12. A Verdade

672 87 84
                                    

Jeno observava com atenção o homem loiro que estava amarrado e jogado no chão. Já fazia um tempo desde que deixaram a mansão Hei, desde que deixaram Mark para trás.

– Você está me assustando. – o loiro ditou assim que percebeu o olhar fixo de Jeno sobre si.

– Calado, samurai! – Lucas deu um leve chute no homem.

– Ei! Isso dói! – franziu o cenho. – E meu nome não é samurai, é Yuta. Vocês deveriam ser mais gentis, sabe? – tentou se movimentar. – E essa posição é muito desconfortável.

– Ah, claro. E vossa realeza gostaria de estar em que posição? – Ten brincou.

– No colo dele. – encarou Winwin que juntou as sobrancelhas em uma feição nada agradável.

– Oh, ele realmente gostou de você. – o tailandês riu fazendo com que o amigo revirasse os olhos.

Kun riu da situação mas sua diversão se esvaiou quando encarou Jeno. Ele estava sério encarando a porta de entrada.

– Ele vai voltar. – ditou em um tom baixo.

– Estou com uma sensação ruim. – suspirou. – Não deveríamos ter deixado eles lá.

Sim, Kun também estava preocupado com os seus meninos. Yangyang e Hendery eram muito fiéis a Haechan, fariam qualquer coisa para resgata-lo.

Se assustou quando Jeno saiu de repente do seu lado. Ele pegou as chaves de uma das motos e abriu a porta.

– Ei, ei, ei. – correu até o mais novo. – Aonde pensa que vai?

– Vou buscar ajuda, fique aqui caso ele volte e fique de olho no samurai. – assim que terminou, Jeno saiu da casa e fechou a porta.

[...]

Renjun se assustou quando a porta do seu escritório fora aberta com brutalidade revelando a figura de Jeno Lee, completamente cansado e bagunçado.

– Quem autorizou a sua entrada?! – o chinês se levantou bruscamente batendo as mãos na mesa.

– Fui eu. – Chenle apareceu logo atrás do pálido, acompanhado de Jisung que não parecia nada contente.

– Huang Renjun! – Jeno rosnou seu nome, os olhos tão pequenos o observavam com ira. – Como você ousa negar ajuda a seus amigos?!

O loiro suspirou e voltou a se sentar desviando o olhar para as anotações que fazia.

– Renjun, fala logo o que está acontecendo! – Jisung exclamou cruzando os braços.

O mais velho suspirou cansado e encarou Jeno.

– Blando queria o Haechan. – começou. – Pelo o que parece, ele trabalhava com o Mark em uma concessionária. Viraram amigos, desistiu de fazer o que fazia com as outras lojas por causa do Mark. Mas aquele cabeção tinha que falar do Haechan, o quão incrível ele é. Blando é doente, ficou obcecado pelo nosso amigo. – suspirou. – Ele não me deu o trabalho de ir atrás dele, veio pessoalmente até aqui. Disse que botaria fogo na cidade se não tivesse o que queria. Meu trabalhado era fazer com que Mark pensasse que o Haechan tinha fugido com o Blando.

– Espera...– Jeno franziu o cenho. – Espera, espera, espera. – o pálido riu sem humor levando as mãos até a cabeça. – Você entregou o Haechan pro Blando? – indagou voltando a encarar o chinês.

– Jeno, eu tenho responsabilidades com essa cidade. – cruzou os braços. – Que tipo de pai da máfia eu seria se botasse a cidade toda em risco por causa de uma pessoa?

– Do que você esta falando, Renjun?! Era o Haechan! É o Mark! – deu alguns passos a frente. – Você tem noção de como ele está?! Nem eu sei se eles estão vivos agora! – se aproximou mais. – E você quer falar sobre responsabilidades? Ótimo! Quem foi que defendeu a sua família e a sua casa quando o Hei ameaçou atacar?!

Renjun fechou os olhos e negou.

– Me responda! – Jeno bateu na mesa.

– Foi o Mark. – abriu os olhos mas não encarou a feição do amigo.

– Quem foi que levou um tiro por você na emboscada em Hong Kong?! – viu o chinês negar. – Responde!

– O Mark. – sussurrou.

– Quem foi que te defendeu do Lay quando estávamos na mansão Wei?! – segurou a gola da camisa que o menor usava.

– Foi o Mark. – encarou os olhos do pálido.

– É! Foi o Mark! Ele levou uma surra no seu lugar! Ele levou um tiro por você! Ele defendeu você e a sua família! E adivinha, ele também tinha responsabilidades como filho da máfia! – o peito de Jeno doía, como se seu coração estivesse em mil pedaços. – Ele daria a vida por você, Huang Renjun. Foi o Mark quem colocou a sua bunda branca sentada nessa cadeira. – soltou o chinês. – E agora, a senhorita Kim e Meirin estão mortas. – os olhos de Renjun transbordaram lágrimas. – Agora Haechan está desaparecido com um maluco obcecado por ele, agora Mark está em algum lugar daquela casa. E isso é tudo culpa sua, porque você decidiu que as suas "responsabilidades" valiam mais do que a vida dos seus amigos, aqueles que dariam a vida por você.

Renjun abaixou a cabeça, lágrimas ainda deslizavam pelo rosto delicado. A vergonha e o arrependimento esmagavam ele.

Jeno respirou fundo e fechou os olhos com força quando Renjun voltou a observa-lo.

– Antes que você me diga que está arrependido ou algo do tipo, saiba que não aceitarei nenhuma desculpa e que Mark ficará sabendo disso. Agora limpe esse rosto e levante a bunda daí...– se virou para os dois mais jovens que ainda estavam na porta com os rostos totalmente chocados. – Nós vamos atrás do Mark.

[...] 

Yangyang e Hendery se esconderam dentro de um dos quartinhos quando viram um grupo de homens se aproximarem.

Acabaram perdendo Mark de vista, não faziam ideia de onde aquele maluco havia se enfiado.

– E agora, Yang? – Hendery sussurrou.

– Precisamos achar o Mark. – desviou o olhar para o moreno. – Mas se a gente, por acaso, encontrar o Haechan primeiro, nós vamos embora. – Hendery concordou.

Assistiram o grupo se afastar, fazendo ambos saírem do quartinho, indo em direção a um novo corredor comprido que também possuía vários quartos.

Yangyang puxou o amigo assim que viu, dentro de uma das salas, Mark amarrado em uma cadeira. Ambos entraram no local e fecharam a porta, Hendery examinou o mais velho e suspirou pesadamente.

– Mark...o que fizeram com você...? – ergueu a cabeça do maior.

O Lee estava todo machucado, sangrando muito. Parecia estar fora de si, pois murmurava algumas coisas que os garotos não conseguiam compreender.

– Vamos te tirar daqui, hyung. – Yangyang tirou uma faca da cintura e começou a cortar as cordas que prendiam os pulsos e tornozelos de Mark.

– Rápido. – Hendery ditou assim que o maior foi solto, puxando-o pelos ombros e apoiando um dos braços de Mark em si. – Mark, você precisa ficar acordado. – pediu vendo que o mais velho tombava a cabeça para os lados.

– H-Haechan...– chamou baixinho com a voz sofrida.

– Nós vamos encontrar ele, fique acordado. – Hendery voltou a dizer enquanto o puxava até a porta.

Precisavam sair dali sem serem vistos, mas como?

[...]

E o Jeno Lee faz tudo

Voltamos pro começo da fic, lembra quando o Mark tava todo machucado porque apanhou do Hajoon?

Agora o negócio vai ficar bom 🎉

𝚐𝚊𝚗𝚐𝚜𝚝𝚊'𝚜 𝚙𝚊𝚛𝚊𝚍𝚒𝚜𝚎 Onde histórias criam vida. Descubra agora