C A P Í T U L O 15

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     Lá estava ela…

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     Lá estava ela…

     Uma Ômega fraca e inútil cujo única serventia era dar prazer aos machos. Um troféu para os Alphas e uma meio dos solteiros procriar. A exploração de um tipo como ela traz riqueza, reconhecimento e poder.

    Mas a fêmea fugiu.

    Como ela fugiria.

     Foi repentino, inesperado e deixou a alcateia impactada. Mas ainda era uma Ômega e ninguém esperava muito.

     A prova agora estava no chão do território de outro Alpha. A fêmea estava tremendo, provavelmente aterrorizada como a mais assustada das gatinhas. Suor escorria por suas têmporas e sem perceber, instigava os machos a lutar por ela, pois era um objeto.

    E assim prosseguiram, tentando convencer o Supremo a devolver ou afirmar posse sobre a fêmea. Barganharam preços, jóias e matérias primas. Ofereceram 5x o valor pago para ela, mas o Alpha estava irredutível.

    Nhslhey não aguentou aquela situação. Bufou irritada e simplesmente empurrou caminho pela multidão em busca de ar.

    Não demorou e sua cópia idêntica estava atrás dela, esgueirando-se e buscando ao máximo não incomodar. Aʎsha R̶us̶sell, sua irmã e, acima de tudo, alguém com honra.

    Nhslhey apressou seus passos até estar engolida pela escuridão dos corredores e aspirou o odor salgado com som de ondas e pássaros. Não era suficiente!

    Ela precisava ver as nuvens, sentir a brisa da floresta, da terra e enfim, se acalmar. Mas antes que pudesse dar continuidade, sua gêmea a agarrou.

O que se passa? — a voz doce da lhycan fixou-se em sua mente e quando quando Nhslhey a encarou foi como se olhasse no espelho. Olhos azuis como o oceano, mas tão iluminados quanto duas estrelas brilhando à noite.

    As sobrancelhas eram retas e não muito finas. Olhos grandes, nariz simetricamente perfeito e lábios volumosos rosados. A genética sempre foi algo bem valorizado entre os lhycans e elas… ah! Carregavam a pureza R̶us̶sell desde cada cacho em seus cabelos. A raiz começava negro e terminava com pontas brancas com aquele belíssimo degradê que só seria possível num cabeleireiro.

    Mas química alguma está ali. Os cabelos eram lavados com água e flores antes de serem escovados dezenas de vezes ao dia.

     A diferença entre ambas as mulheres não era física. Era na personalidade e, por tanto, na hierarquia.

     Nhslhey não suportava aquela situação e sua gêmea não entendia o motivo.

— É uma vergonha! — Esbravejou. — Estão tentando barganhar-lá e ela não faz nada! Mulher alguma se submeteria a isso, porra!

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