nervosité

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Adrien ainda se encontrava em repouso, dali a 2 dias, poderia ter seu treino de reabilitação. Entretanto, sua mente passava por tormentos na calada da noite.

Fazia algumas semanas que o príncipe começou a ter pesadelos ao ponto de despertar suado e com a respiração ofegante. Havia contado isso para Marinette, já que a mesma era sua cuidadora provisória. A azulada disse que poderia ter turnos noturnos até ele dormir, com o intuito de se certificar que o loiro não adormeceria tendo o risco de presenciar esses ataques.

Todavia, nem sempre dava certo, Adrien na madrugada tinha os pesadelos constantemente. Na maioria dos casos, o membro da realeza via fogo, choros e explosões. Aquilo o apavorava, pois a situação em que se passava, cujo um grupo rebelde ameaçava a existência da equipe de heróis, podia acarretar em um conflito grande.

Ainda eram 04:04 da manhã, e Adrien já tinha aberto seus olhos. Mais uma vez passou por uma noite de sono agitada. Bufou de frustração, odiava ter insônia. Sabia que aquela situação resultaria em uma saúde debilitada, porém não havia muita coisa a se fazer, só aturar. Rolava de um lado para o outro no colchão, na esperança de se encontrar em um sono profundo e tranquilo, mas nada veio.

– Eu preciso dormir, que ódio!! – Sussurrou com raiva enquanto colocava suas mãos na testa, cansado daquela situação.

Adrien desejava a todo momento, voltar para sua rotina normal. Acordar cedo, tomar seu café da manhã junto aos seus amigos, treinar as posições de luta, praticar seus hobbys a tarde, ler os livros da biblioteca. Infelizmente, só estava limitado naquele quarto grande, porém vazio, apesar das visitas.

...

– Bom dia, dormiu bem? – Uma funcionária do palácio cumprimenta o príncipe gentilmente ao adentrar o quarto segurando uma bandeja de café da manhã.

– Oi Marie, bom dia. Mais ou menos. – Adrien respondeu muito sonolento.

Marie era uma funcionária velha do palácio, aparentava ter em torno de 60 anos de idade. O príncipe tinha bastante intimidade com ela e a mesma respondia esse laço, contanto, formalidades apenas em locais públicos. Na realidade, Adrien não ligava muito para o título na vida pessoal, não queria ser tratado como alguém intocável.

– Por que, meu garoto? – A senhora questionou carinhosamente.

– Insônia, pesadelos...

– Que tipo de pesadelos?

– Guerra, Marie... – Respondeu simples com um olhar distante em direção ao teto. – Estou com medo.

– Oh querido... – A mulher de cabelos brancos deixou a bandeja na escrivaninha e andou em direção à beira da cama do garoto. – Você vai melhorar, não se preocupe, vai ficar tudo bem, ok? Depois de amanhã você vai ter seu treino de reabilitação.

– Eu sei, mas se eu não voltar forte o suficiente?

– Você vai voltar mais forte do que nunca, Adrien. Falando nisso, precisa comer, mocinho. – Terminou a fala dando uma risadinha e pegando a bandeja no lugar posto anteriormente.

– Marie, a Marinette está aonde?

– A Marinette? Ela tem que treinar mais cedo hoje. Então, sua cuidadora na hora do café e do almoço será eu. Por quê? Será que meu garoto está apaixonado? – Marie perguntou com uma expressão sugestiva e divertida, enquanto posicionava os alimentos no colo de Adrien. Esse último corou com seu questionamento.

– Na-não, Marie! É só que... Ela que normalmente vem, vai que aconteceu alguma coisa que não estou sabendo. – Respondeu nervoso e tímido.

– Sei. Adrien eu te conheço desde que você usava fralda, e eu nunca te vi tão preocupado com a presença de uma garota. Não minta para mim.– Adrien ficou mais nervoso, aquela senhora e Natalie lhe conheciam muito bem.

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