— Mas que merda — Isabella murmurava enquanto tentava iniciar uma ligação para Choji pela quinta vez — atende seu desgraçado — andou de um lado para o outro na sala
— O que que foi, hein? — uma voz feminina estridente ecoou — Agora que eu atendi fala, babaca!
— Quê? Quem tá falando? E onde tá o Choji?
— Deve ser a colega insuportável dele — sussurrou para alguém — Olha só, ele tá bem
— Tá bem o caralho, se tivesse ele estaria falando comigo e não você. Onde ele está?
— Olha só, eu sou a namorada dele — Isabella ergueu uma mão, entendendo tudo. Aquela namorada. — ele não quer falar com você
— Passa. O. Celular. Pra. Ele — disse pausadamente
— Um pouquinho, a gente tá se divertindo sua empata foda — ela ouve o barulho do celular se mexendo — Ei Choji, fala ai
— Isa? Isabella!!! Vem me buscar — a voz era claramente chapada, mas chorosa ao mesmo tempo em que ele ria — Naum quero fazer hoje Yukiii — falava embolado, e ela ouviu a risada feminina
— Ouviu? Ele tá se divertindo. Ele mesmo que veio aqui, então relaxa
— O que? Você drogou ele sua desgraçada, ele não tá se divertindo porra — mas antes que pudesse falar qualquer coisa, o celular foi desligado.
O desespero bateu novamente, que começou a ir até o rastreamento do celular dele. Ambos tinham confiança um no outro, e acabaram deixando os números cadastrados para que pudessem saber onde estavam se acontecesse alguma merda. E, bem, aconteceu.
Ele estava do outro lado de Tokyo. Se ela chamasse um uber, chegaria rápido, mas sabia que não daria conta de nada.
— Não é como se fosse um sequestro mas... Puta merda, eu vou apanhar! — coçou a cabeça — a policia não serve pra nada nessa porra, vão botar a culpa nele por estar drogado pra porra... — mordeu os lábios fortemente, e ligou para Baji
— Atendeu seu porra... — mas estava indisponível. Ele nunca usava o celular, só tinha para que ELE pudesse ligar, mas não receber ligações. Se arrependeu mortalmente de não ter o número de Chifuyu ou Takemichi salvo.
— Alô? — atendeu com a voz grogue
— ... Olha, eu não queria estar te ligando, nesse horário principalmente. Mas aconteceu uma grande bosta e eu não tenho como fazer isso sozinha, então eu, por favor, vamos esquecer de toda essa merda por uma hora só pra...
— Que? Isabella, calma, você tá bem?
— Não, Mitsuya, eu preciso ir buscar o Choji, ele se meteu em uma burrada — começava a lacrimejar.
— Tá calma — sua voz saia falhada e longe do celular, como se ele estivesse se arrumando com pressa — to chegando — e desligou.
Não pode fazer nada além de ficar em pé na calçada, esperando ouvir o ronco conhecido da moto.
Ela tinha apenas algumas informações. A primeira, e mais importante, em que rua ele estava. Segundo, o nome da garota, Yuki. Terceiro, por que ele tinha ido lá? Ele havia prometido para ela, prometido que iria se comportar sobre isso, e esquecer uma pessoa que tanto fazia mal para ele.
Alguns minutos se passaram, e uma moto virou a esquina. Ele estava vindo até ela, parando e entregando o capacete diretamente.
— Onde?
— Aqui, olha — entregou o celular para ele, que se assustou com a distancia, mas concordou, enquanto subia e se segurava atrás dele — ele tá embriagado com uma maluca, e tenho certeza que tem mais pessoas lá.
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WORK IT, Mitsuya Takashi
FanfictionO munda da moda. O mundo fotográfico. O mundo editorial. Tudo isso anda junto quando se trata da Tokyo Manji, uma das revistas mensais mais famosas do Japão. Mas, mesmo que seja um mundo visualmente pacífico, o que se passa dentro daquele lugar? c...