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— E o que ele foi fazer lá?

— Ah, eu não sei... — suspirou Choji — não sou tão importante pra me meter nessas coisas

Isabella ficou pensando naquilo por um tempo, antes de dormir. Não conseguia pensar em nenhum motivo para que Mikey fosse até Izana, e nem poderia, ela não o conhecia tão bem assim. Choji havia dito, fazia um tempo, sobre os dois serem meio irmãos, sendo assim, qual era o problema? Mesmo que ela nunca tivesse visto Mikey falando sobre, não parecia algo tão sério assim.

— O QUE?! — Emma esbravejou ao ouvir o que Isabella dizia para Baji — Ele foi ver o Izana? — comentou desesperada.

— Qual o problema?

— O problema é que eles tem muitos problemas desde que Izana disse que iria embora do país e logo depois se pôs como concorrente do Mikey no Japão — Baji explicou — eu não sei bem a história, mas ele pareceu ter roubado muitas ideias de Mikey. Os dois planejavam abrir a Toman juntos. Acho que ele só não abriu a Toman por que o nome é do Manjiro.

— Ele não fez isso — Emma sussurrou — ninguém sabe a história completa, e eu ainda confio no meu irmão — se afastou — espero que Mikey não faça nada.

Baji e Isabella se encararam, ambos claramente preocupados. Claro que Baji sabia de muito mais coisas que a amiga, mas no momento, nem ele sabia o que fazer com toda essa situação.

— O que tá acontecendo? — ouviram a voz de Mitsuya ao lado, confuso

— Ah, o amigo da Bella disse que... — Baji parou de falar ao ver a mulher sair do local sem dar uma palavra sequer com Mitsuya, que agora suspirava frustrado e bagunçava o próprio cabelo — Que merda você fez?

— Não é da sua conta Keisuke — e saiu, indo para a mesma direção dela — Ei... — pensou em puxa-la pelo pulso, mas parou o próprio corpo ao fazer o movimento, já imaginando um belo tapa

— Sim? — ela se virou

— Olha, sobre ontem...

— Não precisamos falar disso Mitsuya, como eu disse, você estava certo — e novamente se virou, indo para sua mesa o mais rápido possível.

O homem ficou parado no meio do escritório, sem saber o que fazer. Ou ele iria até a mesa dela e falaria para o escritório todo ouvir que ele se arrependeu do que disse na noite passada, e envergonharia ela, tirando todos as suas chances de ser perdoado, ou voltaria para seu ateliê. Ele voltou ao ateliê quando Hakkai apareceu com alguns tecidos novos que ele deveria aprovar.

[ . . . ]

Kisaki havia preenchido toda a agenda de Isabella para aquele dia, sem pausas nem para almoço. Ele havia levado marmita para toda a equipe que estava no estúdio, mas fazia pausas pequenas para pessoas especificas poderem comer. Isso queria dizer, que apenas quem ele queria que comesse, poderia comer. Ela almoçou quando era três horas da tarde.

Quando voltou para sua mesa, já era cinco horas da tarde, e recebeu olhares preocupados de todo mundo do local. Mitsuya a fitou, parado em pé em sua porta, com a testa franzida e a boca entreaberta. Ela não o viu.

— Isso não é justo — Takemichi resmungava — o que Mikey está fazendo, afinal? A gente tá se matando por...

— Cala a boca — Baji vociferou — ele deve estar fazendo o que tem alcance — falou, mas parecia estar querendo convencer a si mesmo

— Tudo bem — foi a única coisa que disse antes de começar a mexer freneticamente em seu notebook, trabalhando e trabalhando. Sua paciência estava no limite, e tinha medo do que poderia dizer pra qualquer um deles.

WORK IT, Mitsuya TakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora