"O que vocês Morwoods possuem de riqueza também possuem de burrice"
—Bom dia!
O raiar da manhã se instalava nos quartos do hotel Morwood. Alguns hóspedes saiam firmemente em direção ao refeitório para a primeira refeição do dia, enquanto outros iam ao seus lazares favoritos sem ao menos ter comido alguma coisa. Parecia estar começando um dia agradável, mas pelo contrário, um caos estava prestes a chegar.
Esther se encontrava entrando no quarto de Thomas, para lhe presentear com um café da manhã saboroso. No dia anterior ela jurou para si própria que nunca mais iria demorar a agir, pois em segundos, poderia ter perdido Thomas, aquele que estava gostando tanto e precisando tanto.
—Trouxe uma surpresa pra você! Não vai se levantar? —Esther disse fechando a porta.
—Bom dia madame! —Thomas se sentou na cama.
Ela estava com um vestido branco longo de cetim, com estampas sutis e delicadas de folhas de palmeira, seu cabelo estava com uma tiara também branca com diamantes embutidos. Depois de entrar, aproximou e colocou uma travessa com o café da manhã em cima de uma mesa ao lado da cama.
—Espera... trouxe um café da manhã para mim?
—Sim, ou agora está cego? —Esther abriu um sorriso irônico.
—Ai, essa doeu! Só estou surpreso de uma mulher tão dona de si e orgulhosa me presentear com comida na cama.
—Se é assim volto com ela para o refeitório e dou para outra pessoa comer, talvez tenha alguém mais agradecido que você.
—Obrigado linda. —Thomas a puxou e a beijou. —Eu adorei!
Esther se sentou ao lado dele e os dois começaram a comer biscoitos recheados, croissants, palhas italianas e pães de mel.
Sutilmente, os dois lançavam sorrisos um para o outro enquanto comiam e se acariciavam.
—Eric te disse o que aconteceu ontem enquanto não estávamos aqui? —Thomas disse.
—Sim. Aquela piranha de Glastonbury está me enchendo os nervos! Ainda bem que temos a Helena para controlá-la.
—E o Liv, está bem?
—Sim, deve estar por aí explorando a mansão, ele adora fazer isso.
—Falou para eles que queremos voltar para a casa do ritual? —Thomas disse quase sussurrando.
—Ainda não tive coragem. E também não sei que palavras usar.
—Posso ir conversar com eles com você, se quiser.
—Claro que você vai, afinal, agora só anda coladinho comigo, é o preço por eu ter salvado sua vida! —Esther riu.
—Ah é? —Thomas puxou Esther para o outro lado da cama e a deitou, deixando os dois deitados de frente para o outro, enquanto isso riam sem parar.
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Olhos de Vidro
Mystery / Thriller"Morrer não significa partir, amar significa morrer" E se seus olhos significassem sua alma e consciência? Em uma cidade pequena, afastada e pacata, Thomas Evan, um jornalista estagiário se hospeda após um acidente de carro. A estadia seria breve...