"Amor Jovem"

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Izuku acordou com um bocejo, apenas para ser saudado por um Aizawa extremamente mal-humorado. 

— Você sabe por que estou chateado?

Izuku, ainda meio-acordado, balançou a cabeça, sem nem tentar pensar. 

— Você trabalhou horas extras e está descontando no seu paciente? — Aizawa suspirou.

— Não. É o fato de você ter ficado acordado até as 5 da manhã novamente. Seu corpo precisa dormir para se recuperar, Midoriya. — Izuku franziu a testa. 

— O que é você, minha mãe?

— Não, eu sou seu médico, e é meu dever mantê-lo saudável e seguro. No entanto... — Aizawa se levantou e colocou a mão no ombro de Izuku. — Eu não vou te dar muito sermão, já que você finalmente conseguiu fazer as pazes com ela. — Izuku corou. 

— V-você nos ouviu?! — Aizawa piscou. 

— Não se preocupe, o amor jovem é sempre muito doce de se assistir. — Izuku corou. 

— N-não é a-am--

Aizawa sorriu e valsou para fora da sala. 

— "Mas eu gosto de pensar que eles perdoariam ele por causa de você" — Aizawa cantou provocativamente.  

O rosto de Izuku ficou três tons mais vermelho e gritou: — VOCÊ ME PAGA, AIZAWA!

"Droga." Izuku corou e colocou a mão no rosto. "Espere, isso significa que Yu também nos ouviu-"

— O-olá? — Uma voz familiar atingiu seus ouvidos através da porta. — Você está aqui, Izuku?

A frequência cardíaca de Izuku saltou para 200. 

— U-uraraka? — "Por que estou tão nervoso?! Se acalme!"

 Uraraka entrou e girou os polegares. 

— H-hum, como você está?

— E-eu estou bem! C-como você está?

— Estou bem. — Uraraka sorriu suavemente. — Obrigada por perguntar.

— Claro. — O sorriso de Uraraka pareceu enviar Izuku às nuvens. Seu estômago começou a dar voltas e mais voltas. "É isso o que as pessoas chamam de borboletas no estômago?"

Tentando se acalmar, Izuku falou: — Então, o que a traz aqui?

Uraraka corou. Ela balançou para frente e para trás, o rosto enterrado em uma das mãos. 

— H-hum eu- eu só queria ver você. — Ela colocou a mão na testa, abaixando a cabeça ainda mais. — E-eu não posso?

— N-não! De forma alguma! Eu queria te ver também, então--

— O quê?

Izuku ficou vermelho e enterrou o rosto no cobertor. "O QUE EU ACABEI DE FALAR?! AHH EU QUERO MORRER!"

Izuku sentiu Uraraka se aproximando. Ela sussurrou baixinho: — Estou muito feliz em ouvir isso.

Izuku olhou para cima para ver Uraraka vermelha até as orelhas. Uraraka encontrou os olhos de Izuku e deu-lhe um pequeno e doce sorriso. Izuku estendeu a mão para Uraraka, com seu coração batendo mais forte do que um coice de cavalo.

A mão de Izuku encontrou a bochecha de Uraraka. Estava extremamente quente, mas ele não sabia se era por causa de Uraraka ou de sua mão. Uraraka gentilmente apoiou o rosto em sua mão e sorriu. 

 — A-ham. — Izuku e Uraraka pularam de susto.

— Ki-Ki-Kirishima! — Uraraka entrou em pânico.

— É o meu nome.

— N-não é o que parece! Izuku estava apenas... — Uraraka olhou para Izuku desesperadamente. — ...tirando alguma coisa do meu cabelo! Sim! É isso! — Kirishima soltou uma risada. 

— Ah sim, claro... — Ele deu uma olhada presunçosa para o casal. — Então você está me dizendo que tirar coisas do seu cabelo te faz corar? Que feitiche estranho...

— C-cala a boca! — Uraraka ficou com um tom mais escuro de vermelho. — P-por que você está aqui?

— Beeeem, eu ia convidar vocês para me ajudar a organizar a festa de Natal que é em 2 semanas. Mas agora eu vejo que estou interrompendo algo, então...

— V-você não está interrompendo nada! — Izuku gritou. Uraraka concordou com a cabeça, mas pareceu um pouco desapontada.  Kirishima balançou a cabeça. 

— Ah, amor jovem. Como sinto falta disso.

Uraraka abanou as bochechas e espiou Izuku. Eles tiveram contato visual e coraram ainda mais. "Por que ela é tão fofa?!" Izuku tossiu. 

— F-festa de natal, hein? — Uraraka animou-se ainda mais. 

— É um grande evento onde eles colocam árvores e decorações e convidam o Papai Noel para--

— Você ainda acredita em Papai Noel? — Izuku deu uma risadinha.

—Hãn?

— "Hãn"? — Izuku olhou para Uraraka. — Não me diga que você--

— Não, bobo. — Uraraka revirou os olhos. — Eu simplesmente não consegui acreditar que você pensou que eu ainda acredito no Papai Noel. — Uraraka fez uma pose orgulhosa. — Afinal, tenho 15 anos.

— Ceeeeerto. — Uraraka ergueu uma sobrancelha, mas ficou quieta. 

— ...De qualquer forma. Vamos ajudá-los Izuku! Eu prometo que você vai adorar a festa. É tão divertido!

— Não tenho certeza se a nossa definição de diversão é a mesma. — Izuku murmurou. "Você quase causou um incêndio da última vez que demos uma festa." Uraraka puxou Izuku pelo braço, quase o arrastando para fora da cama. 

— Vamos, vamos!

— E-ei, espere! — Izuku caiu da cama e seu rosto beijou o chão mais uma vez. — Sabe, o chão do hospital vai acabar me processar por assédio sexual se eu beijá-lo mais vezes.

— Desculpe, desculpe. — Uraraka se desculpou rindo — Eu vi você de pé ontem à noite, então presumi que você já pudesse.

— Aquilo foi a adrenalina do momento. Acho que aguento, mas preciso da ajuda de meu servo. — Izuku gesticulou para Kirishima. — Servo! Me ajude a levantar.

Kirishima suspirou e ajudou Izuku a se levantar. 

— Se eu não fosse seu enfermeiro, teria deixado você no chão.

Izuku cambaleou enquanto tentava dar um passo. Suas pernas falharam e ele desabou no chão. Izuku suspirou. 

— Quer saber? A cadeira de rodas está ótima.



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CAPÍTULO NOVINHO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! A autora publicou há duas horas kk

Eu acho incrível como que o Deku e a Ochaco conseguem ir de "eu te odeio" pra "não quero perder você" pra "morra" e de volta pra "eu te amo" tão rápido KKKKKKKKKKKK

Até a próxima :)

Dois Meses [Izuocha]Onde histórias criam vida. Descubra agora