Capítulo 10

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Nos próximos dias eu pensei muito no que eu poderia e deveria fazer, algumas vezes fiquei parada pelos arredores da casa dos Minatozaki,s observando seu dia a dia, movimentações, segurança, horários. Em uma dessas vezes a frente da casa deles, percebi uma casa sendo vendida, então notei ser uma ótima oportunidade. Fique sempre ao lado dos seus inimigos e se disfarce de amigo.

Comprei a casa já mobiliada, arrumei umas malas com roupas e me mudei.

Aqui estou eu, vizinho a casa dos Minatozaki,s, ironia não?

Depois de organizar minhas roupas, fiquei com preguiça de cozinhar, vesti uma calça de alfaiataria social marrom bem clarinha, uma blusinha de alças de algodão, um tênis branco, blazer preto, um relógio e alguns anéis. Agora eu andava sempre com a correntinha que Jennie me deu na nossa viagem a França, sinto que ela está comigo presente naquela corrente e me protegendo, sempre tive isso em mente, que as pessoas que amamos não morrem, elas estão sempre por perto nos ajudando, como uma força maior. 

Sai a pé pelas ruas, era até bom conhecer um pouco a redondeza, eu nem sei onde tem restaurante por aqui.

Estava passando por uma rua estreita de paralelepípedo, andava pelo meio dela, pois imaginei que não passavam carros ou motos por aqui. Mas fui surpreendido por uma buzina de carro atrás de mim. Continuei andando sem me importar, nada mais me abalava mesmo e quem estiver nesse carro está me vendo, que ele não é doido.

A buzina continuou, eu continuei andando no meio da rua sem olhar para trás, com as mãos nos bolsos e a cabeça baixa.

— Ei saí do meio da rua sua maluca! 

Ouvi a batida na porta, a mulher tinha descido do carro para brigar comigo.

Parei de andar, virei meu rosto devagar, dei de cara com Lalisa. Santo destino...

Me virei para ela, que estava vermelho de raiva. Percebi que ela não estava no carro da polícia, lembrei que ela me falou que trabalhava como taxista. Andei até o carro dela, pois percebi que estava sem passageiro e o carro estava com o nome táxi em cima.

— Está com passageiro?

Lisa balançou a cabeça em negativo. Abri a porta do lado do carona e entrei.

— O que? O que você está fazendo? – Lisa falou me encarando pela janela do lado de fora.

— Agora você está com um passageiro.

Ela entrou no carro, colocou o carro em movimento e me encarou.

— Am... Okay! Para onde você quer ir?

— Você já almoçou? – Ela balançou a cabeça em negativo. — Ótimo, nos leve para um bom restaurante, estou faminta.

— Nós?

— Tinha algum almoço marcado? – Ela balançou a cabeça em negativo. — Almoça comigo?

— Estou trabalhando...

— Eu pago o tempo que gastar comigo e o almoço Lalisa, não se preocupe.

— Você é sempre assim?

— Assim como?

— Só quer as coisas da sua forma.

— É, eu gosto...

Vi um som no carro dela e liguei, sou atrevida mesmo. Estava tocando uma música clássica Italiana.

— Ótimo gosto musical! – Relaxei no banco enquanto a melodia invadia o ambiente.

Lisa ficou em silêncio, mas eu podia sentir que ela estava incomodada. Gostei, eu amo incomodar.

— Tem algum tipo de comida ou algum restaurante preferido?

The angel of Death Onde histórias criam vida. Descubra agora