C A P Í T U L O 07

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     Ella

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     Ella.

     Dulce.

     E agora Arya.

     Todas essas mulheres me afetaram de alguma forma. Pois todas têm algo a ver comigo, por mais complicado que possa parecer.

     Naquele exato momento, Arya era a mais complexa mulher entre elas porque simplesmente não era humana e seu povo certamente era muito diferente. Ela estava em algum lugar entre a Bulgária e a Romênia depois de ter fugido de algum lugar do atual território Russo. Seu povo, apesar de diferente e superior em muitos aspectos do que conhecemos, também são extremos.

     E seus hábitos poderiam ser comparados ao da alcatéia que mantém Ella e mais cinco reféns humanas.

     Aquela mulher era uma predadora e como toda sua espécie, carregava o enjoativo e até irritante padrão da beleza sobrenatural. Para parecer atrativa, para enganar, para aparentar ser vulnerável e para matar.

    Mas Arya realmente estava tão vulnerável quanto sua aparência aparenta.

     Em seu desespero, sua falta de disciplina e o mau conhecimento de suas habilidades oprimidas por décadas a transformou em uma fera sem a real ideia de sua força. Tudo que ela sabia é que era fraca.

     Mas para seu povo e não para os humanos. Havia matado um viking, afinal. Ela só lamentava não poder come-lo.

     Então ela foi acorrentada, presa e arrastada para aquele lugar úmido com cheiro de fezes, urina e sêmen. Pior do que onde era mantida anteriormente.

    Aquilo era uma vergonha.

    Uma coisa é ser prisioneira de seu próprio povo. Outra bem diferente é ser refém de humanos. Relés, inúteis, nojentos, podres e deploráveis simples humanos!

     Ela conseguia imaginar o que seu povo faria se descobrisse isso. O que seu clã de prestígio e nobreza faria!

     Mas a mulher estava machucada e cansada demais para lutar. E talvez eles sejam uma chance de sobrevivência. Só precisa arrancar algum pedaço suculento de carne.

    Porque ela não aprendeu e sequer sabe como caçar sua própria comida. Porque era tão patética que permitiu-se ser pega e ferida pela própria comida.

    Arya ria apenas de lembrar.

    Patético. Provavelmente jamais contaria a ninguém nem mesmo se chegasse a confiar em alguma alma naquele mundo.

     Seu povo se alimenta de humanos. Fazia e faz parte do precioso cardápio. Coração, pulmões, pâncreas, baço, fígado, rins, coxa, olhos, cérebro… é uma variedade de carne capaz de sustentar sua voz larica. E mais do que isso… são fáceis de abater.

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