Perdendo a cabeça - Cap 9

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Conto fictício

Aquela informação foi a chave que faltava pra eu deduzir que André tinha ou já teve algo com Samuel e que já transaram naquele brega com Andrea de camarote. Mas eu resolvi fazer diferente daquela vez: resolvi não perguntar diretamente, pois ninguém me respondia diretamente mesmo.

A noite ainda foi muito divertida, tomei meu primeiro porre da vida sentindo meu cu arder. Eu e André ríamos muito naquele brega, às vezes Andrea vinha sentar no colo de um e de outro, me dava um beijo, dava um beijo em André, falava alguma coisa em voz alta do tipo "A foda me encheu de tesão, quero repetir".

Todo esse teatro foi combinado ainda no quarto, assim como alinhamos os discursos de quem fodeu primeiro, o que um fazia enquanto o outro fodia e coisas do tipo, eles pareciam bem treinados em combinar essas mentiras.

Enfim, a vida seguiu. Continuamos sendo obrigados a ir para o brega, nem sempre encontrávamos Andrea disponível e quando isso acontecia geralmente a gente ficava só bebendo no brega e tal. Eu detestava beber, mas entrava na onda. Por duas vezes Seu Carlos estava no brega, com certeza pra nos vigiar, pois ele nunca era visto com mulher, então nessas duas vezes transamos com mulheres, cada um com uma e em quartos separados. Pra mim não era um sacrifício muito grande, já André dizia não gostar, mas isso não vem ao caso.

Alguns meses se passaram, durante esse tempo eu me aproximei muito de Samuel e estava adorando sair com ele, cheguei a diminuir meus dias de trabalho no bar pra sair com Samuel. Passei a folgar duas vezes por semana, como antes disso eu só ficava na cozinha meu patrão teve que aceitar. Em troca eu chegava mais cedo, ajudava na limpeza e até servia no bar em dias de muito movimento. Então meu patrão ainda saiu no lucro tendo um garçom a mais em algumas noites.

Em um dia de folga eu saia com Samuel e no outro saia com André, mas somente a noite. E eu bem sabia onde André estava durante o dia e na noite anterior a folga. Era óbvio que ele passava um tempo a sós com Samuel. Até então eu não tinha tido um tempo com os dois, já que meu tempo com André era curto e a gente aproveitava transando.

Isso mudou na comemoração do aniversário de 21 anos de André. Marcamos de ir para o brega transar muito na nossa folga e eu chamei Samuel, pedindo pra ele manter segredo. Quando chegamos André tomou um susto, parecia desconfortável, e falou:

- O que Samuel está fazendo aqui?

- Meninos, somos todos adultos. Então vamos parar de joguinhos. (Falei baixo, mas firme.).

- Como assim joguinhos Mi? (Foi Samuel que perguntou, já que André estava paralisado.).

- Eu não sei qual o nível de relacionamento de vocês, fico chateado por vocês não confiarem em mim pra contar, mas sei que vocês transam e nem adianta negar.

- Eu nunca neguei nada. (Samuel respondeu recebendo um olhar mortífero de André.).

- Ótimo. Eu sei também que Samu sabe o que rola entre a gente e pelo jeito que ele me olha quando saímos Samuel sabe os detalhes das nossas transas. (Samuel tinha a mania de reparar muito nas marcas que André deixava no meu corpo, marcas que nem sempre eram fáceis de perceber.).

- O que você quer com essa conversa Mi? (Mais uma vez foi Samuel que perguntou, pois André ainda estava calado.).

- Eu tenho tesão em Samuel também, não é na mesma intensidade que sinto contigo André, mas sinto. E quero experimentar uma foda entre nós três. Se você quiser Samu.

- Lógico que eu quero. Tenho tesão em você faz anos, mas por ser irmão de André nunca tentei nada. Quem não vai querer é André, ele morre de ciúmes de você. (Eu sabia que Samuel me olhava diferente.).

Irmão também serve pra issoOnde histórias criam vida. Descubra agora