C A P Í T U L O 14

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— Para a água — ele disse

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Para a água — ele disse.

     E para a água, ela foi. Submissa e obediente, se aproximou da piscina ao centro de seu quarto.

     Porém hesitou ao entrar.

Minha bela Ômega, não gosto de repetir minhas palavras — alertou o Alpha.

    Então, dos ombros de Arya, caiu a capa negra. Ela a encarou no chão.

    Parecia couro, mas era tão macia quanto o cetim. Era a pele dos antigos e gloriosos dragões antes do declínio. Arya conseguia ver as marcas sutis de onde ficaria as escamas, segundo as histórias, preciosas e resistentes.

    A fêmea então encarou o Alpha.

    Ele fazia parte da sombra, silencioso como o mais algoz dos assassinos, não importa o quanto os braceletes em seu pulso sejam de prata… sua calça parecia ser feita de um material similar a capa que emprestou para Arya.

    Não por consideração à nudez, mas porque tinha o cheiro dele e seria uma forma de mostrar que ela e seu corpo pertencem a ele.

    A fêmea colocou os pés na água.

    Gelada.

    Fêmeas lhupus não gostam de banhar-se em água fria.

    Mas como aquecer o mar?

     Estavam em um lugar desconhecido no litoral da atual Bulgária. Uma caverna subterrânea que se expande para dentro da água até serem formados grandes bolsões naturais de ar com belíssimas piscinas. Arya estava tão no fundo, que sua banheira natural quase encontrava o fundo arenoso da imensidão aquática.

    E assim, ela continuou mergulhando até que o mar engolisse suas nádegas e também sua cintura e o sal começasse a arder suas feridas. Pequenos peixes se esgueiraram famintos entre as mínimas aberturas dos rochedos e começaram a mordiscar-lá proporcionando cosquinhas e um falso relaxamento.

    Ela conteve os mínimos gemidos temendo o que isso provocaria no macho que observava com atenção. Pois ela o pertence e ele deveria ter tido-a em seus braços se não tivesse sido tão rebelde e fugidio.

    Naquela situação, seu "não", nada adiantaria. Não para uma Ômega se tivesse coragem de negar.

    A Ômega dele.

    A prostituta dele.

    E o que ele quiser que Arya seja ou faça.

    Considero a espécie daquela mulher extraordinariamente melhor que os humanos e daria tudo para ser da raça de Arya. Mas aquele povo tinha seus preconceitos e suas ideologias do que é desonroso.

    E Arya não era renegada por falta de castidade. Pelo contrário, era pura, inocente e vinda da nobreza lhupus, filha de um casal muito importante. Se fosse humana, seria o orgulho da família devido a sua submissão e simplicidade.

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