Oitavo Mês

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  — Eu não quero! — Jennie fez um bico e Jisoo revirou os olhos.

— Eu não falarei de novo, Jennie. — Jisoo disse colocando as mãos na cintura. — Você já está pronta para sair, então nem invente.

— Mas minhas pernas...

— Por isso mesmo, é recomendado que você caminhe durante vinte minutos. — Jisoo disse e Jennie suspirou. — Vamos logo, esse é o tempo que o Jaemin dorme.

— Eu te odeio. — Jennie levantou. — Se eu morrer no meio do caminho, você será a culpada e conviverá com isso.

— Ah! Vai se foder. — Jisoo quase deu um tapinha na amiga, mas se segurou para não a irritar. — Chaeyoung já deve estar dormindo naquela porta.

— Me lembre de te expulsar do meu ciclo de amizades.

[...]

— Me lembre mesmo de expulsar você do meu ciclo de amizade. — Jennie reclamou sentando no banquinho da praça com Jisoo e Chaeyoung.

— Toma água, sua sedentária. — Jisoo entregou a garrafa de água para a amiga. — Darei mais uma volta no parque, se vocês quiserem ir embora, não tem problema.

— Não, esperaremos você. — Chaeyoung disse e Jennie suspirou quase chorando. — Pode ir e nós esperamos.

— Quando a Sieun nascer, você olhará para o seu corpo e a primeira coisa que pensará será em uma academia. — Jisoo disse se levantando e voltou a caminhar.

— Me lembre de matar a Jisoo quando a bebê nascer. — A ômega disse e Chaeyoung riu ao lado da namorada.

— Amor, a Sieun não está mais mexendo tanto. — Chaeyoung disse baixinho e Jennie riu. — Estou preocupada.

— Não precisa, amor, eu estava lendo que agora ela mexerá pouco porque aqui ta ficando apertando e ela já quer sair. — Jennie disse tocando em sua barriga. — Rosie.

— Oi. — A alfa olhou para a namorada.

— Se algo acontecer comigo, você promete cuidar da Sieun?

— Para de falar besteira, Jennie, você não corre nenhum risco, para com isso. — Chaeyoung disse nervosa. — Eu não gosto nem de pensar.

— Mas vai que acontece.

— Jennie... — Chaeyoung suspirou. — Não acontecerá nada, para com isso!

— Tá, parei. — Jennie bufou. — Você nem me deixa ser dramática.

— Isso não é ser dramática, é falar besteira.

— Mas se e-

— Jennie!

— Por que você tá gritando comigo? — Jennie perguntou já chorando, Chaeyoung suspirou. — Quero ir para casa.

[...]

— Sai daqui. — Jennie disse quando Chaeyoung entrou na cozinha. — Sai!

— Amor, me desculpa por gritar com você.

— Não desculpo não. — Jennie colocou mais um pouco de salada na boca.

Chaeyoung acreditava que Jennie não ficaria sensível dessa maneira, já que o normal seria ficar assim entre os cinco e seis meses, mas a alfa percebeu que gravidez não é mesmo uma igual a outra. Jennie chorava se Chaeyoung falasse um pouco mais alto e se irritava com as pequenas coisas que a alfa fazia.

— Amor, eu só não gosto quando você começa a falar sobre aquilo. — A alfa se ajoelhou e beijou a barriga da ômega. — Me desculpa, sim?

— Tá bom. — Jennie disse e Chaeyoung sorriu. — Não grita comigo de novo.

— Nunca mais. — Chaeyoung se levantou para selar os lábios da ômega. — Você já arrumou a bolsa da bebê?

— Já, Jisoo me ajudou. — A ômega riu. — Ela colocou um monte de roupas, parece até que a Sieun ficará no hospital durante meses.

— Você não disse se ligará para os seus pais. — Chaeyoung disse e Jennie deu de ombros. — Bolinho.

— Seus pais são como meus pais. — A ômega disse. — Nossa, Chae, será que o que temos é incesto?

— Depois sou eu que falo besteira.

[...]

— Ai meu Deus, Jennie! — A ômega riu quando Miyeon correu. — Olha essa barriga, Chaeyoung sua idiota! Como você faz sua ômega ficar em pé? Senta, Jennie.

— Eu não fiz nada. — Chaeyoung puxou Jennie para o seu colo e colocou a mão na barriga dela. — Parabéns pelo casamento.

— Foi uma cerimônia linda, Miyeon. — Jennie elogiou e a Cho sorriu, a alfa olhou para a barriga da ômega. — Pega, se você der sorte a Sieun chuta.

— Sieun? — Jennie assentiu e logo riu quando constatou a cara de surpresa da alfa quando sentiu a bebê chutar. — Ela gostou de você.

— Agora é que ela não parará de pedir bebês. — Chaeyoung e Jennie olharam para a esposa da Miyeon. — Depois do casamento que estamos nos conhecendo, culpa do Miyeon.

— Mentira, amor. — A alfa disse puxando a ômega para ficar em sua frente. — Essa é Minnie, minha esposa.

— Prazer em lhe conhecer. — Chaeyoung disse e Jennie sorriu para a ômega. — Você merece um prêmio por casar com a Cho.

— Porque todo mundo me diz isso? — Minnie perguntou rindo.

— Isso tudo é inveja, amor. — Miyeon disse. — Ou, na verdade, é muito amor por mim.

— Amor por você? — Chaeyoung riu. — Eu não.

— Vai se foder Chaeyoung.

— Se acostuma. — Jennie disse a Minnie que estava perdido enquanto as alfas se elogiavam. — Toda a vez que elas se encontram sai isso, só elogios.

[...]

— Você sabe que eu te amo, não é? — Chaeyoung disse deitando atrás de Jennie e colocando sua mão sobre a barriga da ômega. — Eu te amo tanto que talvez eu nunca consiga dizer em palavras e muito menos em gestos o quanto eu te amo.

— Eu também te amo, Chaeyoung. — Jennie sorriu fechando os olhos. — Eu te amo muito mesmo.

— Não vejo a hora da Sieun nascer. — Chaeyoung sorriu. — Imagina ela já grande, amor, aí ela correndo pela casa com o cabelo solto e brincando.

— Você já imagina muito longe, bebê.

— Mas o tempo passa rápido, amor.

— Sei, mas vamos apenas imaginar como será ver o rostinho dela.

— Ainda acredito que ela será parecida com você, bem igualzinha.

— Você quer mesmo uma mini Jennie? — A ômega perguntou brincando.

— É claro que sim. — Chaeyoung beijou o ombro da ômega. — Quero muito mais depois.

— Vamos com calma, Park. — a alfa riu. — Ainda nem tive uma e você já quer mais.

— É bom pensar no futuro.

— Vai dormir, Chaeyoung. 

Surprise | Chaennie (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora