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Deduzi que o restaurante fosse novo, pois eu nunca o tinha visto antes.
Era um grande salão, com várias mesas redondas espalhadas, num canto tinha uma pequena banda a atuar ao vivo. O som do piano, do violino e do saxofone dominavam o ambiente, assim como o cheiro agradável a comida e flores. 
Quando estávamos na entrada, um dos empregados veio ter connosco e dirigiu nos a nossa mesa assim que o meu padrasto deu o seu nome. Tal como todas as outras, a nossa mesa é redonda, e eu fiquei sentada entre o Luke e o meu irmão. O jantar decorreu maravilhosamente bem, apesar de o meu irmão ter achado divertido fazer da colher uma catapulta e 'atacar' todos os empregados que passavam com as suas ervilhas. 
Tento absorver ao máximo esta paz e tranquilidade que estou a sentir junto da minha família. Parece quase surreal pensar que já sofri tanto nas mãos destas pessoas e que agora, quem olhar para nós neste exato momento, iria pensar que nos somos apenas uma família feliz a festejar o dia de natal. 
Observo apaixonadamente enquanto Luke se levanta, oferecendo me a sua mão para me levantar também.
''vamos dançar?'' pergunta sorrindo. 
Apenas sorrio em resposta. Coloco o meu guardanapo em cima da mesa e agarro na sua mão levantando me também. 
Sigo o pelo meio das mesas até chegar ao centro da pista de baile. Ele Coloca ambas as mãos na minha cintura segurando me firme, e as minhas viajam para o seu peito, sentindo assim o bater rítmico do seu coração. 
Começa uma nova música, que ev reconheço como ser ''a thousand years'' da Christina Perri.
Poderia existir música mais perfeita para o momento? 
Junto a minha cabeça ao seu peito de maneira a encaixar a minha cabeça debaixo do seu queixo. Os nossos corpos movem se a um ritmo lento, e em perfeita harmonia. É como se eles estivessem programados um para o outro. 
O som do seu coração no meu ouvido, o seu cheiro doce e as duas mãos no meu corpo é tudo o que é preciso para as borboletas se soltarem no meu estômago, os meus pelos eriçarem e as minhas pernas ficarem babas. 
A maneira como os nossos corpos se juntam, como os nossos olhos se fundem, verde no azul, como o seu simples toque e a sua voz me acalmam ao mesmo tempo que provocam um furacão dentro do meu corpo é simplesmente algo de maravilhoso. É como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Como se estivéssemos destinados, e todo o meu passado fosse só um meio do destino se encarregar se chegavamos um ao outro.
Levanto a minha cabeça e olho os seus olhos. A maneira como ele me olha faz me sentir bem. Sinto como se para ele eu fosse a única rapariga no mundo. 
Levo a minha mão ao seu rosto, acariciando o, e o meu coração incha quando o vejo juntar mais a sua cara a minha mão e fecha os olhos apreciando o meu toque.
" vamos embora? " diz ainda de olhos fechados " quero te dar a minha primeira prenda da noite, e para isso precisamos ir a um sítio antes de irmos ter com o pessoal a cabana" a sua voz quase sussorrada e extremamente rouca a enviar arrepios por todo o meu corpo.
"onde vamos? " pergunto baixinho. 
"surpresa" um sorriso forma se nos seus lábios e por fim aquelas pérolas azuis brilham na minha direção. 
Encaminhamo nos até a nossa mesa, e bastou uma troca de olhares entre o Nelson e o Luke para eu perceber que o meu padrasto sabia o que é que o Luke estava a preparar. 
Despeço me de toda a gente com um beijo e digo Luke até ao exterior. Paramos na porta de entrada enquanto Luke faz o meu casaco subir pelos meus braços, mas nem isso me impediu de me arrepiar quando senti a brisa fresca embater no meu corpo. 
Já dentro do carro, Luke joga o aquecimento e olha para mim com um sorriso de lado. 
" estou nervoso " solta num suspiro. 
" se tu estás nervoso então eu devia estar a morrer de ansiedade " digo virando o meu olhar para ele. 
" apenas tenho medo que não gostes" desabafa dando vida ao motor. 
" se é vindo de ti, então eu só posso adorar" digo acariciando a sua bochecha. 
A viajem decorreu se em silêncio, apenas a música que fluía do rádio a causar ruido de fundo. 
Sinto o carro abrandar e colo me a janela para tentar perceber onde estava, mas tudo o que eu via eram árvores e um céu estrelado. 
" coloca isto " diz Luke estendendo me uma venda. 
" tem mesmo de ser? " tento a minha técnica do beicinho, mas tudo o que recebo é um casto beijo nos meus lábios, seguido de outro no meu nariz,testa,bochechas e novamente nos lábios. 
" vá lá amor, é só durante uns três minutos"
Suspiro forte e coloco a venda em volta da minha cabeça, tapando os meus olhos. 
Ouço a porta do lado do Luke abrir e fechar em segundos para logo de seguida a minha ser aberta também. 
Saiu do carro e sigo Luke as cegas. A sua mão no fundo das minhas costas a guiar me o caminho. Sinto o meu coração bater mais forte a medida que caminhávamos. 
" espera aqui" sussurra no meu ouvido.

O vento fazia o meu cabelo voar e a minha pele arrepiar-se. O silêncio era de cortar a respiração, a curiosidade a corroer cada canto do meu ser, e a ânsia fazia as minhas mãos suarem.

“podes tirar a venda”

Imediatamente as minhas mãos foram a minha cabeça e os meus dedos seguraram a venda, puxando a para fora da minha cabeça.

Sinto o meu coração falhar uma batida quando observo o que está na minha frente. Não sei se é da vista que se encontra a minha frente ou então do que está no chão a minha volta, mas o meu cérebro esqueceu-se de como é que se respira, e o meu coração parece que está a tentar furar a minha caixa torácica.

“ wow” é tudo o que eu consigo dizer por agora.

Estamos no cimo de um precipício. Como é que é possível que um sitio tão ‘temível’ possa ser tão bonito? Como já é de noite, a vista a minha frente está decorada com milhares de luzinhas, mas nem isso intimida o brilho da lua. Hoje é noite de lua cheia, e tê-la ali, diante dos meus olhos, como se estivesse programada para estar no horizonte desta maneira, é algo de fantástico!

dou uma volta sobre mim mesma e vejo o circulo que se encontra a minha volta. Ele é feito de pétalas de rosas, e do lado de dentro tem algumas velas espalhadas.

Finalmente viro o meu olhar para o Luke e vejo o olhar dele. Realmente ele tinha razão. Basta olhar para ele para perceber que ele olha para mim como se eu fosse tudo aquilo que ele precisa, como se eu fosse o início da sua felicidade e o fim da sua tristeza.

“ Luke, isto está, está perfeito!” olho mais uma vez a minha volta e deixo uma lágrima rebelde escorrer pela minha cara.

Sinto os braços do Luke rodear a minha cintura e a sua cabeça a ser pousada no meu peito.

“isto é só o cenário. E talvez até esteja exagerado, mas eu queria que fosse algo impossível de tu esqueceres.” Diz baixinho no meu ouvido.

“ até tenho medo” solto uma leve risada e o aperto do Luke a minha volta aumenta.

“ hoje já disse que te amo?” pergunta deixando um beijo na curva do meu pescoço.

“ por mensagem não conta, por isso não, ainda não me disseste hoje” digo virando me de frente para ele e cruzando os braços sobre o meu peito.

“quando eu digo que te amo, não é da boca para fora. Eu digo o para que saibas que és a melhor coisa que me aconteceu na vida. Eu quero dormir ao teu lado todas as noites e acordar contigo sobre o meu peito todos os dias. Eu quero cuidar de ti e amar te de um jeito que nenhum outro homem jamais poderia. Eu quero fazer-te feliz, e eu prometo que o vou fazer amor” a esta hora as lágrimas já são impossíveis de controlar “eu tenho tantos sonhos, tantos planos para nós bebé. Tenta imaginar.” Ele roda-me nos seus braços e cola as minhas costas ao seu peito. Fito a paisagem na minha frente um pouco enevoada por causa das lágrimas. “imagina nós os dois. Uma casa linda, sem ser a nossa residência. Todos os dias passados ao lado um do outro. Todas as trocas de carinho e de amor.” A medida que ia falando ia depositando leves beijos na extensão entre o meu pescoço e o meu ombro “ a cereja no topo do bolo seria ouvir a famosa frase dita pela boca do padre ‘ declaro-vos marido e mulher’, algum tempo depois os nossos minimeus a correr pela casa e a brincar com o Kiko e a Princesa. No dia do pai e no dia da mãe, eles a saltarem na nossa cama para nos acordarem. Quando já formos velhinhos, a passearmos de mãos dadas para dar o exemplo aos mais jovens de que o verdadeiro amor realmente existe. Imagina todos os anos, todos os dias, todas as horas, minutos e segundos que temos para passar juntos.” Vira-me novamente para ele e cola as nossas testas “eu consigo imaginar isto e muito mais, e de cada vez que dou asas a minha imaginação que tenho mais certezas que tu és a minha escuridão. Que és a lua da minha vida. Que és tu quem eu quero e quem me vai fazer feliz. E eu prometo que nunca te deixarei escapar. Porque tu terás sempre o meu coração, mesmo que faças de tudo para o perder.” 

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desculpem esta mimi porcaria, mas a minha cabeça anda demasiado subcarregada para eu conseguir escrever algo em condições...

já agora, a minha criatividade e a inspiração desapareceram. entrega-se recompensa a quem as encontrar!

obrigada pelos votos amores <3

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*hard life* // Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora