Harry dormiu durante toda a viagem de trem. Talvez ele estivesse meio dormindo/meio ouvindo a conversa que seus amigos estavam tendo.
Ele já sabia que eles estavam bravos com ele, desde a véspera de Ano Novo tudo estava meio estranho entre eles. Em sua opinião, eles estavam sendo muito compreensivos e indiferentes sobre a coisa toda do 'Nott'. Ele adivinhou que eles também não entendiam como Malfoy amava. Harry fez, no entanto. Esse era todo o problema.
Seu amor era incondicional. Foi isso. 'Sim, bem, todo mundo ama incondicionalmente.' Não, eles não querem. A maioria das pessoas ama alguém por algumas qualidades e, apesar de outras, eles não amam o pacote completo. Malfoy amava 'sua pessoa' em todos os sentidos, não havia nada que pudesse fazer com que ele não amasse aquele garoto.
Harry realmente havia perguntado, em uma tentativa desesperada de curar Malfoy tentando fazer com que ele deixasse de amar. Ele se lembrava da conversa muito claramente.
Eles estavam perto da lareira, sentados no carpete para ficarem mais perto do fogo, enquanto bebiam um pouco de chocolate quente que seu pai havia feito para eles. A pele de Malfoy parecia ainda mais luminosa por causa da luz do fogo.
"E se você o vir beijando outra pessoa? Alguém de quem você nem gosta?" Ele disse depois de tomar um gole de seu chocolate.
"Não." O menino loiro sorriu. "Você deveria desistir, Potty." Ele balançou sua cabeça.
"Não. Tem que haver algo."
Ele pensou um pouco antes de continuar falando.
"E se ele usasse os imperdoáveis?" Draco estreitou os olhos.
"Qual deles?" Harry estava emocionado. Pelo menos existe alguma coisa. Ele encolheu os ombros.
"Todos eles."
Malfoy deu um gole em seu chocolate, agarrando a caneca com as duas mãos, enquanto estava coberto por um cobertor. Harry não conseguia entender como ele o considerava alguém perigoso ou intimidado ...
"Eu ainda o amaria." Ele disse em voz baixa, olhando para o fogo. "Não acredito que ele fosse matar, torturar ou manipular por diversão... Tenho certeza que ele é capaz disso, se a situação exigisse, mas se ele tivesse um motivo..."
"Você poderia estar com alguém capaz disso?" Harry perguntou, confuso. Então Malfoy sorriu suavemente para ele.
"Todos nós somos capazes disso. Nós apenas fingimos que apenas os bandidos podem fazer isso." Ele mudou em seu lugar. "Os bandidos fazem isso por diversão. Essa é a diferença." Harry apenas ficou em silêncio, esperando que ele continuasse. "Veja minha mãe por exemplo: tenho certeza de que ela deve ter usado (pelo menos) um deles na vida, mas isso não a define. Agora pegue minha tia Bella e toda a sua personalidade está sendo cruel, ela gosta de causar dor. Ela é uma psicopata."
Harry acenou com a cabeça para isso. Bellatrix Lestrange o fez se sentir mal. Ele não pôde deixar de se lembrar da noite no departamento de mistérios. Se Malfoy não estivesse lá... A luz verde passando bem perto deles. Ele olhou novamente para o menino.
"Então, a única coisa que poderia fazer você parar de amá-lo seria se ele se transformasse em um lunático assassino como sua tia." E Malfoy olhou para ele então. Olhos cinzentos curiosos procurando por algo.
"Eu não tenho certeza se eu poderia parar de amá-lo, mesmo assim. Talvez os sentimentos fossem diferentes... Não sei se eles poderiam ir embora completamente."
E isso significava apenas que Malfoy amava, de verdade, sem nenhuma condição. Não havia nem mesmo uma coisa no mundo que pudesse mudar sua mente. Então, era compreensível que ele estivesse mais do que preocupado com essa pessoa sendo a porra do Nott.
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Pétalas de Sangue [TRADUÇÃO]
ActionDraco Malfoy segue Harry Potter no ministério no quinto ano. Ou Como Draco Malfoy conseguiu envergonhar sua família, pegar hanahaki e trazer o pai de Potter de volta dos mortos, tudo em um dia. [TRADUÇÃO] Fanfic disponível na Ao3, todos os créditos...