"Morrer não significa partir, amar significa morrer"
E se seus olhos significassem sua alma e consciência?
Em uma cidade pequena, afastada e pacata, Thomas Evan, um jornalista estagiário se hospeda após um acidente de carro. A estadia seria breve...
"Minhasmãosestãotremendo... eu... nãoacredito... eu o matei?"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
-Seja bem vinda de volta, Esther! -Uma voz surgiu atrás de seu pescoço sussurrando em seus ouvidos.
-Não... não... NÃO!
-Ora ora, senti saudades!
-De novo não, não agora... me acorde, por favor... eu preciso voltar, eu...
-Vamos conversar um pouco e depois penso em te despertar.
-Me tira daqui!
Estava em um lugar apertado, escuro. Não conseguia enxergar nada, e nem sentir tocando as paredes, estava apenas imóvel, escutando a voz.
-Que lugar agradável não?
Começou a chorar. Suas lágrimas caiam em seus braços, e a cada gota, um choque a tomava. Seu sangue fervia. Seu coração parava. Sua cabeça doía. Seu pescoço fechava. Suas pernas tremiam. Sua boca fria, não era capaz de emitir nenhum som. Estava apenas chorando, imóvel. Sentindo os graves da voz deslizando sua pele.
-Se entregue! Se entregue a morte! Venha! Estou a te esperar! Se entregue!
Sentiu uma mão tocando sua cintura. A mão começou a deslizar para cima, lentamente. Seu sangue continuava fervendo. Seu coração continuava parado. Sua cabeça continuava doendo. Seu pescoço continuava fechado. Suas pernas continuavam tremendo.
Tentou se mexer para impedir a mão, mas foi incapaz.
-Miserável! Fraca!
A mão apertou, com força, com muita força. Seus peitos começaram a sangrar. O sangue que escorria em seu corpo era frio, frio de alma.
-Esther! Acorde! -Uma voz diferente a chamava, uma voz doce e meiga.
Limpou as lágrimas, fechou os olhos, e acordou.
-Liv? -Com ajuda do menino ela se levantou. -O que aconteceu?
-Não sei! Quando acordei você estava caída no chão.
-Aconteceu de novo.
-O que?
-Nada... puta merda! -Esther lembrou do que tinha feito ao policial. -Ok... respira fundo!
-Onde está o policial?
-Não olhe pra escada Liv! Eu... entre em um dos quartos e tranque a porta, voltarei logo.
-Mas se alguém me encontrar?
-Isso não vai acontecer, agora vai, rápido!
Liv correu para o quarto mais próximo e trancou a porta.
