Tudo bem ?

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Victor

Bak tem a mania de acordar cedo, mas ele não consegue fazer silêncio

Ele não consegue dar um passo sem cantar ou esbarrar em alguma coisa .

Nesse momento ele está cantando enquanto bate a porta do guarda-roupa.

— te acordei ? - cara de pau

— idiota- respondi e coloquei o travesseiro no rosto

— é sábado Victor- ele puxou o travesseiro- vai dar uma volta ou sei lá .

— gosto de ficar aqui e dormir o dia todo .

— sedentário, vou sair com a Carol, vou passar o fim de semana fora o quarto é todo seu- ele apontou pra mim - estou te rogando uma praga agora se você transar do meu lado do quarto seu pau vai cair .

Cara louco .

— não vou transar com ninguém, só quero dormir

— celibato de merda- ele saiu fechando a porta .

Meu celular começou a tocar e eu vi que era a Bia .

" oi Bia"

" uau, você lemano quem eu sou ? " revirei os olhos

" engraçadinha. Como estão as coisas aí ?"

"Vovô está vindo nos visitar" ela disse toda empolgada

Ela adora ele, é nosso único avô vivo . Ele é pai da minha mãe .

E não suporta o meu pai .

Não tiro a razão dele meu pai é um grande filho  da puta manipulador .

" e quando ele vem" perguntei

" em três semanas"

" que bom Bia"

" ele quer você aqui Victor, disse que vai te buscar pelas orelhas se você não vir ver ele"

Acabei sorrindo, não tenho dúvidas que ele viria me buscar .

Acabei sorrindo, não tenho dúvidas que ele viria me buscar

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Vou pra parte aberta da faculdade. Vou passar meu final de semana aqui, me recuso ir pra casa do meu pai por mais que eu sinta saudades da Bia.

Ir lá é  buscar por confusão, desde a morte da minha mãe não conseguimos conversar sem terminar em uma discussão e ele mostrando quem é que manda.

Passo meus olhos pelo campus e encontro a melhor "coisa" desse lugar .

Em um banco isolado do Campus  segurando um livro, está ela sentada toda concentrada .

Linda pra  caralho

— oi - digo assim que chego na frente dela

Ela ergue o olhar me vendo e fecha o livro

— oi - da um sorriso

— você não vai pra casa dos seus pais ou algo do tipo ? Pensei que você morava aqui - sentei do lado dela

— quero aproveitar o tempo na faculdade

— você pretende sair dela ? - por favor que não tenha saído desesperado

— não, quero terminar meu curso aqui.  E você não vai pra casa ?

— não - fiz careta - prefiro ficar aqui - me virei olhando pra ela .

— hmm- desci meus olhos pra sua boca e vi ela corar

— você fica tão gata com as bochechas vermelhas

Me aproximei e dei um selinho nela .

—  você é estranho

— obrigado - ri - ajuda minha autoestima.

Convensi ela a vir almoçar comigo em uma lanchonete e agora estamos andando pela pracinha

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Convensi ela a vir almoçar comigo em uma lanchonete e agora estamos andando pela pracinha .

— você precisa cozinhar  pra mim um dia - ela disse com um sorriso

— claro

— não semti confiança - ela bateu com o ombro em mim- sério quero experimentar sua comida antes de você virar um chefe famoso e eu ter que vender um rim pra comer um grão de arroz - ri

Isso não vai acontecer, meu pai não me deixaria seguir esse tipo de carreira .

— certo, prometo fazer um jantar pra você qualquer dia - ela abriu um sorriso enorme

— agora sim Victor.

Sua mão estava perto da minha e não sei o porque entrelacei nossos dedos .

Não vou dizer que estou apaixonado por ela, porque vou estar mentindo não é algo dessa proporção .

Ainda ...

Mas eu gosto dela, gosto do que a companhia dela me proporciona .

Babi para de andar e respira fundo vejo seu rosto empalidecer e ela cambalear pro lado.

Levo minhas mãos uma em cada lado da sua cintura para lhe dar apoio .

— Babi - ergo uma mão e passo no rosto dela - está tudo bem ?

— sim - não senti sinceridade- não foi nada demais - forçou um sorriso- vamos continuar quero tomar sorvete

Ela entrelaça nossos dedos de novo e me puxa para barraquinha de sorvete .

— Você tem certeza? - pergunto de novo

— estou ótima - ela fica na ponta dos pés e me dá um selinho

É a primeira vez que ela me beija, sempre sou eu que tomo a iniciativa.

Fico tão empolgado que transformo o beijo em algo mais intenso, busco sua língua  com a minha e levo uma das minhas mãos ao seu cabelo dando um leve puxão .

— quero sorvete- resmunga se afastando com um sorriso no rosto .

Até a última batida Onde histórias criam vida. Descubra agora