#ParaisoVermelhoEAzul
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SEUL, CORÉIA DO SUL
2004— Sai da frente, pivete! — um garoto mais velho falou empurrando a criança contra o banco de madeirada no parque. Os que o acompanhavam riram e pararam para o assistir se levantar para tirar a poeira da roupa e voltou a andar sem se incomodar com uma ardência no seu joelho, não tinha tempo para aquilo naquele momento.
— Ai, esse não é o filho daquela prostituta? — um dos garotos falou em voz alta, o garoto de cabelos negros na época parou de andar fechado as mãos em punhos com a ofensa direcionada a sua mãe.
— Bem que eu estava reconhecendo esse pirralho de algum lugar. — o que o empurrou anteriormente falou voltando a se aproximar do menor e empurrou seu ombro. — Que que foi? parou de andar por que? Não gostou de ouvir que sua mãe é uma prostituta? — riu que foi acompanhado pelos outros e empurrou seu ombro mais uma vez. — Ela nunca te ensinou a aceitar a verdade?
— Talvez ela nunca tenha o ensinado nada, deve ter passado tempo demais fodendo com outros homens pra isso se preocupar com uma criança. — um dos garotos falou rindo. — Filho de prostituta. — o chamou arrancando uma risada dos outros.
— Minha mãe não é prostituta! — a criança gritou se virando e socando a barriga do garoto que estava mais próximo de si.
— O pivetinho se revoltou! — um deles falou.
Hongjoong continuou o socando na barriga sem muita força até desistir e bater na sua canela com força o fazendo urrar de dor e seu rosto ficou vermelho de raiva.
— Seu filho da puta, eu vou acabar com você. — o agarrou pela camisa lhe dando um murro com força em seu rosto deixando a marca da sua mão na pele bronzeada do outro por passar muito tempo no sol. O soco pegou Hongjoong de surpresa o que o atingiu em cheio, não tinha comido direito e havia andando muito, estava exausto e aquela surra o acertou em cheio.
— Ei, ei, ei! — um adulto gritou andando na direção.
— Ferro, Jin! Vem, corre, corre! — um garoto falou se preparando para correr.
O tal de Jin não se preocupou tanto ao empurrar Hongjoong no chão e chuta-lo algumas vezes com tanta força que o fez gritar, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, tempo suficiente para que o homem se aproximasse. O garoto mais velho o cuspiu o xingando mais algumas vezes antes de correr rápido se distanciando da criança que se enrolou em uma bola mordendo o lábio inferior segurando o próprio choramingo de dor insuportável.
— Consegue levantar? — perguntou para a criança que estava com os olhos fechados com força enquanto os lábios tremiam com a dor que passava para cada parte do seu corpo. Se Hongjoong se concentrasse em outra coisa, talvez ele conseguisse suportar aquilo e continuar seu caminho para buscar o seu pai. — Está doendo muito, certo?
— Zio! — a voz doce gritou de longe, uma preocupação explicita no tom que usava durante a sua corrida para se aproximar.
— Acho que é melhor ir no médico ver se não quebrou nada. — Youngjae falou, evitando de tocar no garoto preocupado com isso. — Onde estão seus pais?
A pergunta fez Hongjoong puxar o ar com força, precisava arrumar força para poder levantar e levar seu pai de volta pra casa. Mesmo com a dor ainda absurda, ele se desenrolou da bola que havia feito com seu corpo os membros tremendo pela dor, os olhos ainda fechados e por isso só ouviu passos parando bem na sua frente. Piscando devagar para espantar as outras lágrimas que impediam de enxergar direito, viu embaçado primeiro sapatos brancos e bonitos seu olhar subiu devagar pela criança que aparentava ter a mesma idade que a sua com a roupa inteiramente branca até parar no rosto aparentando preocupação antes de se agachar.
— Hai sentito cosa ha detto mio zio¹? — o menino perguntou e Hongjoong engoliu a seco a dor sem entender nada que ele falava, ele havia ido parar sem querer em algum outro lugar? O céu, talvez?
— Ele não deve entender italiano, Seong. — Youngjae avisou e o menino se sentiu envergonhado mordendo o lábio inferior, era comum mais pra ele se comunicar em italiano do que na língua coreana.
— Onde estão seus pais? — repetiu o que seu tio falou anteriormente. Observando o rosto do menino, o lábio estava cortado junto do rosto que ficava pálido a cada segundo, os fios de cabelo colado em sua testa pelo suor do dia quente. Ele parecia mais alguém enfrentando um dia de trabalho do que uma criança que tinha ido ali brincar.
— Você é uma espécie de Crianjo? — a voz saiu baixa, os lumes passando pelo rosto perfeito do outro, algo tão perfeito que realmente se assemelhava a um anjo. Seonghwa arregalou os olhos encarando o seu tio rapidamente confuso sobre a palavra usada consigo. Será que era um xingamento?
Não teve tempo de questionar ao outro quando o Kim fechou os olhos novamente e a sua cabeça pesou, quando Seonghwa o olhou novamente não houve resposta ao seu chamado e foi quando Youngjae percebeu: Hongjoong estava desacordado.
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¹ Você ouviu o que meu tio disse?
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PRIMA CHE TU VADA [seong+joong]
FanfictionCriado para comandar uma das máfias mais perigosas de Seul que se escondem por trás de homens de negócios nunca afetou a personalidade dócil de Park Seonghwa, o que sempre preocupou o seus pais que sempre exageraram na sua proteção. Já para o seu m...