Royals

confort

Era uma noite de sexta-feira, os jovens aprendizes reais tinham o costume de assistir um filme de noite, como uma forma de relaxar após uma exaustiva semana de treinamento. Mas naquele período noturno, não ia ser apenas os adolescentes que iriam se divertir:

- Adrien, eu e sua mãe iremos jantar fora. Não quebrem o palácio, por favor.- Avisou Gabriel para os mais novos que estavam sentados no sofá na sala de entretenimento, acompanhados por baldes de pipoca, doces, refrigerantes e uma tela enorme para assistir o longa.

- Ok pai, fique tranquilo.- Respondeu Adrien.

- Divirtam-se!- Falou Alya.

- Obrigada querida, até mais tarde.- Agradeceu Emillie aparecendo no lado do marido. -Vamos?- Perguntou a mesma.

- Vamos.- Disse o rei, fechando a porta.

- Bora assistir o filme e por favor, quem quiser se pegar, vão para um quarto.- Proclamou Adrien, apanhando o controle remoto. Seus amigos riram do seu aviso.

- Não temos culpa que você nunca pegou ninguém, Vossa Alteza.- Zombou Alix em tom debochado fazendo todos, menos Adrien, rirem.

- Adrien Agreste, o príncipe da França, o mais bem treinado e bajulado pelas garotas e nunca sequer transou, quer dizer... Nem sei se você já beijou, né?- Debochou Kim

- Mereço... Pelo menos eu sou bajulado, você nem isso- Todos gargalharam e o de topete fechou a cara.

...

- Ai querido, senti falta de fazer esses programas com você.- Confessou Emillie olhando apaixonadamente para Gabriel.

- Eu também, meu amor.- Disse o marido no mesmo tom. Um homem que passava pela rua, reconheceu o casal, e gritou em alto e bom som :

- É O REI E A RAINHA!!- Logo todos os cidadãos ao redor foram cumprimentar o casal real. Eles tinham saído sem nenhum guarda em suas costas, pois chamaria atenção, mas pelo visto, algumas pessoas tinham uma memória fotográfica bastante eficaz. Os governantes ficaram um pouco surpresos com a quantidade de seres presentes na rua, pois pelo relógio já dizia que eram quase meia-noite. Em meio a aquele tumulto todo, uma movimentação estranha chama a atenção do Rei, alertando a sua mulher e pedindo para os cidadãos darem passagem. O homem ao virar a rua, avista 3 corpos, pareciam de garotas. Uma estava desacordada e as outras duas ajoelhadas, aparentavam estarem cansadas, ambas estavam com um capuz na cabeça. Chegando perto delas e a multidão observando de relance, uma das garotas diz:

- Nos ajude, por favor.

Gabriel ficou comovido ao ver o rosto dela. Era jovem, parecia ser da idade de seu filho e olhando para a outra ajoelhada, deduziu o mesmo.

- O que aconteceu?- Perguntou Emillie surpresa com a situação das meninas.

- Nossa casa foi invadida e fugimos. Desculpa, agora estou sem forças para explicar algo corretamente...- Disse a garota de rabo de cavalo. O casal não podia deixar as jovens a mercê em plena meia-noite, por isso, decidem:

- Vocês podem ficar na nossa casa por um tempo, daremos comida, cama, roupa limpa e medicamentos se precisar. Sinto que são boas pessoas e... E quem é essa desacordada? Ela não está morta, não é?- Indagou o rei, curioso, quase pegando no capuz de Marinette, porém foi impedido:

- É nossa irmã mais nova, só está desmaiada, por favor não toque nela.- Disse a de cabelo curto de traços asiáticos fortes friamente, assustando as pessoas que estavam atrás do casal, ninguém teria coragem de enfrentar o Rei Gabriel daquele jeito. Emillie sorriu, havia sido um ato bem corajoso.

- Podem nos acompanhar, e se não se importa, eu levo carregando a irmã de vocês, parecem cansadas. Não se preocupe, não irei machucá-la e nem abusá-la.- Avisou Gabriel gentilmente, pegando a menor nos braços, sem tirar seu capuz. As garotas seguiram o Rei recebendo olhares curiosos e frios das pessoas que as viam, parecia que estavam vendo um bicho, talvez fosse pelo fato de estarem bem sujas de terra. O homem colocou as três no carro, e as malas que a asiática carregava na parte de trás do veículo. Ele e sua esposa se sentaram no banco do motorista e do passageiro, seguindo em rumo ao palácio.