The Last Angel Of The Night

14º capítulo

(…)

Sarah- Pelo menos o Louis está a salvo- ela fala tentando acalmar-me enquanto eu olho Louis deitado na minha cama- Segundo o Harry o efeito deve estar quase a passar.

Eu continuo a olhar Louis enquanto seguro a sua mão. Ele não merecia passar por isto. Ninguém merece ser espancado, drogado, quase morrer…por culpa de um anjo inútil.

Sinto a mão de Louis estremecer e vejo os seus olhos azuis esverdeados abrirem lentamente.

Louis- Chris…- ele sussurra.

Eu- Estou aqui Boo…- sorrio para ele enquanto aperto cada vez mais a sua mão.

Sarah- Pregaste-nos cá um susto.

Louis- Eu…eu não me lembro de nada. A última coisa de que me lembro é daquele rapaz a agarrar-te e…Oh meu deus Chris, estás bem? Ele fez-te mal?

Eu- Não Boo…eu estou bem- sorrio, ele preocupa-se comigo.

Louis- Chris o que é que ele te fez?

A preocupação é notável na sua voz e Sarah solta um risinho antes de abandonar o quarto. Ainda bem que Louis não se lembra de nada.

Louis- Eu…estou onde?- ele senta-se na cama sem largar a minha mão.

Eu- No meu quarto. Bem vindo à minha instituição velha e assustadora- rio- sentes-te mesmo bem?

Louis- Sim…oh…a minha bússola fica perfeita em ti- ele sorri. Os seus olhos brilham intensamente e o seu sorriso rasga o seu rosto de tão grande que é.

Eu- Desculpa…é que, depois de o Harry me trazer, tu ficas-te desmaiado. Eu encontrei-te na manhã seguinte e…eu fiquei tão aflita e preocupada…eu não sei. A tua bússola estava no chão ao teu lado e eu peguei. Toma- falo retirando a bússola enquanto sinto as minhas bochechas corarem de vergonha.

Louis- Ela é tua- ele sorri enquanto a coloca de volta no meu pescoço- Foi o meu pai que me deu de presente antes de morrer. Ele disse para a dar a uma pessoa que eu quisesse proteger- sorrio novamente- És linda quando estás envergonhada…sabias?

Solto uma risada enquanto eu e Louis nos levanta-mos.

Eu- Vou levar-te até ao teu carro e voltamos para tua casa.

Louis acena e descemos as escadas. Depois de avisar Sarah conduzo Louis pelo meio da floresta enquanto observo a sua cara de desagrado.

Eu- Louis…eu sei que é um sítio horrível e escuro mas…

Louis- Chris, eu só…como vives aqui? Esta floresta tem animais selvagens…podes ser ferida, morrer até.

Eu- Boo…eu fui criada aqui, é como se todos nós naquela instituição fizéssemos parte da floresta. Eu só te peço que não voltes aqui.

Entramos no carro de Louis que ainda se encontrava com as portas abertas dadas as circunstâncias.

(…)

A viajem até casa de Louis é silenciosa. Nem o rádio foi ouvido uma única vez. Louis limitava-se a conduzir, e eu limitava-me a olhar a estrada. Assim que chegamos a casa de Louis, Jo corre para o seu filho abraçando-o. Nesse preciso momento sinto uma sensação estranha percorrer o meu corpo e lembro-me do rosto da minha mãe. Disseram-me que ela era uma boa vampira, obediente, bela, sempre a postos para defender a comunidade. E por isso nunca percebi porque a matarem…por engravidar de um humano? Eles amavam-se. A tia de Sarah, já falecida, disse-me uma vez que a história dos meus pais era a mais bonita que ela já ouvira. Eles amavam-se. E o meu pai sabia de toda a história da minha mãe, sabia do que ela era capaz de fazer para saciar a sua sede de sangue. Eu destaco-me dos outros vampiros por ser loira e ter uma luminosidade diferente. Muitos diziam que eu deveria ser morta pois a minha beleza e luz poderia trazer problemas. Pelo que li no diário de Gemma, o mesmo aconteceu com ela. E existe tanta coisa neste nosso mundo que eu nem desconfio…existem tantos perigos e nenhuma cura para o meu problema…

Assim que acordo dos meus pensamentos vejo que Jo está abraçada a mim como antes tinha estado com Louis. Sinto o seu carinho e amor maternal e sorrio assim como Louis faz ao observar-nos.

Louis- Acho que ela teve mais saudades tuas que minhas- ele brinca.

Jo- Não sejas idiota Louis William Tomlinson. Vocês quase me mataram do coração.

(…)

Eu- Ela é fantástica.

Louis- Sim, é uma boa mãe. E se não fosse o porco do Parker ela podia ser muito feliz.

Eu- Porquê que eles não se separam?

Louis- O Parker era o melhor amigo do meu pai- ele senta-se do meu lado na sua cama- E depois do meu pai ter morrido ele enfiou-se cá em casa. A minha mãe diz que o ama, mas eu sei que não. Só não sei porquê que insiste em ficar com ele. Quando a questiono só me diz que ele tem que nos proteger…

Louis levanta-se.

Louis- Também não interessa. Vou tomar banho…esperas aqui?

Assinto afirmativamente com a cabeça e vejo Louis puxar a sua camisola branca, embora suja de pó, pelo seu tronco. Ao passar no seu cabelo deixa-o ainda mais bagunçado e pó é espalhado pelo chão do quarto. O desejo de ver o seu corpo é mais forte que o saber que é errado. Reparo em cada detalhe do seu tronco, nos seus abdominais definidos, na sua pele bronzeada…reparo nos seus quadris onde sobressaem uns boxer pretos. Louis vira costas e entra na casa de banho deixando-me a pensar em tudo. Eu…eu estou atraída por um humano?

Olá :) Obrigada por todas as leituras e espero que estejam a gostar :D Este capítulo está um bocadinho maior, e para compensar a demora em publicar, prometo que o próximo capítulo trará uma grande surpresa :) Obrigada a todos que lêm.