Capítulo 12

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Lisa veio me deixar em casa, passamos todo o trajeto rindo, ela contava muitas piadas idiotas, parece um tio em almoço de família.

Logo ela parou em frente a minha casa, eu estranhamente não queria me despedir.

— Você trabalha amanhã? – Perguntei querendo ter mais um pouco daquela atenção, nos últimos dias tenho me sentindo sozinha e isso não é algo normal, pois eu nunca sinto esse sentimento. Talvez a falta de Jennie esteja me afetando demais.

— Estou de folga, só entro em plantão amanhã a noite.

— Aceita um vinho?

Ela ao menos respondeu, só saiu do carro, eu entendi como um sim.

Desci também, Lisa travou o carro e eu abri a porta de casa. Tirei meu sapato e deixei pelo pé da porta. Tirei também meu blazer e desabotoei a gola da camisa.

— Quer escolher um vinho?

— Sou péssima com isso, confio em você. – Disse ela.

Lisa sentou no meu sofá e cruzou as longas pernas em uma pose elegante.

Peguei uma garrafa do meu vinho favorito abri, e peguei duas taças de cristal. Voltei para a sala, apoiei as taças entre meus dedos, enchi uma e entreguei para ela, para depois poder encher a minha.

— Então, eu achei que namorava aquela mulher que estava no bar. – Ela se referiu a Jennie.

— Não, ela é só uma amiga. – Não quis falar com ela sobre o que tinha acontecido com Jennie.

— Você é uma mulher legal. Se não namorava com ela, é hétero certo? – Ela soltou uma risada sem graça alguma.

Lisa estava com medo que eu desse em cima dela?

— Não! – Respondi seco.

Senti que ela afastou um pouco de mim no sofá, de uma forma sútil, mas que eu notei perfeitamente.

— Sabe, eu não sou gay. Nada a ver eu e outra mulher. 

— Não é porque curto mulheres, que vou dar em cima de qualquer uma que aparecer na minha frente Lisa. Não te chamei para tomar vinho com segundas intenções, apenas te achei uma companhia legal e como sua mãe falou tão bem sobre nossa antiga amizade, achei que podia ser bom conversar um pouco com você. Mas se não estiver se sentindo confortável, pode ir embora, não tem problema.

Lisa pareceu surpresa com minha resposta.

— Eu... Eu não quis... Que... Que pensasse isso, só quis dizer... – Ela se embolava com as palavras. — Sou tão ruim assim que não se interessaria por mim?

Ah os héteros...

Soltei um riso nasal, virei meu rosto para ela enquanto passo a língua entre meus lábios os umedecendo.

— Talvez não faça meu tipo. – Disse simples.

— Eu faço o tipo de qualquer um!

Levantei uma sobrancelha para ela. O que essa garota queria afinal?

— Achei que ficaria aliviada por não fazer meu tipo, já que mencionou ser hétero, mas parece ter ficado ofendida. Gostaria que fosse meu tipo?

Ela parecia sem palavras. Virou toda a taça de vinho de uma vez, acabou se engasgando e começou a tossir.

Seria interessante você se engasgar com o próprio gemido enquanto minha língua deslizava na sua intimidade Lisa. – Pensei enquanto via ela tentando se recompor. Estava vermelha.

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