" Eu disse que cuidarei de vc..."

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Pov Laryssa



- Eu estou bem, é sério! - Giana diz após os policiais terem levado a Nicole. Logo depois, eu a ajudo levantar.

- Não mente pra mim! - Eu digo- Vem cá!- Falo apoiando o seu braço em meu ombro, em seguida, eu a puxo para os meus braços, e então, eu a abraço.

Por mais estranho que isso seja, eu sei o quanto ela necessita desse abraço, para, pelo menos, acalmá-la.

- Ele realmente atiraria em mim?- Ela me pergunta, enquanto está envolvida em meus braços. - O meu próprio irmão atiraria em mim? - Ela me questiona mais uma vez, nas duas vezes, permaneci calada.

- Por que nunca me disse que sofre com ansiedade? - Eu pergunto enquanto deslizo minha mão em seu cabelo, logo deposito um beijo rápido.

Ela não responde a minha pergunta, apenas me aperta um pouco mais, fazendo nossos corpos ficaram ainda mais colados.

- Por quê?
- Por que ele fez isso?- Ela me pergunta, quebrando o Silêncio que tinha se instalado.

-Eu não sei! - Eu digo dando uma pausa... - Vem!- eu falo interrompendo o abraço e a guiando até o sofá.

- Onde fica os seus remédios? - Eu pergunto olhando para ela.

- Eu estou melhor, não precisa! - Ela diz olhando nos meus olhos, em seguida, ela desvia e abaixa a cabeça. - Esses remédios não vão tirar essa minha dor. -Ela completa.

- Eu sei que não vão. - eu digo dando uma pausa. - Mas é necessário. - completo, me sentando no sofá.

- Se quiser, pode ir.
- Não quero te atrapalhar mais do que já atrapalhei. - Ela diz, virando o seu rosto para me olhar, em seguida, ela desvia e volta.

- Eu disse que cuidarei de vc, e eu cumpro com as minhas promessas, mesmo não sabendo por onde começar. - Eu falo a olhando, logo ela volta a olhar-me outra vez. Logo Depois, eu ergo minha mão até o seu rosto e aliso-o com os meus dedos, acariciando sua bochecha e queixo.

Ainda me olhando, ela dá um sorriso fraco de lado, e eu retribuo da mesma forma. - Obrigada!- Ela diz, logo depois.

- Não precisa agradecer, só me diz onde estão seus remédios. - Eu falo, mas ela me ignora por completo.

Logo depois, ela apóia seus cotovelos em seus joelhos, em seguida, ela envolve seus dedos entre os fios do seu cabelo, e, assim, ela permaneceu, de cabeça baixa.

   Resolvi ficar quieta, respeitando o seu espaço, mesmo querendo chegar mais perto dela. Ficamos em silêncio por um curto tempo. Eu conseguia escutar seu choro baixinho e tímido, enquanto ela enxugava suas lágrimas.

  Já não suportando vê-la daquele jeito, eu me aproximo sutilmente, ficando poucos centímetros afastada dela, logo depois, eu ergo minha mão direita até a sua, que estava tapando o seu rosto, e, então, eu envolvo meus dedos entre os seus, apertando minha mão contra a sua.

Sou péssima quando o assunto é consolar as pessoas, nunca sei quais palavras corretas a usar.

Ainda de mãos dadas... Com a outra mão, eu coloco atrás da sua orelha as mechas que estavam cobrindo seu rosto, logo em seguida, eu chego mais perto, assim, encostando nela.

  Apoiada nossas mãos dadas em cima da minha coxa, ela levanta seu rosto e encosta suas costas no sofá, em seguida, ela me olha.

  Enquanto nos olhávamos sérias, eu pude ver seus olhos inchados e as marcas das lágrimas escorridas pelo seu rosto. Logo depois, ela desvia e volta a ficar de cabeça baixa. Giana...

 
   Soltando minha mão da dela e encostando minhas costas no sofá, eu envolvo meu braço sobre os ombros dela e a puxo delicadamente para encostar-se em mim, em seguida, eu deposito um beijo delicado em sua cabeça.

- Onde está aquele seu cachorro?
- A Muna, não é?- Eu falo enquanto ela está com a cabeça apoiada em mim. Por que fiz essa pergunta? Enfim ...

- A Muna... - Ela diz se levantando rapidamente, a mesma sai procurando por todo apartamento e eu a seguindo por onde ela ia.

- Mumu! - Ela chama em cada cômodo que íamos. Pude perceber o quanto o seu apê é grande e bem decorado. Harmonizante, eu diria.

- Ela está aqui! - Digo abrindo a porta de vidro da sacada do seu quarto, após a ter encontrado deitada em um canto, no relento.
  Saio na sacada, pego-a e ajeito ela nos meus braços.

- Ela está tremendo!
- Parece com frio. - Eu digo para Giana, tentando amenizar o frio da Muna em meus braços.

- Oh meu bebê...
- Oi, filha...- Giana fala com uma voz meiga, erguendo as mãos para pegar a Muna do meu colo, mas, repentinamente, ela rosna quando a mesma tentou pegá-la.  Giana olha pra mim, com uma expressão surpresa e assustada.

- Ela nunca fez isso comigo - Ela diz.

- Bom... Eu acho que ela não te quer. - Eu falo a olhando.

- Mumu, sou eu... - Giana diz, tentando pegá-la mais uma vez, a Muna rosna e Giana se afasta rapidamente.- Ok! Ok! - Ela completa e se retira da sacada, em seguida, vou atrás dela.

    Ficamos um longo tempo conversando e assistindo, enquanto comemos alguns doces e salgados.

  A Muna dormia no meu colo e Giana estava com sua cabeça apoiada em meu ombro, enquanto assistíamos na tv...

Eu sei! eu sei! Isso é estranho, e tão... Ah! Eu não sei!   Foi inevitável não pegar a Muna no colo, é inevitável não querer ficar perto da Giana.

   A Giana parecia estar melhor, e isso era o mais importante pra mim. Ela tem sido, ultimamente, o motivo do meu sorriso, algo que nem todos conseguem tirar de mim.




  

O Preço Do Desejo // GilaryOnde histórias criam vida. Descubra agora