She ain't no evil

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• Once Upon a Time (Regina + Emma)
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• Tradução: Ela não é má

- Henry, você está pronto? - gritei ao pé da escada para que meu filho me escutasse de seu quarto

- Sim, mamãe, estou descendo

Logo um ser baixinho apareceu correndo e se jogou contra mim, em um abraço apertado e afetuoso. Depositei um beijo no topo de sua cabeça e arrumei seus cabelos castanhos bagunçados. Ele pegou sua mochila, que estava no canto da sala de estar, e nós partimos para o meu carro, tomando rumo para sua escola.

- Bom dia, meu amor, como foi o fim de semana? - Mary Margareth, a professora, cumprimentou meu filho na entrada da escola

- Foi ótimo! Eu assisti um montão de filmes com a minha mãe! - respondeu animado

- Bom dia, senhorita Mills - acenou com a mão e eu acenei de volta, com um sorriso minúsculo, quase imperceptível, nos lábios

Arranquei para a prefeitura municipal, meu local de trabalho, e fui sentindo o vento gelado bater em meu rosto. Meu coração acelerou quando comecei a pensar em Henry, minha melhor decisão até hoje. Antes de adota-lo, eu era uma pessoa solitária e deprimida, mas ele foi capaz de trazer de volta a luz na minha vida. Apesar de ter me tornado menos vazia, minha simpatia não era com todos, o que contribuía com a minha reputação de fria, reservada e intimidadora.

Assim que cheguei ao meu escritório e me sentei à mesa, minha secretária pediu licença e adentrou o cômodo, me dando algumas informações sobre a cidade e os problemas a serem resolvidos.

- Parece que houve uma complicação lá na delegacia. O xerife pediu para você dar uma passada quando puder.

- Como assim, parece? Qual é a tal complicação?

- Ele não me detalhou, apenas disse que é um problema com os presos

- Tá bom, eu vou passar lá resolver - revirei os olhos, claramente irritada

Juntei minhas coisas dentro da minha bolsa e fui caminhando até a delegacia, que era na esquina da rua da prefeitura. Logo que entrei, avistei o xerife sentado lendo alguns papéis, porém assim que ele percebeu minha presença se levantou e veio até mim.

- Qual é a emergência? - perguntei impaciente

- Ultimamente nós estamos com um número elevado de encarcerados...

- Isso não era pra ser uma coisa boa? - arqueei uma sobrancelha

- Sim, claro. O problema é que a delegacia não está tendo dinheiro suficiente para lidar com tudo. Eu queria te pedir um aumento de verba

- Aumento de verba?

- Isso... - David se encolheu e desviou o olhar, intimidando-se com a minha postura

- Eu vou providenciar

- David, o café que você pediu pra eu trazer da lanchonete - uma voz me interrompeu, fazendo meu sangue ferver imediatamente, e eu me virei para ver quem tivera tanta ousadia

- Quem é você? - questionei enfurecida

- E-eu sou a Emma - respondeu assustada com a minha presença 

- Ela é a nova vice-xerife - David se pronunciou

- Desde quando? Por que eu não fui comunicada?

- Hoje é meu primeiro dia

- Eu iria te falar hoje mesmo, prefeita

Analisei a loira de cima a baixo, com uma expressão nada agradável. Fiz o meu famoso olhar de "devorar a alma" das pessoas. Não tem quem não se assuste com ele.

FEMME ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora