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Havia uns 2 dias que Adrien tinha sido transferido ao seu quarto. O príncipe tivera que passar por uma remenda no ombro, pois a flecha era muito pontuda. Em consequência do envenenamento, seu corpo absorveu os efeitos colaterais acarretando em febre alta, tontura, moleza no corpo e falta de ar, mas esse último foi amenizado devido ao antídoto de Marinette.

Infelizmente ele não sabia havia sido ela que salvou a sua vida, pois ficou inconsciente desde o momento que levou o disparo.

Agora Adrien descansava no seu quarto, dormindo tranquilamente em sono profundo, se recuperando do veneno fora do soro. Em um momento em que sonhava, viu uma mão feminina de pele bem branca, macia e gélida. A palma da pessoa estava em cima de um travesseiro e no sonho, o príncipe acariciou por cima e deu um sorriso enquanto realizava o ato. Quando ia olhar para o rosto da garota, acordou, um pouco desapontado já que queria muito saber qual era a dona daquela mão tão bonita.

Ao abrir seus olhos, viu Marinette concentrada organizando alguma coisa em cima da mesa. A garota vestia uma calça jeans e uma camisa branca básica. Sorriu levemente, não estava morto e ainda teve o privilégio dela ser a primeira visão após ficar tanto tempo inconsciente.

– M-marinette?– A chamou em uma rouquidão, quase sussurrando, ainda não tinha forças o suficiente para usar sua voz. Marinette virou sua cabeça assustada, e deparou-se com Adrien olhando para ela com um leve sorriso e os olhos semiabertos. A azulada sorriu aliviada ao ver que o príncipe tinha acordado:

– Adrien... Você acordou.– Marinette andou em direção para perto onde o loiro repousava.– Achei que ia demorar mais.– Disse enquanto se abaixava para ver ele melhor.

– Eu sou forte, não vai se livrar de mim tão cedo.– Marinette riu com a resposta dele. Mesmo naquela situação, o garoto não perdia a oportunidade de lançar as respostas piadistas.

– Você não perde uma.– O garoto alargou um pouco mais seu sorriso. Marinette tocou na testa dele com as costas de sua mão e Adrien estranhou sua ação:

– O que foi?

– Tô checando sua febre, e pelo visto ainda está um pouco alta. Vou pegar um pano com água gelada.– Respondeu, se levantando e indo até a mesa.

– Por que não tem uma enfermeira para fazer isso? Não desmerecendo sua ajuda, claro.– Adrien questionou ainda sem entender nada. Marinette mergulhou o pano na água, torceu para tirar o excesso do líquido e foi em direção ao príncipe novamente:

– Sua mãe que me pediu. Quando você foi atingido, aquela flecha continha veneno na ponta, um comum porém potente. Eu te dei um antídoto que eu guardava na bolsa e te dei outra dose aqui no palácio. A sua mãe gostou da minha ajuda e me pediu para que cuidasse de você. Se você se sentir mais seguro com uma profissional eu vou entender.– Disse a última frase em um tom meio triste enquanto colocava o pano na testa do loiro.

Adrien ficou chocado, Marinette era a responsável por ele estar vivo e ainda aceitou cuidar dele. Definitivamente não sabia como agradecer a altura. Percebendo a expressão triste da garota, ele toca na bochecha dela, dando uma leve acariciada, fazendo com o olhasse um pouco assustada. Conseguiu fazer isso pois a mesma estava agachada e apoiada perto da cama:

– Obrigado por salvar minha vida, Marinette. Não sei como retribuir.– A azulada corou com a fala dele, o modo que o príncipe falara havia sido muito carinhoso. Por fim, a garota sorriu gentil e respondeu:

– Você melhorando e ficando mais forte irá me retribuir.

– Vou me esforçar.– Respondeu ainda fazendo um carinho na bochecha dela. Tirou a mão do rosto da azulada ao perceber que a mesma ia se levantar.

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