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— ... Ver... O Mikey? Mas eu achei que vocês não soubessem onde ele...

— Sim, não sabíamos por causa do desespero — bufou — e por que já faz 5 anos desde que ele não pisa nesse lugar — olhou para a casa — você meio que me ajudou a pensar, mas não se ache muito. — disse duro

— Tá falando sério? — ela murmurou — certo, e os garotos? Aliás, por que você me trouxe? E mais, onde ele está? Tá tudo apagado

— Cala a boca, idiota — Mitsuya se aproximou, segurando o pulso de Isabella e começando a andar pelo jardim — primeiro, eles vão vir pra cá daqui a pouco. Segundo, por que acho que vocês se entendem muito bem. Terceiro, não tem luz aqui, tá abandonado — ela se assustou com a ultima frase, o que Mikey estaria fazendo em um lugar abandonado? — Por aqui — andou para um local isolado da casa

— Eu to achando que não tem nada aqui e você vai me matar, olha só, o Choji vai ir na policia e você vai ser o primeiro que ele vai... — parou de falar quando recebeu um daqueles olhares mortais do homem ao seu lado, que logo deu três batidas na porta branca a frente.

— Mikey! Abre aqui, ou eu arrombo. — ameaçou

— Não fala assim... — murmurou, dando um pequeno empurrão em seu ombro, que seria vingado se não fosse a porta sendo destrancada

— O que fazem aqui? — a voz dele apareceu rouca e fraca, se afastando da porta e dando liberdade para que os dois abrissem a porta

— Mikey? — Isabella o chamou, vendo seu rosto ilumidado pela luz da lua que vinha de uma pequena janela. O local tinha um sofá velho e algumas estantes, mas tudo parecia abandonado. Ela não fazia ideia de onde estava — Estávamos preocupados — contou

— Por que? — perguntou descaradamente, fazendo com que ela franzisse a testa

— Idiota, estávamos te procurando por todo lado — Mitsuya se pôs a frente, empinando o nariz e deixando as mãos no bolso. Antes que pudesse falar qualquer coisa, os dois escutaram o riso do homem

— Como nos velhos tempos, não é? — sorriu, mas ela reconhecia aquele sorriso. Tão falso quanto Kisaki.

— Você precisava de um tempo para descansar, não é? — ela disparou, Mikey apenas a olhou um pouco mais sério, sem dizer nada — Mas esse não é o lugar ideal, sabe disso. Por que não descansa como uma pessoa normal? — não se deu conta da forma que falou, mas Mikey voltou a gargalhar

— Tem razão... Mas eu não quero — se jogou no sofá empoeirado — vão embora.

Isabella e Mitsuya se olharam por alguns segundos, negando juntos e se aproximando para se sentar um ao lado do ex chefe, que nem sequer os olhou. Como sempre, ele sabia o que iria acontecer.

— Vamos Mikey, se continuar assim eu vou me demitir — Mitsuya disse rapidamente

— Não é muito diferente pra mim — ela murmurou, mas os dois ouviram e pela primeira vez Mikey mudou o olhar para surpreso — o que foi? Kisaki é um idiota. — tentou falar de forma dura

— ... Eu não quero abandonar a Toman — ele começou, mexendo nos dedos — mas eu tentei, juro que tentei — suspirou — todos aqueles velhos imundos tiraram de mim, tiraram o meu nome de mim — serrou os punhos — as reclamações, todas são deles — Mitsuya e Isabella concordaram, sabendo disso. Ninguém do escritório seria capaz de reclamar da direção dele — foi eu quem criei tudo isso, eu sou o verdadeiro dono de Tokyo Manji... Como eles podem ter mais poder do que eu? — olhou para ela

— Vamos voltar...

— Não tem como Bella, não tem — ela olhou para Mitsuya, ele apenas bufou — eu não posso fazer mais nada, NADA.

WORK IT, Mitsuya TakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora