obceção

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Mareena
3 anos atrás...

acordei com o barulho do despertador mais conhecido como Sarah.

-qual é? eu preciso dormir mais- falei tapando meu rosto com o travesseiro.

-hoje não Mare, hoje vamos pra Nassau, você esqueceu?- Sarah pergunta sorrindo.

merda, eu tinha me esquecido completamente disso.

-o que? ah não- falei levantando em busca das minhas roupas.

-tem uma mala no armário, jogue suas coisas lá- falou descendo as escadas- e rápido.

que merda, eu não devia ter entrado no mar ontem. já estava muito tarde.

joguei tudo que eu vi na mala preta que Sarah me emprestou, troquei de roupa e tentei dar um jeito no meu rosto, então desci as escadas apressada em direção ao carro.

-bom dia, não vai tomar café querida?- Ward pergunta colocando as malas no carro e me ajudando com a minha.

-bom dia, na verdade eu tô sem fome- falei entrando no carro.

minha barriga roncava pra caralho mas eu não queria atrasar meus tios,
eu sabia que Nassau era sinônimo de férias pra nós mas pro Ward era trabalho.

assim que entrei no carro meu corpo se chocou com o de outra pessoa.

-mas que mer...- parei de falar assim que percebi de quem se tratava.

ele deu espaço pra mim, chegando pro lado mas me ignorando completamente. eu já deveria estar acostumada, Rafe nunca me dava muita atenção mesmo. ele nunca trocava mais de duas palavras comigo.

mas eu nunca soube lidar com rejeição, então algo dentro de mim sempre se agitava quando ele estava por perto, quando rapidamente passava o olhar por mim e quando me ignorava completamente.

eu sentia alguma coisa por ele, alguma coisa forte, isso era fato. mas não era como se eu o amasse. não. não era como amor. essa palavra me dá enjoo, eu não vejo verdade alguma nessa palhaçada.

todos acham que o amor é lindo, que é um conto de fadas, mas eu sei bem, eu vejo os meus pais e o que o amor fez com eles, o amor é um parasita, é doloroso e é inconveniente, eu não confio no amor, não gosto do que ele faz com as pessoas.

mas era inegável que eu sentia algo pelo rafe. mas 3 anos nos separavam, mesmo se eu tivesse chances o que um garoto de 17 iria querer com uma garotinha de 14? ele saia com meninas muito mais maduras e que sabiam se arrumar.

eu já o vi com algumas. loiras, bonitas e idiotas, elas claramente só queriam...
foi aí que me toquei, elas queriam o mesmo que ele, sexo.

duas coisas das quais eu estive fugindo: sexo e amor.

sexo era poder. um poder degradante, imundo, perverso e impuro. e o amor sempre machucava. mais cedo ou mais tarde.

era surpreendente o quanto eu sabia sobre os dois mesmo tendo vivido tão pouco, mas é como dizem, a vida se dava por experiências não pelo tempo.

mesmo que as experiências não fossem minhas. quer dizer, eu nunca tinha transado na vida e eu nunca amei ninguém.
...

acabamos de sair do avião, chegamos. Nassau, Bahamas.

era tão lindo como eu me lembrava embora fosse noite ainda.

-eu estou exausta e você?- Rose pergunta tirando sua mala do carro e entrando em casa, me deixando sozinha aqui fora já que todos já haviam entrado.

DIABOLIC- Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora