Capítulo 3

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Elain acordou na cama, no antigo quarto que ocupava ali na casa da cidade. Ela olhou para seu lado e se assustou ao identificar Azriel dormindo tranquilamente ali. Ambos estavam vestidos, então ela sabia que não havia acontecido nada, mas ainda assim, a forma como ela se encolhia ao lado dele... reparou então que sua cabeça estava no braço de Azriel, que a mantinha acolhida. Ela queria abraçá-lo e ficar ali eternamente, mas... ele poderia se incomodar e ficar desconfortável, tudo aquilo, aquele beijo... tudo motivado pelo vinho... Azriel não devia ter querido aquilo de verdade, não como ela o queria. Devagar, Elain levantou-se e saiu do quarto, torcendo para que ele não acordasse. O céu ainda estava escuro, mas ela podia ver no horizonte, pela janela do corredor, uma claridade começando a surgir. Ela caminhou para a cozinha. Precisava de um chá. Sabia que ninguém morava mais ali, mas torcia para que houvesse água e chá na despensa, ao menos.

Ao entrar no cômodo, ela viu os pães, o bolo e o resto da garrafa de vinho da noite anterior. Seu peito se apertou, enquanto ela colocava uma chaleira para ferver com água e ia até a despensa. Achou saquinhos de ervas para chá e voltou para perto da chaleira, colocando na água, aquelas folhas secas e talos de chá de folha de amora. Sua cabeça, estava levemente dolorida, aquele corpo feérico era bem capaz de aguentar melhor que um corpo humano, toda aquela bebedeira. Quando o chá ficou pronto, ela serviu em uma xícara e sentou na bancada, beliscando o pão de passas e bebericando o líquido quente.

- Elain? - Azriel entrou na cozinha apressado.

- Tudo bem? - Ela perguntou, ficando de pé de repente.

- Eu acordei e você não estava lá... - Ele admitiu, se aproximando. O céu permanecia escuro do lado de fora da casa. Ela olhou pela janela e assentiu.

- Quer chá? Ainda tem pão de ontem e bolo. - Ela se sentou novamente, voltando a bebericar a bebida.

- Há algo errado? - Ele quis saber, mandando a cautela para os ares. - Fomos dormir e estava tudo bem e agora, você está estranha. - Ela tirou os olhos da xícara e o encarou timidamente.

- Eu só... Pensei que talvez você não quisesse falar sobre o que houve ontem. - Ela explicou. - Estávamos bêbados. Está tudo bem! Você não me deve nada. Não quero ser um erro na sua vida. - Ela disse. Mas não estava bem. Sua voz dizia que não estava nada bem. Ele se aproximou dela, com certa cautela, e abraçou sua cintura por trás.

- Você não é um erro, Elain Archeron. - Ele murmurou em seu ouvido. - A droga desse laço que liga você a outro macho é um erro, mas eu não me importo mais, eu estou mandando todos para o inferno nesse momento, Rhys, Lucien, o problema que isso pode gerar para as cortes, eu não me importo mais. - Ele fez uma pausa virando-a no banco para si, abrindo suas pernas e se encaixando ali. - Eu não ligo mais, porque eu preciso de você, Elain. Eu preciso de você para rir, eu preciso de você para conversar, eu só... preciso de você ao meu lado, mesmo que seja não fazendo nada, porque até não fazer nada é prazeroso se for com você. Então se você não precisar de mim... - Ele fez uma pausa como se aquelas palavras lhe custassem, sem nunca tirar seus olhos dos dela desde que a virou para si ele continuou. - Se você não me quiser... me fale agora, porque eu quero mais do que beijar sua boca, Elain... e quero isso agora.

Ela estava absorta nas palavras e em toda a devoção dele. Ela estava queimando por ele.

- Eu quero você, Azriel. - Ela disse. Os olhos brilhantes estavam arregalados, sua expressão era doce e desejosa. Ela desviou os olhos para a boca do macho, enquanto umedecia os lábios. Azriel não suportou olhar aquilo sem tomá-la em um beijo intenso, aproximando quase totalmente do corpo do dela.

Elain soltou um gemido após sentir o volume que crescia do macho a sua frente e sentiu sua umidade, entre as pernas, já estava pronta para ele, então ela passou seus braços pelo pescoço do macho, colando ainda mais seus corpos, fazendo os cheiros de suas excitações se mesclarem, Azriel revirou os olhos pelo desejo que subia e suas asas farfalharam. Ele subiu uma das mãos para o cabelo dela, puxando-os para o lado direito e deixando a passagem livre para o pescoço, enquanto com a outra mão ele deslizou pelo corpo até chegar ao meio das pernas dela, puxando o vestido e arrancando um gemido que ela tentou abafar.

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