Capítulo Quatro - Bem vinda ao presídio

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Toni POV

O dia na delegacia passa normalmente, ou quase isso, conversamos um pouco, rimos um pouco, nos alimentamos e tentamos ver a movimentação da delegacia mas do ângulo que estamos é horrível.

Quase toda hora somos levados para prestar mais depoimentos mas não dizemos o que eles querem ouvir, então somos jogados novamente aqui.

–Toni. - Escuto a voz de Veronica.

–Oi. - Continuo deitada com as pernas apoiada na parede e encarando o teto.

–O seu amigo ruivo.

–Archie.

–Isso. - Ela afirma e chega mais perto. –Ele é solteiro? Namora? É gay? - Dou risada das suas perguntas.

–Ele é hetero e está solteiro. - Me mexo mudando a minha posição. –Está interessada?

–Não sei, talvez. - Ela deita com a cabeça no meu colo. –Eu queria mesmo você, mas você não me dá chance. - Faço carinho em seu cabelo.

–Eu sou difícil, baby. - Ela empurra meu ombro. –Mas eu posso te arranjar o Archie, se você me prometer que vai ser só um lance e nada mais.

–Eu tava pensando em tentar algo mais sério.

–Não, Veronica. Você é uma biscate que só vai magoar o meu amigo, se ele sofrer você também vai. - Ela dá risada.

–Eu só sou uma biscate porque não conheço ninguém legal como o Archie, com ele as coisas podem ser diferente, quem sabe?

–Vou pensar no seu caso. - Ela se inclina e me dá um selinho.

–Te amo. - Ela volta a se deitar no meu colo. –E arranja o Jughead pra Betty.

A loira que até então mantinha sua cabeça apoiada na parede e os pensamentos longe, se vira para nos encarar e quase matar Veronica apenas pelo olhar.

–Que foi? Você disse que gostou dele.

–Eu também gosto de Star Wars mas em nenhum momento você pediu pra alguém arranjar o Darth Vader para mim. - Veronica segura o riso. –Não precisa falar nada com o Jug, Toni. Veronica é uma idiota e não sabe o que fala. - Assinto com a cabeça.

–Fala sim, ela é lerda e nunca vai chegar nele. - Veronica sussurra em meu ouvido.

–Tudo bem. - Susurro de volta.

–Mesmo ninguém perguntando, eu queria o Fangs. - Josie se pronuncia. –Mas ele é gay e eu não tenho um pênis, então eu gostaria de ficar com a Ethel.

Ethel que até então desenhava no chão usando um pedaço de carvão, olha para a mulher a sua frente e cora.

–Ethel sua safada. - Me estico e bato nela. –Você é meu bebê e ninguém vai tocar em você.

–Eu toco você também, não tem problema. - Josie sorrir e eu mostro meu dedo pra ela.

–Vocês são todas ridículas.

–Topaz. - Um policial aparece na grade. –Vamos lá.

–E lá vamos nós.

Sou arrastada novamente para mais um interrogatório aonde me enchem de perguntas e novamente fico calada, irritando o policial e fazendo o mesmo socar a parede.

Ao menos não foi meu rosto, penso comigo mesma.

E o dia se arrasta assim, interrogatórios, ameaças, acordos e nada da ruiva.


Um amor sem lei- Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora