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“ e pronto, basicamente é isto” termina Irina.

Já a duas horas que estamos as três sentadas, no sofá de casa da minha mãe a conversar.

O Luke foi com o meu padrasto, para um lugar que não é do meu conhecimento.

A verdade é que eu não era muito pegada a ninguém quando aqui estava a viver, mas elas eram as únicas almas vivas que nunca me deixavam. Estavam sempre lá para mim, mesmo quando eu era muito cega para ver isso.

Conheço a Marta desde que entrei para a instituição. No inicio ela foi o meu grande pilar lá, e quando eu comecei a cair na escuridão que era a minha vida, era ela que me tentava chamar a razão, mesmo que a maior parte das vezes eu não lhe desse ouvidos.

Já a Irina, apenas a conheci quando entrei para o 10º ano. Calhamos na mesma turma e por incrível que pareça, ela engraçou comigo. Durante o primeiro mês eu era o mais desagradável possível para ela, mas acabei por desistir quando percebi que não me ia adiantar de nada. Dissesse eu o que dissesse, fizesse eu o que fizesse, ela não arredava pé de mim.

No fundo agradeço lhes por isso. Agora que olho para trás e penso um bocadinho, acho que eram elas que mantinham a minha sanidade sã.

Foram as únicas que durante todos estes anos pude chamar de amigas. E apesar de sermos todas muito diferentes, acabávamos por nos completar.

A Marta e o tipo de menina bonita. Tem boas notas, toda a gente gosta dela. Tem o cabelo loiro pintado e por vezes pinta de rosa nas pontas. Tem aparelho nos dentes (que na maior parte das vezes parece que tem o arco iris dentro da boca). Os seus olhos são uma espécie rara de verde.

A sua doçura é enternecedora, e sinceramente, não sei como é que há pessoas que não gostam dela. É muito pacata e envergonhada. E se por acaso nota que as atenções estão todas voltadas para ela, fica mais vermelha que um extintor de incendio.

Já a Irina é o estremo oposto! Uma pessoa é capaz de a ouvir a falar mesmo estando num raio que 500km! Não tem vergonha de nada e está sempre a sorrir.

Tal como a marta, ela também usa aparelho nos dentes, mas é mais discreta nas cores que escolhe.

Com os seus longos cabelos pretos encaracolados, Irina é o tipo de rapariga que se faz notar, por onde quer que passe. A sua boa disposição é contagiante e é impossível estar mais de cinco minutos a beira dela sem nos estarmos a rir.

Durante estas últimas duas horas elas estiveram me a contar as novidades, as mudanças, as coscuvilhices. O costume.

A verdade é que não se passou assim muita coisa desde que me fui embora. Continua a ser um sítio pacato e aborrecido.

Contei-lhes também a mudança que ouve na minha pessoa. O quão bem esta faculdade me fez, a mudança na minha relação com os meus pais, a minha relação com Luke, quando conheci a família dele, a Taylor.

Falai-lhes e apresentei-lhes a Princesa e o Kiko, e escusado será dizer que elas literalmente se babaram para cima dos meus bebes.

Já perto da hora de jantar, o meu padrasto chega a casa acompanhado por Luke. Eles trazem consigo uns sacos, que pelo cheirinho arrisco-me a dizer que é o jantar.

O jantar decorreu nas mil maravilhas, recheado de risos e diversão. Faz tempo que já não me sentia assim tão bem rodeada de amigos e família. E tudo isso se resume a uma pessoa. A um único ser humano que conseguiu arrancar a minha alma morta do mais profundo dos abismos e traze-lo para a vida.

Tudo se resume a pessoa que transporta consigo o meu coração.

Tudo se resume ao meu herói, ao homem que eu admiro, ao homem que me faz feliz, ao meu namorado.

Tudo se resume ao Luke Hemmings.

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posso ser sincera? eu vou ser sincera.

ultimamente sinto como se estivesse a escrever para leitoras fantasma. as leituras aparecem e as vezes aparecem meia duzia de votos, mas agora nem um único cmentário, nem mensagem privada nem nada! nem sequer sei se estão a gostar da história ou não!

muito sonceramente eu gostava que deixassem um comentário que fosse, mas já nem vou pedir nada!

beijinhos, tenham uma boa semana.

*hard life* // Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora