43| The End.

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P.O.V Narrador

Parece estar caindo o mundo em Northern Birds, o céu resolveu chorar e agora não para de cair água. A terra agora é lama que suja os sapatos de uma jovem garota que usa um coturno preto, uma calça cargo preto, uma blusa de frio também preta e por fim uma touca que está completamente molhada pela chuva. Seus passos desapareceu por conta da água, deixando nenhuma marca no chão por onde ela passa, o que é bom, pois ela tem um objetivo.

Assim que parou embaixo do telhado que impede que a água caia em seus cabelos, ela tira sua touca e a torce, tirando um pouco da água. Ela bate seus pés contra as pedras, tentando tirar o máximo de barro que tinha ali e então se aproxima da porta, dando algumas batidas.

Ninguém respondeu e então, mais uma vez a jovem garota bateu na porta, dessa vez mais impaciente.

— EU JA VOU PORRA! - uma voz masculina resmungou de dentro da casa e a jovem sorriu, encarando seus próprios sapatos.

A porta foi aberta com brutalidade e assim que os olhos do homem foram para a jovem, ele mudou completamente, o rapaz abriu um sorriso enorme e analisou a garota como uma presa deliciosa.

— Opa, oi gatinha. - ele abriu um sorriso malicioso e os olhos felinos encararam os seus. — O que uma jovem tão bonita faz por aqui?

— Meu carro estragou aqui por perto e está chovendo muito, argh, estou toda molhada e sem lugar para ir, além de estar congelando aqui fora. O senhor não pode arrumar um lugarzinho para mim dormir? Eu estou sem aonde dormir e o carro é gelado. - a garota fez um biquinho inocente. — E eu não conheço nada dessa cidade.

O homem abriu ainda mais o sorriso.

— Claro que pode, princesa.

O mesmo abriu mais a porta, dando espaço para a garota entrar na sua casa completamente bagunçada. A casa como vocês bem conhecem é uma zona e fede a mofo, as paredes possuem enormes manchas verdes e por toda a casa tem latinhas e garrafas de cerveja, assim como sacolas de lixo, um completo porco.

— Sua casa... uh, parece ser bem confortável. - disse, tentando conter o nojo daquele lugar e em seguida abriu um sorriso gengival, mantendo a sua inocência.

— Obrigado, gatinha.

— Onde posso deixar as minhas coisas? Essa bolsa está bem pesada.

Ele analisou mais uma vez o corpo da jovem garota que começava a ficar desconfortável com esses olhares pervertidos sobre o seu corpo.

— Por favor, me acompanhe.

Ele foi em direção das escadas.

"Essa casa ainda vai cair" - é esse pensamento que assombra a garota.

Conforme eles subiam, podiam escutar a madeira velha ranger, a garota teve leve impressão de ter ouvido barulho de ratos, o que indica que o cara é realmente um porco.

— Acho que esse quarto combina com você. - ele abriu a porta.

Pelo menos ali era limpo. Ela não é o tipo de pessoa contra bebidas e drogas, até porque, a mesma usa as vezes – ou com certa frequência –, mas o estado da casa é nojento e como se ele fosse acumulando as coisas que ele usou no chão, fica pior ainda. Ela já morou em condições ruins, mas nada chegava a esse estado, mesmo tendo tido uma época da sua vida que não tinham dinheiro para comida, sua avó ainda sim mantinha a casa limpa e esse cara parece ter as melhores condições para se dar uma moradia melhor e mais confortável. Isso é apenas prejudicial à saúde humana.

𝙿𝚜𝚢𝚌𝚑𝚘 - Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora