Sasuke
Eu estava fora de mim, o ódio me dominou juntamente com a culpa por ter agido de tal forma com Sakura, eu poderia tê-la machucado verdadeiramente, não existe perdão para tal atitude, quando a vi sair correndo para longe de mim, meu coração sangrou, eu sou um monstro. Um monstro que machuca a própria companheira.
Sai desnorteado pela alcateia indo em direção a floresta, queria extravasar tudo o que estava sentindo, o medo de perdê-la, que ela nunca mais me aceite, eu sou um homem quebrado que não conhece o amor, que não sabe dar amor.
Me transformei em lobo e fui caçar, queria estraçalhar algo, preciso de sangue, muito sangue. Depois de estar totalmente ensanguentado e ter matado vários animais, corri para um lugar que eu não ia a anos. Precisava desabafar toda a dor que sinto em meu peito, e sei que ela seria a única que me entenderia.
(...)
Estava em frente ao túmulo onde ela estava enterrada. Sinto tanto a sua falta. Me ajoelhei em frente a sua lápide e comecei a falar.
— Eu não sei mais o que fazer, a dor e a escuridão que existe em mim é tão grande, depois de vinte anos, malditos vinte anos e agora ela voltou pra mim, mas eu sou um monstro, consigo acabar com tudo a minha volta, hoje eu quase a machuquei fisicamente, eu nunca, jamais tive a intenção de fazer mal, mas ela disse que ia me deixar, eu não suportei e surtei, ela é a luz que ilumina a minha escuridão, não posso viver sem ela, se ao menos eu conseguisse expressar o que sinto em palavras para ela — Dei um suspiro frustrado — eu não sei o que fazer, não sei como agir, se você ao menos estivesse aqui. Sinto tanto a sua falta, eu achei que quando eu vingasse a sua morte me sentiria melhor, mas tudo o que eu consigo sentir é o vazio.
Fiquei por ali não sei quanto tempo, quando vi já era quase noite, resolvi voltar para casa, deixei todos os meus problemas sem resolver, isso incluía Sakura, que provavelmente não vai olhar na minha cara, com toda razão.
(...)
Cheguei e fui direto tomar um banho e logo depois estava em meu escritório, precisava resolver alguns assuntos, mas no fundo eu sabia que estava fugindo dela. Estava perdido em pensamentos quando escuto alguém bater na porta.
— Entre — Meu tom como sempre era seco e arrogante.
Não demorou e a porta abriu e a figura da Karin se fez presente.
— Sasuke, passei o dia todo atrás de você. Onde esteve? — se aproximou da minha mesa.
— Não te interessa onde estive, se quer falar comigo desembuche de uma vez, não tenho tempo para perder. — ela suspirou e se sentou na cadeira na cadeira à minha frente.
— Fiz o que me pediu, investiguei o afogamento da Sakura e não encontrei nenhum indício, parece que ela realmente caiu sozinha.
— Ela me disse que se sentiu empurrada. — estava irado, puxei meu cabelo, nervoso.
— Bom, ela pode ter se confundido, nessas horas o pânico faz a pessoa sentir coisas — a ruiva a minha frente deu de ombros.
— É você pode ter razão. Se não tiver mais nada para falar, pode sair. — falei rosnando, mas ela se levantou e veio até mim parando atrás das minhas costas, arqueei a sobrancelha para aquilo.
— Você anda muito estressado Sasuke, precisa relaxar — ela começou a massagear meus ombros — anda tenso demais — falou próximo ao meu ouvido — sabe? eu acho que você precisa de uma companhia feminina, a quanto tempo não faz um sexo gostoso para aliviar, hun?
Karin mesmo sendo uma amiga, também achava que minha vida era viver atrás de uma mulher. Idiotice.
— Não é da sua conta, agora saia daqui. — Eu precisava sim de uma mulher, mas a minha mulher, eu só seria dela.
— Tem certeza Sasuke? Você sabe que eu sempre estive aqui, poderia muito bem te dar um sexo maravilhoso, tenho certeza que você esqueceria seus problemas. — ela ainda sussurrava no meu ouvido, até que olho para frente e vejo uma Sakura olhando raivosa para a ruiva atrás de mim. Não vi quando a porta se abriu e nem senti seu cheiro. Caralho! Estou ferrado.
— Desculpe interromper a reunião particular, com a sua licença supremo. — ela saiu fechando a porta. PORRA, ela entendeu tudo errado, me levantei num rompante pegando a Karin pelo pescoço.
— Eu vou dizer somente uma vez, se voltar a se insinuar dessa forma pra mim novamente eu vou matar você, não me importo nem um pouco de nos conhecermos desde crianças está me ouvindo? — estava tão furioso, a joguei com tudo no chão indo atrás da minha companheira. Nunca fui de agredir mulher alguma, muito menos uma pessoa que eu considero amigo, mas Karin fez a minha mulher pensar besteira, as coisas já não estão boas para mim e agora mais essa.
(...)
Cheguei em frente a porta do meu quarto onde ela estava, contei no mínimo até cinquenta até bater na porta, ela não respondeu, decidi entrar assim mesmo. E não pude deixar de lembrar de hoje quando fui até o quarto para chamar ela para almoçar e a encontrei no closet só de toalha, meu pau babou na mesma hora pela dona dele, não me contive e me aproximei e quase morri ao inalar seu cheiro direto do seu pescoço. E meu pau já dói só com a lembrança.
Entrei e percorri os olhos por todo o espaço e pude sentir seu cheiro, ela estava no banheiro. Me deitei na cama e fiquei ali aguardando até que ela saísse do banheiro. Fechei os olhos e fiquei pensando em como falaria com ela até ser entorpecido pelo cheiro que chegava perto da cama.
— O que faz qui? — PORRA, ela estava com uma roupa de dormir minúscula, eu a devorava com os olhos e ela percebeu, pois ficou vermelha.
— Eu vim conversar. — me levantei ficando em pé em sua frente.
— Io non tenho nada para falar com a sua pessoa, então dá o fora daqui. — falou raivosa.
— Você foi até o meu escritório, então sim, você queria falar comigo. — ela desviou os olhos e logo depois voltou a me olhar, agora com fogo nos olhos.
— Desculpe, io non queria atrapalhar sua transa, só ia pedir que chamasse a Hinata para me acompanhar amanhã pela alcateia.
— Você não atrapalhou nada, não havia nada para acontecer naquele escritório, você entendeu errado. — tentei ser o mais calmo possível.
— Non me interessa o que faz ou deixa de fazer. Voi transa com quem quiser, assim como io. — a fúria invadiu o meu ser. A puxei com força para os meus braços.
— Você é minha Sakura — enfiei o meu rosto no seu pescoço, aspirei seu cheiro com vontade. — nunca, mais nunca que outro chegará perto de você, entendeu? O único a conhecer a sua boceta será eu. — beijei seu pescoço e chupei lhe deixando marcado. Ela estremeceu, não era imune aos meus toques.
— Nunca, io nunca vou ter nada com alguém como voi, io non sou qualquer uma, voi foi muito bruto comigo mais cedo. — me afastei tenso.
— Eu perdi totalmente o controle, peço que me desculpe, isso jamais irá se repetir. — fui sincero.
— Non acredito, até agora a única coisa que fez foi me tratar de modo arrogante, diz que sou sua companheira, mas em momento algum me senti como tal, tem noção que io sou uma humana e que as coisas non funcionam do mesmo jeito comigo non é? — Eu preciso dar um jeito dela me aceitar.
— Amanhã eu mesmo te levarei para conhecer a alcateia. Esteja pronta para sairmos logo cedo. Boa noite. — não dei tempo dela me dizer mais nada e sai correndo daquele quarto. Preciso mudar o meu jeito ou nunca vou domar aquela fera.
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O supremo alfa - Sasusaku
Manusia SerigalaHistória escrita por Andressa e Verônica Sasuke Uchiha um lobo de 250 anos, amargurado por depois de tantos anos ter perdido o único motivo para viver, a sua tão esperada companheira, que ele descobriu quando a mesma nasceu, e junto um amor puro e s...