O que merda eu fiz pra tudo dá errado hoje? Jimin, Choi, agora as cargas. Caralho.

— Eu quero minhas cargas agora!

— Temo que não seja possível, senhor...

— Eu não quero saber! Eu quero aquelas cargas no galpão em no máximo 48hr. — será que só trabalho com gente incompetente? — Javier, eu te pago pra você fazer a porra do seu trabalho, não pra ficar de mimi pro meu lado.

— Patrão, as coisas estão complicadas, os Russos estão de olho naquela carga também. — ele tentava a todo custo fazer com que eu desistisse das cargas que iam chegar hoje.

— O território é meu, os Russos que se fodam!

Ascendo un cigarro, numa tentativa de relaxar. Dou uma tragada no me cigarro, direcionado um olhar sério pro Javier. — O que você está esperando pra ir resolver essa porcaria?

Ele sai me deixando furioso, hoje não era um bom dia, eu estava soltando fumaça por todo os cantos.

Olhei mais uma vez pra tela do notebook vendo os caminhões com a maconha se movendo, eles estavam próximos a fronteira, chegariam antes do previsto. Se eu perder essas outras cargas, eu vou ter que matar alguém.

Estava tentando a todo custo ligar pro Malcon, aquele filho da puta resolveu sumir quando mais preciso. —Tá com o celular no cu, porra! — Deixei uma mensagem pra ele e foquei no enorme mapa na minha mesa.

Eu tinha que traçar as rotas de fuga do nosso próximo roubo. É um roubo muito arriscado. Envolvia quadros antigos, com valores pra lá de absurdo. E o assalto irá ocorrer numa galeria, na noite de estreia de exposição.

Estava ficando cheio, entediado, minha dor de cabeça não ajudava, virei o terceiro copo de Whisky e sentir minha garganta queimar.

Só uma coisa me faria bem agora, ou melhor, uma pessoa.

E como se o destino estivesse de bom humor comigo hoje, a voz doce de Jimin preenche minha sala.

— Então, é aqui que você se esconde. — Ele fala se escorando na soleira da porta.

Jimin sorri, mas não é aquele sorriso cheio de vida, mas ele parecia se esforçar.

— E você resolveu sair do seu esconderijo. — Falo apoiando os cotovelos na mesa.

— Desculpe por hoje, você deve ter achado que me arrependi depois de tudo o que fizemos, mas não foi isso, eu amei a nossa noite, foi incrível! Eu só estava me sentindo confuso em relação a tudo, sabe, são tantas coisas... Eu também estava sentindo saudades da minha antiga vida, então acabei entrando em pane.

Dívida Criminal // KookminOnde histórias criam vida. Descubra agora