O Mestre da Morte

Raiva Engarrafada

O som das vozes ficava mais alto a cada passo que ele dava e logo Harry podia entender as palavras que foram ditas. "-só posso adivinhar. A última coisa que sabemos é que eles estavam perto de Fort William."

Não havia nenhum encanto impedindo-o de ouvir hoje, ao contrário das outras vezes durante as férias, quando um bando de adolescentes estava hospedado em Grimmauld Place.
Quando Harry chegou ao pé da escada, ele estendeu a mão e assim que pressionou a palma da mão contra a madeira da porta, ele passou por ela. 

"Mas isso foi semanas atrás," Kingsley disse em sua voz suave, assim que ele entrou. Harry sacudiu a estranha sensação de se mover através de matéria sólida e olhou para o grupo reunido ao redor da mesa. Ao lado do Auror de pele escura estava sentado Dedalus Diggle - que felizmente não mostrou nenhum sinal de que havia sido obliviado minutos atrás - em vez disso, estava girando o chapéu nas mãos. Minerva McGonagall estava ocupando a cadeira à sua esquerda, mas sua cabeça estava virada na outra direção, os olhos fixos em Dumbledore que estava sentado na ponta da mesa. O diretor estava acariciando sua barba branca enquanto ouvia a conversa, balançando a cabeça pensativamente de vez em quando. À sua direita estava Moody, de quem Harry só podia ver as costas, mas a aparência do Auror era tão estranha quanto a de Tonks, que estava sentada ao lado dele com seu cabelo rosa característico, seguido por Molly e Arthur Weasley. Harry avistou Sirius na extremidade oposta da mesa, uma expressão sombria em seu rosto, já que ele estava residindo em seu assento usual ao lado da lareira. Perto dele estava Mundungo, que parecia não estar ouvindo, ao invés disso, ele estava vasculhando ruidosamente seus bolsos. Do outro lado de Sirius estava Gui Weasley. Ele estava pairando sobre um mapa.
Harry já tinha visto, pouco antes de ele e seu padrinho visitarem a matilha de Conall.
Algumas mechas do cabelo de Bill haviam deixado seu rabo de cavalo e caído em seu rosto, balançando sobre o mapa assim como seu brinco com a presa presa a ele. Harry se perguntou brevemente se seu irmão Charlie tinha dado a ele. O olhar de Arthur também estava focado nos rabiscos e ele se inclinou em direção ao filho, olhando para os pontos que Bill estava traçando com os dedos.

Remus estava ausente, provavelmente ainda em sua missão. Mas Severus Snape estava lá, embora o homem parecesse que não queria estar aqui. Ele estava olhando para Kingsley, claramente ignorando sua esquerda, onde - além de uma cadeira vazia - Mundungo era a única coisa que o separava de Sirius.

"É o único vestígio que temos agora", disse Dumbledore calmamente.

"Bem, sabemos que Greyback está indo em direção ao sul", disse Bill, os olhos no mapa. "Nós só sabemos de duas áreas nas quais lobisomens correm em bandos grandes o suficiente para ser do interesse dele."

"Então ele provavelmente está indo para aquele que mora perto de Aberfoyle," Tonks meditou. "Aquele está mais perto se a última localização deles ainda for alguma coisa para indicar."

"Mas não devemos nos concentrar apenas nas grandes embalagens", disse Kingsley. "Grupos menores podem estar mais inclinados a se juntar a um lado."

Dumbledore acenou com a cabeça pensativamente, mas Sirius bufou. "Não é por isso que Remus está lá fora, procurando por este lobo supostamente solitário que quer se juntar ao lado da luz?" Havia um toque de amargura em sua voz e aliás, o outro reagiu, Harry percebeu que era um assunto, que já havia sido discutido mais de uma vez.

"Outro lobisomem do nosso lado é um grande trunfo. Você sabe disso, assim como qualquer um aqui," Moody começou em seu tom áspero de sempre.