Vicenzo: O filho do Don

Capítulo 19

Vicenzo

Desço as escadas chegando na cozinha

— Maria pode servir o o almoço.

— Certo vou servir agora, devo chamar a senhorita Amanda?

— Não, ela está indisposta mas você pode levar o almoço para ela no quarto.

Depois do almoço vou para o escritório. Matteo entra.

— Vicenzo um dos nossos galpões foi invadido... Acredito que foram as mesmas pessoas que atacaram o senhor ontem.

— Alguma baixa?

— Não, o lugar estava vazio, pegamos a invasão pelo sistema de segurança que foi disparado e as câmeras gravaram toda ação.

— Isso é bom.

— Desculpa senhor não entendi.

— Isso é bom, pois dessa forma reduzimos o número de possíveis informantes, o traidor não tem a informação de onde o prisioneiro está, caso soubesse iriam ter tentado um resgate ou fazer uma queima de arquivo. Quero a lista de todas as pessoas que sabem onde o refém está?

— Certo, vou providenciar.

— Mais uma coisa quero saber se esse galpão que foi invadido tem uma ala médica com equipamentos médicos de alto precisão ou algo do tipo. Pois caso tenha sabemos que o informante tem acesso ao sistema e plantas...

— Vou providenciar Vicenzo.

— Quero essas informações o mais rápido possível.

Se o traidor tem acesso as plantas de nossos empreendimentos, vamos receber mais ataques...
Miserabile... (Miserável)

Faço uma ligação

— Anthony quero todos os galpões e empreendimentos com área médica com segurança reforçada.

— Sim senhor irei providenciar.

Está na hora de dificultarmos um pouco as coisas para nossos invasores.

Matteo retorna com as informações.

— Senhor Vicenzo o galpão que foi atacada tem área médica com esquipamentos médicos avançados.

— Já imaginava.

— Aqui está a lista de soltados que tem a informações de onde o prisioneiro está, no total são 7 soldados que fazem a segurança, o médico e eu senhor.

— Certo, obrigada Matteo.

Faço mais uma ligação.

— Andrew eu quero uma lista com todos os meus soldados que tem acesso ao sistema de plantas e mapas.

Continuo trabalhando já são 17h Maria entra no escritório.

— Com licença Vicenzo.

— Sim...

— É a Amanda ela não quis almoçar... agora levei um chá com bolachas e ela também não quis... e ela está chorando muito.

Amanda eu não queria que fosse assim mas você não me deu outra alternativa...

— Ela deve ter odiado sua comida Maria.

— Você sabe que não é isso... Você gosta dela não é Vicenzo? Nunca vi você se importar com alguém... Mesmo que seja desse seu jeito torto mas você se importa com ela.

Ela se aproxima mais e continua falando.

— Você é um menino bom, não deixe ela ficar magoada com você...

— Eu não sou um menino bom, não tenho mais 10 anos... você não preciso se preocupar, aquela criança que corria para você chorando não existe mais... Amanda está assim por que descobriu o monstro sem coração que sou.

Maria baixa a cabeça e caminha em direção a porta saindo do escritório.

Já está anoitecendo vou subir para tomar um banho.

Entro no quarto e Amanda está deitada de lado, parece estar dormindo.

Entro no chuveiro e deixo a água cair sobre meu corpo, nunca estive tão estressado, seco meu cabelo com uma toalha e outra enrolo em minha cintura, entro no quarto e vejo Amanda se ajeitando na cama.

— O jantar é servido as 19h...

Ela fica em silêncio sem mexer-se.

— Eu sei que você está acordada Amanda.

Ela me encara com os olhos marejados por lágrimas.

— Você vai descer para jantar as 19h, não está doente para ficar comendo no quarto.

— Eu falei com minha vó...

O que ela fez agora, eu deveria ter pegado o celular dela.

— Falou o que?

— Falei que estou apaixonada vivendo um romance avassalador com você... que você me propôs uma viagem para conhecer as Maldivas e eu não pude recusar...

Fico sem entender nada, não esperava por isso.

— Ela acha que estou louca mas acreditou. Vou continuar aqui mas quero que você proteja minha vó ela é tudo que tenho.

Ela seca as lágrimas.

Finjo indiferença e entro no closet. Me visto e caminho em direção a porta enquanto falo.

— 19h jantar.