Lost Soulmates - Part 2

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• Casal fictício original (Alexandra e Audrey)
• +18
• Tradução: Almas gêmeas perdidas - Parte 2
• Música de inspiração: "Just the two of us" Grover Washington, Jr

- Eu não posso mais fazer isso - Alexandra falou com a voz baixa, abafada, logo após uma noite excelente de amor

- Isso o que? - me virei na cama, para poder olhá-la cara a cara

- O John tá começando a desconfiar, ele já me fez umas perguntas estranhas, deu várias indiretas, tá muito mais controlador que antes... - sua voz estava trêmula, demonstrando que a qualquer momento ela se derreteria em lágrimas

- Então você não quer mais me ver?

- Eu quero, Audrey, você sabe que eu quero. Mas eu não posso mais continuar com isso, esse relacionamento às escondidas, parece que nós estamos cometendo algum crime

- Eu entendo, Alex... - um momento de silêncio dominou o quarto, ambas estávamos machucadas e refletindo sobre o que faríamos em relação ao nosso futuro - Eu não quero te deixar - falei após longos minutos angustiantes

- Eu também não mas não tem outro caminho

- Eu não posso te deixar tão fácil

- Audrey no dia da nossa primeira vez você me disse que se alguma vez eu pedisse pras coisas acabarem, você aceitaria - ela disse em um tom de agonia

- Mas Eu ainda não te amava quando disse isso! Só de pensar em nunca mais te ver, te beijar, te tocar já me deixa nervosa

- E você acha que eu tô me sentindo como? - perguntou um pouco irritada devido ao meu tom anterior

- Pelo jeito, você tá pouco ligando - respondi também sem paciência

- Como é que é!? Você não ouviu nada que eu disse? Eu não quero te deixar mas eu preciso

- Você precisa porque é o jeito mais fácil! - soltei as palavras sem nem pensar duas vezes, começando a gesticular com as mãos

- Fácil pra quem? Você diz isso porque não é o seu casamento que está em risco!

- Você nem ama mais ele!

- Você não sabe o que eu sinto

- Se você ainda ama o John então você nunca me amou... Dois ao mesmo tempo é impossível

- Não fala o que você não sabe! A situação é muito mais profunda do que você tá imaginando, eu tenho uma família, um casamento! Não posso só largar tudo e muito menos arriscar ser flagrada transando com uma mulher

- Ah, é mesmo, porque seria completamente vergonhoso a sua família tradicional católica descobrir que você não é hétero - falei ironicamente, demasiadamente irritada - Afinal, se envolver com mulher é uma blasfêmia, não é? Que vergonha seria eles descobrirem que sua manicure de sexta à tarde na verdade é na minha cama

- Não distorce minhas palavras, Audrey! Você sabe muito bem que não foi isso que eu quis dizer

- Mas certeza que foi o que você pensou - um silêncio perturbador se estabeleceu no ambiente por poucos segundos, até uma dose de consciência e sensatez inundar minha mente e abrir meus olhos - Alexandra, olha pra nós... O que nós estamos fazendo? Que briga besta é essa?

- Tá tudo errado - ela suspirou e se aproximou do meu corpo, apoiando a cabeça em meu tórax - A gente deixou a adrenalina e a ansiedade falarem mais alto

- Desculpa pelo que eu disse... Foi tudo besteira - acariciei suas costas com a ponta dos dedos

- Eu também não fui nenhuma santa nessa briga - rimos e o clima ficou mais leve e natural - Desculpa - ela ergueu a cabeça e me deu um selinho delicado e carinhoso - E não é vergonha nenhuma amar você, tá? Eu tenho orgulho de gostar de uma mulher maravilhosa como você - sorri aliviada com suas afirmações

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