Capítulo 26

13 1 0
                                    

Depois de chegar de viagem, sigo o conselho de Gabriel e vou até o apartamento das  meninas e toco a campainha.

- Ethan?- Natasha atende.

- Barbara está?

- Sim, só um momento.- Ela olha para dentro e grita.- Barbara visita!

- Não precisa gritar, eu estava na cozinha.- Ela resmunga sem me olhar ainda.

- Vou deixá-los.- Natasha sai.

- Ei.- Barbara sorri.

- Ei.- Digo.

Fica um silêncio constrangedor, quando resolvo falar ela fala juntos e fica um momento de constrangimento.

- Pode falar.- Ela sorri.

- Preciso de conselhos para algo.- Falo meio tenso.

- Claro, sobre o que é?- Ela pergunta.

- Podemos conversar em outro lugar?- Pergunto.

- Claro, só vou trocar de roupa, espere um minuto.- Ela entra correndo.

Depois de uns minutos ela chega e nós vamos até uma cafeteria local, nos sentamos em um lugar mais escondido, fizemos nossos pedidos e começamos a conversar.

- Agora me diga, o que está acontecendo.- Ela me olha nos olhos séria.

- Eu estive em uma relação há alguns anos atrás, ela apareceu com uma criança de 6 anos, dizendo que é meu filho.

- Você fez teste de DNA?- Ela pergunta.

- Não, mas nem precisa, ele é idêntico a mim.- Mostro a foto da criança.

- Realmente, sua cara.- Ela sorri.

- Ela quer que essa criança more comigo, pois ela não terá tempo para cuidar dele e realmente, estou um pouco nervoso, um pouco não, muito nervoso, não sei cuidar nem de mim, imagina de uma criança.- Começo a contar o que aconteceu e explicando o que ela me falou.

- A única coisa que posso te falar, é que se sentem, conversem e entrem em consenso, vocês tem que pensar na criança, o que ela vai pensar sobre tudo isso, você acha que da conta de cuidar dele?

- Não sei te responder.- Coloco minha mão em meu rosto.

- Sabe o que você pode fazer.- Ela sorri.- Converse com a mãe da criança e pergunte se ele pode ficar com você por alguns dias, vocês precisam se conhecer, só assim você terá a certeza do que quer.

- Vou conversar com ela, obrigada pela ajuda.- Sorrio.

- Sempre que precisar.- Sorri tomando seu café com leite.

Conversamos por um bom tempo e depois levo ela de volta para suas casa e depois vou para a minha, tomo meu banho e me deito pensando em tudo que Barbara falou, no fim acabo pegando no sono.

(.........)

Me encontro com Tereza em um parque local.

- Oi, como você está?- Ela sorri me abraçando.

- Bem, onde está seu filho?- Pergunto.

- Nosso filho.- Ela me corrige.- Ele está brincando com as crianças.- Ela aponta para o parque com várias crianças brincando na areia.

- Podemos conversar sobre como tudo vai funcionar?- Me sento ao seu lado.

- Sim, primeiro quero me certificar que o local em que mora é seguro para ele.- Diz em um tom preocupado.

- Posso te afirmar que é bem seguro.

- Ele tem 6 anos, seu nome é Carlos Eduardo, mas chamamos ele de Cadu.- Ela começa a falar sobre nosso filho, do que ele gosta e não gosta, dos medos e tudo mais.- É isso que você precisa saber.

- Você tem certeza que não quer ficar com ele?- Pergunto.

- Não é que eu não quero.- Ela suspira.- É que não fico muito em casa e não consigo dar a devida atenção para ele, sei que deveria ter falado com você a anos atrás, peço mil perdões, fiquei com medo, caso você rejeitasse.

- Eu nunca rejeitaria, seu eu tivesse descoberto antes, posso te afirmar que não ia te deixar de lado, eu amaria passar cada momento com ambos.

- Desculpa por ter sido egoísta e ter aparecido agora.- Ela abaixa a cabeça envergonhada.

- Não vejo problema nenhum, apenas me deixe passar esse fim de semana com ele, não posso simplesmente obrigar ele a morar comigo, já que sou um completo desconhecido para ele.

- Ok, vou chamar ele.- Ela se levanta e vai até a criança e conversa com ele e depois ela trás ele segurando em sua mão.- Cadu, esse é Ethan o seu pai e Ethan esse é Cadu seu filho.- Ela nos apresenta e vejo Cadu se esconder atrás dela com vergonha.

- Olá.- Sorrio para ele.

Não sei como devo me comportar, por que é tão difícil me comunicar com uma criança, suspiro.

- Cadu, você ficará com o papai, domingo você pode voltar para casa, caso não goste de ficar com o papai.- Tereza fala com ele e ele concorda.- Vou deixar ele em suas mãos, se acontecer algo com ele, saiba que você é um homem morto.- Ela entrega uma mochila grande para mim.- Aqui tem tudo o que ele precisa, me ligue se precisar de algo.- Ela da um beijo no filho e acena indo embora.

- Cadu, certo?- Olho para ele que concorda.- Você está com fome?

- Sim.- Ele fala baixinho.

- Vou te levar para comer em um lugar muito bom.- Pego sua mochila e começo a andar e vejo que ele não me segue.- Você não vem?- Olho para ele preocupado.

Ele corre até mim e segura em minha mão e suas bochechas começam a ficar vermelhas, é tão fofo de se ver.

(..........)

Depois de almoçarmos, começo a conversar com ele e ele começa a se soltar um pouco, ele é muito inteligente para alguém de sua idade.

- Posso te chamar de pai?- Ele se encolhe.

- Claro. - Falo empolgado.

- Obrigado... pai.- Ele sorri.

- Você já foi pro parque de diversão?

- Não, mamãe nunca teve tempo.- Ele encolhe os ombros tristemente.

- Então hoje é seu dia de sorte, vamos nos divertir muito.- Sorrio.

Levo ele para o parque de diversão e quando chegamos lá, vejo a felicidade estampada em seu rosto, andamos em vários brinquedos, ele gostou do tiro ao alvo, gastei mais de 20 reais, por conta de um único prêmio.

- Ele é tão bonito.- Aperta o enorme urso azul de gravata vermelha.

- Você deveria ter pegando os sacos de bala, pelo menos assim você iria conseguir andar.- Seguro o riso.

- Mas, eu gostei desse.- Ele da de ombros.- Onde nós vamos agora?

- Que tal irmos no carrinho de bate bate.

- Sim!!- Grita empolgado.


• Votem 🌟 Comentem 💬 compartilhe 💕

Como Me Apaixonei Por Ele (CONCLUÍDO)✓Onde histórias criam vida. Descubra agora