vérités

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- Você é muito da engraçadinha, não é? Nem parece que estava assustada.- Comentou Adrien após ouvir a provocação da azulada.

- Porque eu estou com minhas irmãs, se algo acontecer, me sinto mais segura perto delas.- Disse Marinette segurando a sua xícara de café com elegância, recebendo sorrisos das suas irmãs mais velhas.

- Até parece, se vocês fossem alvos da gente, não teriam a mínima chance. Somos treinados a 3 anos com tutores avançados.- Argumentou Nathaniel, entrando na conversa.

- As aparências enganam.- Disse Kagami.

- Concordo plenamente.- Concordou o rei chegando na grande mesa.

- Oi pai, bom dia.- Cumprimentou o loiro.

- Bom dia, Majestade.- Falaram os jovens em uníssono, menos Marinette.

- Pera, se pelo o que parece esse homem é o rei, quer dizer que aquele garoto de olhos verdes é um príncipe???- Sussurrou Marinette no ouvido da chinesa.

- Você é mesmo inteligente, não é irmãzinha?- Respondeu Fei risonha enquanto Marinette esboçava uma face rubra de vergonha, havia provocado a Alteza Real.

- Parece que a adormecida acordou. Como você está, querida?- Perguntou Emillie, também se sentando junto com os jovens. A azulada deduziu que a mulher fosse a rainha, já que se sentara perto do homem:

- Eu estou bem, obrigada Majestade.- Disse ela, olhando diretamente para a rainha.

- Meu Deus... Que olhos lindos, parecem água cristalina.- Elogiou Emillie, um pouco chocada com a raridade genética da menina.

"Pelo visto não foi só eu que ficou hipnotizado...", Pensou Adrien, com um sorriso discreto enquanto tomava um gole de seu suco.

- Qual seu nome, garota dos olhos azuis?- Perguntou o rei para Marinette.

- Marinette, Vossa Majestade.

- Seus pais escolheram um nome que dá jus a sua aparência. Sabe o que significa, não é? "Aquela que vem da água".- Comentou o homem amigavelmente. Ao ouvir a fala inocente de Gabriel, Marinette se lembra da sua noite anterior, do seu pai morto e de seu pesadelo. As suas irmãs também ficaram cabisbaixas, porém já haviam chorado todas as lágrimas o possíveis. A mais nova não teve essa oportunidade, contanto não segurou a sua dor e começou a chorar. Ninguém além das asiáticas entenderam a reação da garota.

- O que eu falei de errado?- Indagou Gabriel, preocupado ao ver a triste cena em sua frente.

- A gente passou por mais coisa além de uma fuga, Gabriel.- Respondeu Kagami.

- Como assim?- Questionou a rainha. Marinette, se recuperou um pouco da sua angústia e levantou a cabeça levemente, olhando para a mais velha:

- Nosso pai foi assassinado, senhorita. Vivíamos em uma casa um pouco afastada de Paris, em que se conservava a cultura asiática, a maioria de preceitos chineses, mas aprendemos algo do Japão por causa da minha irmã adotiva mais velha Kagami.- Interrompeu-se, se recuperando um pouco mais, para facilitar a clareza de sua fala.- A gente atendia turistas e curiosos para saberem um pouco da nossa arte. Aprendemos a dançar, tocar, cantar e desenhar.- Não mencionou o fato de aprenderem autodefesa e outras atividades de batalha, para não levantar suspeitas de que eram possíveis perigos. Marinette então continuou:

- Na época da guerra, acolhemos pessoas perdidas, e alguns doentes, mas... Tudo isso acabou quando alguns homens desconhecidos invadiram nossa casa, e queriam tomar posse dela. Nosso pai vendo que não podia fazer nada pois ameaçaram a matar uma de nós, aceitou a oferta, nos deram até tempo para pegar algumas coisas, porém...- E ela desabou no choro novamente, era muito doloroso. Fei ficou comovida, pois a menor não tivera o tempo o suficiente de absorver os acontecimentos passados, portanto respirou fundo e começou a exercer o papel de irmã mais velha, no qual era representar as três, enquanto abraçava a mais nova ao lado, a consolando:

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