34| The day starts bad

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P.O.V Lisa

Eu acordei com as enfermeiras ajeitando alguma coisa na minha mãe e depois disso eu não consegui voltar a dormir e mesmo que ficasse enrolando de um lado para o outro, nada deu certo e eu resolvi sair do quarto para caminhar um pouco, mas antes, eu deixei um beijo na bochecha da minha mãe e analisei seu rosto cansado, sussurrando para mim mesma que tudo ficaria bem.

— Bom dia senhora Manoban, como sua mãe está? - o médico perguntou assim que eu sai do meu quarto.

— Ela não se mexeu um segundo se quer, está do mesmo jeito de ontem a noite. O senhor vai fazer o exame nela agora?

— Vamos ter que esperar ela acordar, não podemos fazer nenhum exame por agora.

— Tudo bem.

— A senhora precisa comer, não precise se preocupar, sua mãe está em ótimas mãos e vamos tentar de tudo para manter ela viva e bem.

Disse, mesmo que eu saiba que seria apenas um atrasamento no que poderia vir acontecer. Minha mãe está dada como morta desde que essa doença foi detectada, não é como se ele fosse fazer algum milagre na vida dela, não tinha como salva-la ou mantê-la viva, seria um gasto idiota e ilusionario, criar falsas expectativas não seria nem um pouco agradável para a minha saúde mental.

— Obrigada doutor, cuide dela.

— Vamos tentar fazer o nosso melhor para mantê-la viva. - ele sorriu fraco, tentando de alguma forma me reconfortar, mesmo que não fosse conseguir.

Devolvi o sorriso dele, mas diferente do dele, o meu sorriso era triste.

Comecei a andar para longe, deixando minha mãe no quarto dormindo com alguns enfermeiros e o médico de olho em si e comecei a procurar alguma coisa para beber, um café quente cairia bem aqui e fui atrás de um para beber, por fim, encontrei apenas uma máquina e que demorei um tempo até entender como funciona, é tanta tecnologia que eu fico confusa, mas fiquei orgulhosa comigo mesma quando consegui encher um copo de café e depois outro, nunca usei algo do tipo, foi uma experiência bem estranha.

Quando cheguei na parte de espera, encontrei com os meus olhos uma Jennie sentada de forma estranha em uma das cadeiras ao fundo do hospital e a mesma usava sua blusa para se esquentar e nesse momento me senti ainda mais culpada, como fui permitir que isso acontecesse?

— Eu trouxe café. - murmurei baixo assim que me aproximei de Jennie. — Talvez você precise para se sentir melhor depois de uma noite ai.

Jennie abriu os olhos lentamente e eu achei ela a coisa mais bonita, claro que antes eu também achava, mas com o sol entrando, a beleza parece aumentar e mesmo que ela esteja desajeitada, nada mudou.

— Você deveria ter ido em algum hotel ou pousada, aqui deve ter sido uma noite bem difícil. - sussurrei assim que seus olhos focaram nos meus e ela parecia meio distante.

— Bom dia. - ela murmurou com a voz rouca e eu me arrepiei por inteira. — Que horas são?

— Eu não faço a menor ideia. - soltei uma lufada de ar e afastei alguns fios seus que me impediam de ver seu lindo rosto. — Mas deve ser cedo.

Ela soltou um resmungo baixo e eu sorri, achando adorável esse seu jeito. Como esse ser consegue ser tão fofo e ter uma história tão diferente desse seu jeitinho?

𝙿𝚜𝚢𝚌𝚑𝚘 - Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora