Mesmo com a partida catastrófica, a Grifinória não deixava de comemorar sua vitória no quadribol. A Sonserina também comemorava a vitória sobre a Lufa Lufa, deixando John e Mycroft com a mesma quantidade de bom humor. Agora a atenção do terceiranista estava dividida entre os treinos do time, a extensa carga horária e, claro, o Patrono.
Andava apressado pelos corredores, cheio de energia. A próxima aula era de Defesa Contra as Artes das Trevas, sua disciplina favorita depois que Lupin passou a ministrá-la. John entrou na sala de aula radiante, mas seu sorriso logo morreu quando se deparou com Snape, e não Lupin, lá dentro, arrumando o material da aula.
O Watson viu no rosto de todos os alunos da Grifinória e da Lufa Lufa a mesma expressão de penitência que provavelmente ele próprio carregava. Os corvinos pareciam apreensivos, como se alguma coisa fosse dar muito errado, e mesmo os sonserinos estavam surpresos.
– Atrasado, senhor Watson. – Snape falava arrastado – Por isso tirarei dez pontos da Grifinória. Agora sente-se.
– Onde está o professor Lupin?
– Ele disse que hoje está se sentindo mal demais para dar aula – respondeu Snape com um sorriso enviesado. – Acho que o mandei sentar-se?
John deixou a alça da sua pasta escorregar por cima do ombro e se sentou no lugar vazio ao lado de Sherlock. Esperou Snape checar o material da aula atual para cochichar com o corvino:
– O que o professor Lupin tem?
– Deve ter algo a ver com a poção que o Snape fez ele beber. – Respondeu Sherlock como quem comenta o tempo.
– Poção?! Então...
– Snape não seria burro de envenenar um professor bem na minha frente. Nem Lupin beberia uma coisa sem saber. Mas acho que tem ligação sim.
– O professor Lupin não registrou os tópicos que já abordou até hoje... – Snape comentava revirando os pergaminhos – Lamentável essa falta de organização dele.
– Tá brincando? – Sally questionou corajosamente – Ele é o melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que já tivemos!
A sala se encheu de murmúrios. Snape pareceu mais ameaçador do que nunca e John já podia imaginar a própria casa perdendo uns cinquenta pontos.
– Vocês se satisfazem com muito pouco. – Continuou o professor – Lupin não está puxando nada de vocês. Hoje vamos discutir... – folheou o livro até o último capítulo, que ele certamente sabia que a turma não poderia ter estudado. – ... lobisomens. Página 394.
Todos começaram a folhear os exemplares com marasmo.
– Qual de vocês sabe me dizer como é que se distingue um lobisomem de um lobo verdadeiro? – perguntou Snape.
Todos ficaram calados e imóveis. Todos exceto Sherlock, que falou como se algo estivesse preso na garganta:
– Lobisomens podem andar sobre as patas traseiras, tem o focinho mais curto, a pelagem mais irregular e...
– Menos quinze pontos para Corvinal por ter um intragável sabe-tudo querendo se exibir, Holmes. – Interrompeu Snape, fazendo o aluno calar a boca.
Jim Moriarty abaixou a cabeça e escondeu o riso. No entanto, uma prova de que boa parte da turma não gostava de Snape é que ninguém ali gostava do exibicionismo de Sherlock, mas a grande maioria olhava feio para o professor por julgá-lo. John já estava prestes a abrir a boca quando sentiu a mão do amigo segurar calmamente seu pulso em cima da mesa. Ele olhou para Sherlock e o viu fazer que não com a cabeça.
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Potterlock - O Prisioneiro de Azkaban
ФэнтезиJohn Watson esperava ter um terceiro ano mais tranquilo para que seus pais não tivessem motivos para tirá-lo de Hogwarts, mas sabia que estava pedindo muito. O perigoso assassino Sirius Black havia fugido de Azkaban e, para caçá-lo, o Ministério da...