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Kara Danvers

Coloquei uma calça jeans azul escuro e um cropped banco, calcei uma rasteirinha aberta já que o machucado me impossibilitava de calçar um tênis e joguei o cabelo para um lado só, não passei nada no rosto, não precisava. Passei ainda mais perfume, queria que meu cheiro ficasse marcado por onde eu passasse. Ainda nem tinha passado os dez minutos quando recebi outra mensagem da Luthor.

Estou aqui te esperando.
Lena Luthor

Estou indo.
Kara Danvers

Desci correndo, passando pelos meus pais no sofá, ainda dormiam com as roupas da festa, provavelmente estavam de ressaca e querendo o mínimo de barulho.

— Mãe! – gritei, ambos deram um pulo, ela acordou desorientada. – Tô saindo, tá? – continuei gritando.

— Tá, vai logo, só para de gritar! – resmungou voltando a fechar os olhos. Sorri, sem perguntas, como o planejado.

Sai de casa ainda mais rápido e encontrando o carro da Luthor parado um pouco na frente, com os vidros escuros e fechados. Meu coração deu um pulo, minhas mãos tremeram levemente, será que nunca vou me acostumar com isso? Abri a porta do carro lentamente, suspirei quando coloquei meus olhos nela, ela estava linda como sempre, foi impossível conter o sorriso. Entrei rapidamente fechando a porta atrás de mim, Lena me olhou de cima a baixo mordendo o lábio inferior e me puxou para um beijo, era quente, cheio de saudade. Ficamos nos beijando por um tempo consideravelmente longo, entre carícias e malícias. Nos afastamos contra nossa própria vontade, se dependesse de mim ficaria ali sentindo o gosto dos lábios dela pela eternidade.

— Tenho um coisa pra você. – disse esticando o braço e pegando algo no banco de trás.

Lena me entregou uma única rosa vermelha junto com uma caixinha em forma de coração cheia de bombons dentro. Fiquei surpresa com aquela atitude, sem dizer nada, puxei ela para um abraço bem apertado seguido de vários beijos pelo rosto dela.

— Muito obrigada, você é incrível!

— Senti saudades. – ela murmurou me olhando sorridente. Era confuso ver Lena demonstrando tanto afeto por mim.

— E eu então? Estava ficando louca de pensar que só te veria na quarta feira!

— Não consigo ficar tanto tempo assim longe de você. – ela suspirou colocando uma mexa de cabelo atrás da minha orelha. Estávamos em uma bolha tão confortável, eu não me importaria de ficar ali, escutando ela dizer aquelas coisas que aqueciam meu coração e me deixava ainda mais apaixonada por ela.

— Não faz eu me derreter ainda mais por você, Lena Luthor. – ela deu os ombros como se dissesse que não poderia fazer nada e girou as chaves do carro, acelerando devagar.

Não demorou para que chegasse a um condomínio fechado, há umas três ou quatro quadras da minha casa. Entramos pelo grande portão e Lena estacionou o carro em uma garagem um pouco mais a frente. Ela saiu e abriu a porta para eu descer do carro, esqueci do meu pé machucado e apoiei meu peso nele, soltei um gritinho de dor sentindo minha perna falhar e eu quase cair no chão pela segunda vez no dia, Lena pensou rápido e me segurou firme pela cintura, colando nossos corpos. Minha vontade era de chorar tamanha a dor que eu sentia, mas engoli seco e abri um sorriso, agradecendo baixinho pela ajuda, ela segurou minha mão com todo o carinho do mundo e fomos andando lentamente até a porta de vidro. Antes de entrarmos, ela parou na minha frente para falar.

Sweet TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora