Há trevas e luz. Seria um romance ou uma guerra? Talvez uma obcessão do sol perseguir a lua ou o amor da lua acompanhando o sol?
Em um mundo como o nosso, guerras são travadas a todo momento. Mas nenhuma realmente conta com a destruição de milhares...
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O céu se abriu e algo caiu, planou sobre sua cabeça e pousou em sua frente. Usava um capuz e uma máscara, contudo, aqueles olhos…
Dulce abriu os dela, um negro bem apimentado que ganha destaque na pele rosada. Nos primeiros minutos, ela não assimilou onde estava. Sua mente ainda estava no sonho, nos últimos acontecimentos e em penetrantes olhos.
A princesa mal se lembrava dos vikings. Tudo não parecia fruto de um sono muito pesado do tipo que o ser dorme até o corpo implorar para acordar. Ou talvez ela tenha caído, batido a cabeça e adormeceu.
Até seus olhos se focarem no teto do lugar onde estava.
Ouro.
Dourado como nenhum outro, esculpido e moldado para se encontrar em um único ponto ao centro onde vários cristais permanecem enterrados. Dulce piscou confusa, coçou os cílios e protelou em fechá-los bem para ter a certeza de que estava sonhando. Não estava!
Ela levantou em solavanco e imediatamente se arrependeu. Sua cabeça rodou como se o cérebro fosse chacoalhado dentro do crânio e esmagado próximo da nuca. Por um momento, tudo rodou em escuro e branco.
Mas lá estava ela no meio de uma cama redonda. Não! A forma era mais oval. Era como uma banheira de ouro que, invés de água, camadas e camadas de tecido, espuma e travesseiros formavam o recheio daquela torta. Uma cama grande e muito macia.
Quando Dulce se moveu, percebeu que o colchão afundava sem engoli-la. Ela olhou as laterais que erguem-se 5 centímetros acima dos cobertores e não resistiu ao tocá-lo. Foi impossível não prender a respiração. Ouro, ouro, ouro, ouro puro, esculpido tão perfeitamente que tornava a superfície lisa como a mais macia rocha molhada.
Notou a princesa estar com uma roupa diferente: uma camisola que revelava os ombros, não cobria suas pernas e era tão transparente que os bicos de seu seio eram visíveis.
O que aconteceu?
Qualquer um ficaria confuso, com medo e assustado. Dormindo não estava e muito menos no palácio onde foi criada.
Não houve muito o que fazer, muito o que olhar a não ser fazer perguntas que jamais seriam respondidas e ficar horas na cama com medo de se levantar.
O quarto não mudou com a chegada da noite. Não escureceu, nem se iluminou. Não havia janelas que ela conseguisse ver e os cristais acima forneciam sua própria luz, compartilhada pelo ouro o suficiente para iluminar o lugar sem auxílios de velas.
Mesmo assim, tintilares de jóias revelou a presença de algumas mulheres. Totalmente em seu direito, a princesa espiou e se espantou.
Todas estavam nuas.
Não havia praticamente nada de roupas para cobrir tamanha nudez. Bom, a não ser por uma tinta prateada que alatra-se pelos seios, parte do abdômen e as pernas, destacando os pelos — grotescos — na genitália e pernas. No pescoço, havia uma coleira de couro e nos mamilos um metal que conheço pelo nome percing.
