"A filha do Erasmo Cardoso?"

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Pov Giana

Faz 2 dias que eu recebi um bilhete, um bilhete que ameaçava contar a todos o grande segredo da minha família, segredo esse que eu não faço a mínima ideia do que seja.

  Como qualquer outra pessoa, eu me senti na obrigação de avisar aos meus pais, e a única coisa que eles falaram é que isso não passava de uma brincadeira, uma brincadeira essa que eu não deveria me preocupar.

Algo me dizia que eles estavam mentindo, eu sei que estavam.

**NA CASA DOS MEUS PAIS, EM SANTA MARIA**

  Aqui estou eu, no meu antigo quarto, onde eu adorava me divertir com as minhas amigas, amigas essas que... Bom, não existem mais. Acabou tudo aqui nesse quarto.

- A mamãe e o papai estão te esperando pra jantar - Meu irmão fala, ao invadir o meu quarto.

- Já pedi várias vezes pra bater na porta antes de entrar - Eu falo, repreendendo-o.

- Tá legal!
- Larga de ser chata, e vamos jantar! - Ele diz, fechando a porta.

  Talvez, não sei, seja loucura da minha cabeça, mas eu sinto que meu irmão não é mais o mesmo de antes, não comigo.

Depois do que a aconteceu no hotel, depois dele ter sido preso e solto por agressão e tentava de homicídio... Tudo mudou.

  O clima entre a nossa família já não era bom, depois do ocorrido, é como se tudo estivesse contra mim ou sei lá, pode ser só coisa da minha cabeça.

 

**No jantar**

- Quando vamos conhecê-la? - Perguntava o meu pai, referindo-se a Laryssa.

- Eu e ela conversamos, e...

- Já conhecem.
- É a filha do senhor Cardoso, um dos seus sócios, pai. - Dizia o meu irmão, interrompendo-me. - A garota estranha. - Ele completa. 

- Ela não é estranha, seu idiota!
- Deveria se preocupar com o roteador grudado em sua perna - Eu falo, referindo-me a sua tornozeleira.

- A filha do Erasmo Cardoso? - Minha mãe me pergunta, tomando um gole da sua água logo em seguida.

- Sim! - Eu afirmo, enquanto eu e meu pai nos olhávamos, em seguida, ele e minha mãe se encaram e depois voltam  a olhar-me.

- Que rápida, filha.
- Ótimo negócio. - Ele fala, servindo-se de uma garfada de sua salada. O quê?

- Negócio? - Eu pergunto.

- Não seja tola, ele está se referindo ao dinheiro que ela e a família dela tem - Meu irmão diz.

- Já tem a minha benção - Dizia o meu pai.

- Meu namoro com a Laryssa não é um negócio, pai. - Eu falo, levantando-me da mesa. - E eu não preciso da sua benção - Eu Completo, retirando-me da mesa.

- Não vai comer a sobremesa, filha? - Perguntava minha mãe.

- Estou satisfeita.
- Obrigada! - Eu falo, subindo pro meu quarto.

**Deitada na cama**

- Pensamentos on-

  Eu não posso deixar os meus pais fazerem isso de novo, eu não vou deixar.

  Eu não vou perder mais uma pessoa que amo por causa da ambição do meu pai. Eu não posso deixar ele fazer isso comigo de novo, não posso.

- Pensamentos of-

O Preço Do Desejo // GilaryOnde histórias criam vida. Descubra agora