Lugar Errado, Hora Errada

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Nota da tradutora: capítulo extra, pós capítulo 21. Boa leitura! xx

Alerta: cena bastante explícita.

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O lugar está mortalmente quieto.

Meus dedos se afundam em seus quadris para mantê-la parada, ou afastá-la, ou puxá-la para mais perto de mim — eu ainda não decidi. Ela prende a respiração. Eu sei que ela sentiu meu pau em seu quadril, latejando com o mínimo de atenção por parte dela, depois de todos esses anos.

Sua respiração está quente em meu pescoço e eu fecho meus olhos com força, implorando para que esse momento acabe logo.

Eu sinto ela se afastar para me encarar, e antes que ela abra a boca e deixe tudo ainda pior, eu abro meus olhos para observá-la.

— Satisfeita, Granger? — Eu puxo-o para mais perto, para que ela possa me sentir. — Pelo menos um de nós está.

Eu a retiro de meu colo, meu membro dói com a perda de seu calor. Eu saio pela porta e subo as escadas correndo, fechando a porta do meu quarto atrás de mim.

Respiro fundo. Minha mente foca em construir paredes, empurrá-la para trás delas, trancá-la longe...

Mas meu corpo se lembra.

Os lábios dela em meu pescoço, provocando, chupando. Os sons no fundo de sua garganta, que ela não sabe que está fazendo enquanto me prova. O modo como seus quadris se movem em minhas coxas, como se ela estivesse imaginando meu pau enterrado nela...

Minha pele está em chamas, não importa o que minha mente diga. Maldita bruxa!

Vou até o banheiro e, com um rápido movimento dos dedos, ligo o chuveiro com a água pelando.

O cheiro dela está por toda parte. Minha pele, meu cabelo, minhas roupas. Eu tiro meu cardigan pela cabeça e atiro longe, como se ele estivesse me envenenando. Abaixo minhas calças e meu pau surge. Eu o ignoro, como tenho feito todas as noites dessa semana.

Suas mãos em meus ombros, bunda em minhas coxas, boca em meu pescoço — eu estou ardendo de desejo por horas agora.

Meus dedos tocam meu membro e eu os fecho em punho.

Não.

Não é para isso que ela está aqui.

Eu piso embaixo da água e parece que minha pele está borbulhando. Me concentro em me livrar da essência dela — sempre a primeira coisa a se fazer, a mais fácil de lidar. Se eu consigo me livrar do cheiro do cabelo ou da pele dela, eu posso me livrar do resto também.

Minhas mãos são rápidas em meus ombros, ensaboando e lavando a respiração dela dali. Eu esfrego a parte de trás do meu pescoço, onde seus dedos se entrelaçaram, e meu lóbulo, onde ela mordeu. Minha mandíbula, onde sua língua desceu.

O cheiro dela pode ter se esvaído, mas meu pau se lembra.  Se lembra de como ela ofegou em meu ouvido. Se lembra como as pontas dos meus dedos afundaram em sua cintura, imaginando virá-la de frente e pressioná-la contra mim. Se lembra do som de sua garganta quando nos beijamos, semanas atrás. E meu pau certamente se lembra da calcinha e sutiã vermelhos.

Eu deveria deixar a água fria, banir tudo aquilo de mim.

Eu deveria dizer "não" quando ela insiste em praticar.

Minha mão escorrega por meu estômago e meu membro balança.

Eu fecho meu punho sobre mim e a imagem dos olhos dela na lareira surge em minha cabeça. Ela está gritando comigo sobre pílulas e o valor da vida dela, a respiração rápida e falha, o peito pesado...

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