Capítulo Cinco - Não banquem o herói

380 42 59
                                    

Cheryl POV

Já se passaram duas semana desde que tudo aconteceu e desde então eu tenho ido visitar eles na prisão em todos os meus turnos, e eu faço isso por dois motivos:

Primeiro é, preciso me certificar que nada de ruim vai acontecer com cada um deles, eu comandei e executei a prisão das duas maiores gangues da cidade, isso está me rendendo elogios de pessoas que eu nunca imaginei conhecer na vida, se eles forem condenados eu vou passar de Capitão Blossom para Chefe Blossom, ou quem sabe, Superintendente Adjunto Blossom, uma mulher lésbica em um dos cargos mais altos da polícia, sentiram o poder disso? E para isso acontecer eu preciso que eles cheguem vivos em suas audiências.

E o segundo motivo é o mais legal, irritar a Toni Topaz, ou como eu tenho chamado ela, Tosnete Tospaz, ela odeia e eu amo, quanto mais ela se irrita, mais eu provoco.

E fora isso, está tudo bem, tudo acontecendo como eu planejo dia após dia.


●  ●  ●


Acordo com o barulho dos pingos de chuva batendo no vidro, abro lentamente os olhos e vejo que o quarto todo cheio de pinturas Pós-impressionismo pintadas nas paredes não se trata do meu quarto.

Essa é a...terceira vez na semana que eu acordo em um quarto desconhecido? Algo assim. 

Levanto da cama e tento estalar meus ossos sem fazer muito barulho mas parece que eu usei uma marreta na hora de me alongar já que na minha cabeça os barulhos dos meus ossos estalando foram altos, olho para trás e a loira ainda dorme de bruços na cama.
Percebo que estou usando calcinha e sutiã, logo que olho para frente encontro minha calça e minha jaqueta, vejo que todos os meus pertences estão intactos e então visto a roupa, procuro com os olhos a minha blusa mas não acho, visto a jaqueta por cima do sutiã mesmo, vou embora de carro então não tem problemas. Aproveito o espelho redondo na parede para arrumar meu cabelo, vou saindo na ponta dos pés e quando estou com a mão na maçaneta eu escuto a voz da moça que até então dormia.


–Não sabia que uma capitão tão importante como você, era cafajeste ao ponto de sair sem nem me dar bom dia. - Me viro e vejo ela sentada na cama e pondo uma blusa para tampar seus seios.

–Me desculpa, não costumo ficar para o café, é que eu acho estranhamente estranho tomar café e encarar no olho a mulher dona da vagina que eu passei a noite toda chupando. - Ela arregala os olhos com minha sinceridade. –Mas foi bom te conhecer, gostei muito de você e de tudo que tem em você, até uma próxima, ou não.


Saio do quarto deixando ela com cara de arrependida por ter ficado comigo e vou em direção a porta aonde encontro os meus sapatos jogados e minha blusa pendurada na televisão, não quero nem saber como ela foi parar ali. Me visto por completa e vou embora para a minha casa pois ainda tenho que trabalhar.

Tomo um longo banho e visto calça jeans preta e uma blusa social branca pondo ela dentro da calça, calço meus coturnos e coloco os coldres.
Volto para o banheiro e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e faço uma maquiagem para esconder minhas orelhas que demonstram a minha noite mal dormida, como umas frutas e bebo uma garrafa inteira de água e pego minha garrafa de café preto e puro que vai me manter de pé durante o dia, pego minhas bolsas e saio de casa indo direto para a delegacia.


–Óculos escuros e garrafa de café indicam que ou você teve insônia ou então você passou a noite inteira acordada com a cabeça nas pernas de uma mulher qualquer que você achou no bar. - Dou risada e entro na minha sala e Evelyn vem atrás, logo Keven chega e se esparrama em meu sofá. –Eu disse.

Um amor sem lei- Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora